quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Conversa de Comitê

- Pessoal, vamos combinar o seguinte: uns dias antes do debate de quinta (25), a estratégia é espalhar para os formadores de opinião e para os corneteiros de plantão que na pesquisa de domingo (28) nosso candidato vai arrasar e mostrar que pode levar já no primeiro turno. Depois, preparamos bem o candidato para o debate, expondo obras feitas, com rigor de detalhes. Ataques serão respondidos com mais obras e um forte apelo como vítima. No dia seguinte, a pesquisa estará em campo e vamos explorar a área pesquisada sobre a classe social que está mais ligada aos debates, ou seja, A e B. Trabalhador tem que dormir cedo, e vai descansar depois da novela. Não conta. No sábado, ao meio dia, vamos pro abraço. O homem tá na frente disparado.
Vale perguntar aos “iluminados” aí de cima se conhecem aquela historinha do Garrincha diante da estratégia do técnico: “já combinaram tudo isso com o adversário?”

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Clima eleitoral

Saiu neste instante o MIP dos candidatos a prefeito de Florianópolis. Ele é simplesmente constrangedor para alguns deles e pode trazer danos enormes a estas eleições. Ah, sim, o que é mesmo o MIP? É o “Meu Índice de Percepção” de Corrupção. Os danos são só meus também, espero…

Eu, hein …

Fiz um comentário aqui sobre o Mario Quintana e vejam só, ele me ligou, pra bater um papo, como nos velhos tempos, lá na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. - Eh…, o cara tá variando de novo… Sabe o que o poetinha me disse? Que o Fogaça ganha lá e aqui vai ser barbada, ganha o… - Não fala!!!! Eu não escolhi o meu candidato, estou procurando o melhor, não me vem com propaganda subliminar… Ah, tá, estás procurando o melhor e eu é que estou variando… - Olha, cara, tu és um pseudo-intelectual, um arrogante e acha que estás acima de todos… Estás falando comigo ou com teu candidato? - Me irrita esse teu deboche, essa falta de comprometimento! Ih, vais continuar falando com teu candidato?… - Olha, essa nossa conversa não vai dar nada, é como sempre. Pois é, já te falei, não adianta assistir esses debates, melhor ler um livro. - Cara, tu é doido mesmo! Só porque o Quintana me ligou esta semana? - Não tô falando…? A ligação do poetinha é tão real quanto a moralidade do candidato que vais votar. - Ah, não enche… Tá bom, falamos outra hora, tô com o Quintana na linha, ainda.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Tem alguém aí?!

O repórter Júlio Castro usou, ontem no Jornal da noite/Rádio Guarujá, o que é essencial ao jornalismo: faro e perseverança. Estava ao seu lado na redação, quando conseguiu obter, por telefone, um dos depoimentos mais expressivos sobre a situação dramática do sistema carcerário em Santa Catarina. Ele conversou e depois entrevistou um agente prisional. O relato é um manancial de fatos para trabalho, denúncia e investigação de muitos organismos da sociedade organizada, como OAB e Ministério Público, só pra citar dois. O agente dá informação para todos os tipos de crueldade, omissão e irresponsabilidade das autoridades públicas. A espetacular brutlidade do seu dia-a-dia devorou-lhe qualquer recato ou temor por retalhações. Falou abertamente e mostrou banalidade ao relatar o que seria inacreditável a qualquer ser humano.Este tema, caso os debates nestas eleições fossem sérios, certamente estaria no centro das discussões, já que envolve diretamente os municípios. Toda vez que os administradores estaduais são questionados sobre o imobilismo no setor, correm sempre para o mesmo argumento, acusando os prefeitos de que não deixam que casas de detenção e presídios sejam construídos.Se os argumentos fossem pra valer e lastreados por vontade política de resolver o assunto, alguém de peso – como o governador do Estado, já teria convocado a sociedade e seus Poderes a se reunirem solenemente para encaminhar uma solução séria a responsável. Mas isso é pedir demais! A grande maioria das nossas autoridades está a quilômetros dos problemas reais da sociedade e pouco interessada em resolvê-los, a menos que isso lhe renda algum trunfo político-eleitoral.O Júlio Castro fez bem a sua parte. A Rádio Guarujá também. E agora, alguém vai se coçar de verdade?!

domingo, 21 de setembro de 2008

Presunção do pó

Assisti mais uma vez, ontem à noite, o especial que a TV Senado fez com o Oscar Niemeyer. Ele é um pajé urbano. Exala sabedoria, aos borbotões! Me saí com esta, logo em seguida: “quanto mais o homem pesquisa o Universo, menor ele fica. Somos poeira mesmo. Fico pasmo com aqueles que ainda duvidam se há vida em outros planetas, por aí. Que presunção! Imagine se neste Universo todo, que sequer conhecemos direito, seríamos os únicos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Dica do Waltencir

Vejam como as coisas podem evoluir. Entrevistei hoje na Rádio Guarujá, um professor de Balneário Camboriú, que me falou do criativo projeto de adaptação dos computadores das máquinas caça-níqueis apreendidas pela Polícia, que passam a ser utilizados pelas escolas públicas. É necessária apenas uma reciclagem técnica e visual. O Waltencir, que é um atento colaborador do Blog e da programação da Rádio Guarujá, comenta aqui que a escola do CEFET tem um Curso de Sistemas de Informação Técnico e Superior. Neste curso há uma cadeira de manutenção de computadores. O Waltencir lembra que os alunos do CEFET poderiam fazer este trabalho de reciclagem, ajudando o projeto e realizando treinamento prático. Falta, agora, que as nossas autoridades tomem as iniciativas.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Crise “Shakespeareana” bancária

O sentimento de culpa dos bancos é tão grande, sustentado historicamente na relação sempre desrespeitosa dessas instituições com a maioria dos seus clientes, que um deles, ao querer fazer uma média publicitária com a sociedade, saiu-se com este slogan, dia desses: “…nem parece um banco.”Vale uma tese no divã a crise de identidade do banqueiro. Ser ou não ser…

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

POETANDO… Nossa ribalta

A vida é uma peça teatral e somos personagens de nós mesmos. E isso não tem nada a ver com fingimento, dissimulação. Até quando estamos sós, estamos num ato, em monólogo, no eterno palco, interpretando e interagindo o tempo todo. Acho que é por isso que precisamos tanto de amigos, de pessoas para conviver e amar. Precisamos fazer laboratórios e ensaiar. E como é bom um ensaio!… Ficamos mais seguros sobre o que pensar de nós e dos outros. - Mas essa peça nunca entrará em cartaz? Um dia.- Que nada, somos mambembes!

Ases Indomáveis

Os funcionários do Hemosc e do Cepon estão reclamando a falta de condições de trabalho. As duas instituições que já foram modelos de eficiência e gestão. Os professores do ensino estadual estão se manifestando para garantir que o governo cumpra a legislação no ano que vem, implantando o piso nacional da categoria, de R$ 950,00. Ontem noticiei no Jornal da Noite/Rádio Guarujá, que o Hospital Celso Ramos suspendeu todas as tomografias agendadas por que não havia filme, o insumo básico para a realização deste exame. O estoque ficou a zero e o almoxarifado central também. Agora, ouço pela Guarujá que os servidores da saúde pensam realizar uma greve para chamar a atenção do governo do estado. Enquanto tudo isso acontece, o Centro Administrativo anunciou esta semana a compra de seis helicópteros.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O trem da história vai passar

O governador Luiz Henrique da Silveira, tão entusiasmado com projetos e planos mega-ousados, deveria já estar debruçado sobre o tema do Pré-sal em Santa Catarina. Talvez, sua Excelência tenha dificuldade de dividir as luzes de palcos diferentes do seu. Seria pedir altruísmo demais.

Depois da Família Real, o Pré-sal!

Entrevistei a senadora Ideli Salvatti (PT/SC), ontem no Jornal da Noite/Rádio Guarujá, por cerca de 30 minutos. Falamos sobre a exploração de petróleo na camada pré-sal. O assunto é apaixonante e tem uma dimensão que as pessoas, em geral, ainda não se deram conta de sua dimensão. É astronômico o potencial econômico para o Brasil e, se bem direcionado, principalmente social. Foi uma conversa reveladora, ainda que haja muito o que se discutir e trazer à baila. Mas um assunto inclui Santa Catarina no debate como grande interessada. O primeiro aspecto já havia destacado aqui no Blog. Nosso estado tem petróleo na sua camada pré-sal na faixa marítima descoberta. Portanto, o tema nos interessa muito. Revela a senadora que é tanto petróleo no pré-sal e de tamanha qualidade que vamos precisar de algumas refinarias pelo País. Uma delas poderia se instalar em Santa Catarina, gerando uma alavanca de desenvolvimento sócio-econômico fabulosa, como aconteceu no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul na década de 60. É claro que este tipo de indústria necessitaria de uma rigorosa planta ambiental que garantisse progresso sustentável, mas estaríamos diante de um fato histórico incomparável. Pode-se dizer, certamente, que veremos um “boom” de desenvolvimento tão fantástico como aquele que vimos, há 200 anos, com a chegada da Família Real.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Quintana, Ella e vinho


Perdi o show da Mercedes Sosa, é verdade, imperdoável. Mas, em compensação, ganhei meu fim de semana curtindo duas aquisições simplesmente majestosas. Entre leitura de poesias do Quintana, com o Caderno H debaixo do braço, assisti no domingo um DVD da Ella Fitzgerald no Festival da Montreux, em 1969, acompanhada por ninguém menos do que Tommy Flanagan e seu Trio, um mago. Ella tem uma voz-instrumento. Canta, entre outras, “Hey Jude”, que o Beatle’s MacCartney recém havia composto (1968) para o pequeno Julian Lennon, filho de Lennon, do primeiro casamento com Cindy, desfeito, então. Paul é uma espécie de pai adotivo de Julian, até hoje. A música ainda não era um clássico e figurava apenas num compacto simples da Banda. De quebra, Ella “bisa” para a platéia embasbacada de Montreux com um improviso de 12 minutos, swingando com o Trio, sem que a música tenha uma palavra sequer como letra. Um momento fantástico de arte pura! Recomendo, com um bom vinho seco.Separei nove preciosidades para logo mais, no Jornal da Noite/Rádio Guarujá, a partir das 22 horas.

domingo, 14 de setembro de 2008

Quintana na Praça, de novo


Na quarta passada fui presenteado pelos meus anjos. Vasculhava numa pilha de livros alguma coisa boa, num dos meus sebos preferidos, o da feirinha da Praça XV, e me encontro, aos 16 anos. Estava ali a capa laranja do Caderno H, do Quintana, primeira edição, o primeiro livro que comprei com meu próprio dinheiro.
O li com grande paixão e, desde então, resolvera que queria ser na vida alguma coisa que tivesse que escrever daquele jeito. Fiquei feliz demais, aos 47, como naquele dia, em 1977. Já o li duas vezes. Como é vasto e lindo o poeta! Me lembro com precisão e saudade, do Quintana, no banco da Praça da Alfândega, em Porto Alegre, bem em frente ao Cine Imperial, o que ele mais gostava de ficar, olhando o movimento e tagarelando com todos. Estive entre aqueles todos, muitas vezes e trocamos versos algumas vezes.
Ele publicava os dele no Correio do Povo, aos domingos. Eu escrevia os meus, escondido, pensando nele, no Caderno H, aos domingos. Que bom reencontrar o Quintana, em Florianópolis, na Praça, de novo.

sábado, 13 de setembro de 2008

Dica do Lula

O presidente Lula, esta semana, disse ter grande expectativa de eleger seu sucessor alguém que ele vai apoiar. Pra arredondar, afirmou que seria bom que fosse uma mulher. Bem, só faltou o presidente dizer que o nome da candidata começa com “Dil”, termina com “ma”, e não tem nada no meio. A sorte (sorte?!…) está lançada e bem lançada. Lula, no segundo mandato, ultrapassa facilmente os 50% de aprovação popular e tem como oposição, simplesmente, ninguém. Pelo menos até agora.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Água boa

Ontem, na entrevista coletiva, o presidente da Casan, querendo descontrair a tensão do assunto que envolve os índices desregulados de alumínio da nossa água, foi mórbido. Não lembro exatamente como foi a frase, mas, depois de garantir que está tudo bem com o que bebemos, Valmor De Luca brincou: uma dose a mais de alumínio pode provocar no máximo uma “gastritezinha”. Puxa vida, que alívio ouvir isso…, obrigado presidente!

A inveja é um sentimento menor…


Pessoal, acreditem, a moça de rosa inveja apenas os pés da "top".

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Coisas da “Colônia”

Respeito a dor de todos os familiares que perderam seus entes queridos no atentado do 11 de Setembro, nos EUA. Mas não posso me calar diante dessas homenagens, em todo o mundo, inclusive aqui. Essa cidadania faceira e colonizada deveria lembrar todos os dias que dezenas de famílias são dizimadas no Iraque, pelos soldados de Bush. Sem falar do que já fizeram no Haiti, na Coréia, Yrochima, Nagasaki e no Vietnã, só pra citar alguns. Isso é o quê, senão terrorismo e atentados? Onde estão as homenagens? Onde estão a ética e a cidadania?

Pagando pecados

Depois de muitos anos, por absoluto descuido de algum hemisfério do meu cérebro, me permiti assistir um pedaço do programa do Faustão. Tenho a impressão que esta grande audiência obtida no País afora tem fortes laços com este sentimento religioso católico que normalmente leva tanta gente a sentir culpa por tudo. Os “pecadores” do Brasil fazem suas penitências diante da telinha. Só pode ser isso!

Coisa de guri

Alguém pode me dizer porque é tão gostoso ficar brincando com um cotonete no ouvido? É alguma coisa de especial…, como comer um quindim. É quase uma zona erógena!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Nosso Youtube, por favor!

Vejo no Youtube várias cenas dos programas do Flávio Cavalcanti. Criador, revelador, elegante e espetacular. Datam de 1976. Ele continua sendo a coisa mais moderna e revolucionária que temos na comunicação. Um mestre, imitado e redesenhado, há mais de trinta anos.

Solenes e medianos

Vivemos uma época de medianos, de sobreviventes. Nela há uma previsibilidade de quase tudo. A criatividade e a excelência são marginais, hora por conveniência, hora por insuficiência de se tentar o melhor. Coisa fora de hora essa busca pelo ideal…, afinal, quase ninguém está à espera disso… Como disse, é uma época de sobreviventes, medianos. Nestas eleições, por exemplo, porque razão deveria ser diferente? Também é assim… No final, vamos todos votar, solenes e comuns. E tudo estará normal.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Os netos do pré-sal

É simples assim. Se o presidente Lula cumprir o que está dizendo - que irá investir os recursos obtidos do petróleo da camada pré-sal na Educação no País – e, se tivermos a sorte dos próximos presidentes garantirem esta meta, podem anotar: daqui a 30 anos seremos a próxima potência econômica, tecnológica e intelectual do mundo. Fico a pensar quem será o Bush da vez? Um de nossos netos. Carinho com os netos, portanto!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O cristal do Dia 7

Fico sabendo, com tristeza, que os estudantes que desfilaram ontem, no Dia 7 de Setembro, terão um ponto a mais na média do bimestre. Sei, com mais tristeza ainda, que muitos adolescentes, que deveriam ter desfilado, por serem menores, teriam que estar dentro de casa depois das 10 da noite. Mas estavam com os adultos nas baladas do sábado e dormiram até as duas da tarde de domingo e, por isso, sequer viram alguns poucos brasileiros reverenciar a Pátria. Me lembro que comprávamos papel crepom, verde e amarelo, e enrolávamos como em fitas as nossas bicicletas. No guidom e no bagageiro pendurávamos bandeirinhas fabricadas em casa e no colégio. Para chamar ainda mais a atenção, usávamos uma tampinha de sorvete de copinho, fixada com um prendedor, perto da roda. Os raios raspavam com velocidade na tampinha e produziam um ruído quase automotivo e imaginávamos estar pilotando as motos potentes da Polícia do Exército. Estávamos numa ditadura militar, é verdade, mas aquele valor era do bem, me acompanhou com dignidade durante toda militância que tive no bravo MR-8. Até hoje me acompanha. Uma pena, minha geração vacilou e não soube passar isso. É um valor, para mim, feito um cristal mágico, desses do Harry Poter. Todo Dia 7 de Setembro acalento-o, deixo que sua luz renove por mais um ano minhas esperanças no Brasil.

Brecht do avesso

Há homens que enganam um dia e esses são defenestrados.
Há os que enganam muito tempo e são perigosos, mas identificáveis.
Há, ainda, os que enganam toda vida e esses só nos trairão depois de eleitos.

domingo, 7 de setembro de 2008

Azia nas eleições

Alguém, no segundo turno, vai ter que engolir em seco tudo que disse do outro candidato no primeiro turno e prestar-lhe apoio irrestrito. E isso será feito sem o menor constrangimento, chamado de jogo democrático. Tal apoio valerá em troca cargos na nova administração. Então, vamos combinar: isso não tem nada de democrático, o nome disso é fisiologismo, uma espécie de gastrite crônica do sistema digestivo democrático. Provoca muita azia e requer tratamento prolongado.

sábado, 6 de setembro de 2008

Lodo eleitoral

“- Me pagaram para entregar isto aqui nas casas. Nem sei o que é. Deve ser coisa de política.” Foi o que me falou um motoqueiro na porta de casa, pela manhã, dia desses, ao me entregar um panfleto, em papel couchê brilhante, 90 gramas, meio ofício, com impressão colorida e caprichosa, de igual diagramação. A publicação apócrifa, assinada por ninguém, traz a reprodução de matérias da Agência Estado e do Clicrbs, as quais estampam as seguintes manchetes: “TCU condena prefeito de Florianópolis por má gestão”; “TCU condena irmãos Dário e Djalma Berger”. Nenhuma novidade, afinal, as notícias são uma reprodução de duas grandes agências. O que vale comentar é a infelicidade do gesto pequeno, oportunista e cloacal de alguém que entende estar fazendo campanha eleitoral. A Democracia não serve para isto. Nem vou entrar no mérito do conteúdo das manchetes. Eles são fartos, falam por si e indicam as reservas que cada um deve ter nesta eleição. Mas, o que chama a atenção é a falta do que dizer deste coitado oponente, que não consegue sequer mostrar a cara para seus eleitores e presume buscar seus votos no lixo da esperança popular. Ainda cheirando mal de prováveis banhos em águas turvas, acha que poderá se beneficiar eleitoralmente com um golpe baixo e conhecido, desde os sarcófagos da ditadura, a qual, talvez, tenha lhe criado. A grande maioria das pessoas não gosta disso. Causa repulsa essa briga na sarjeta por algo tão mais nobre. Só há uma vantagem diante deste episódio sórdido. Pelo método, pelos rastros, pela qualidade, pelas digitais deixadas neste lodo, já sabemos bem que cuidados ter na hora do voto.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Outra fantasia se foi. A jato


Lá se vai mais uma ilusão com essa mania de tudo “fast”. Ficar olhando a moça esparramada em sua toalha na areia tomando sol, lambuzando com languidez seu corpo com óleo bronzeador, tocando sua pele e interpretando nossos sonhos… Tudo isso começa a sair de cena. Agora, até o bronze é “a jato”. Peitos, lábios, bundas, panturrilha, tudo a jato. Faltava o bronzeado. Que triste esses tempos, sem calma, sem tolerância, sem interpretações, sem fantasias, sem ilusões, sem tempo. Tudo a jato.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O royaltie é nosso!


A Folha explicou o “pré-sal” dia desses. “A camada pré-sal é uma faixa que se estende por cerca de 800 quilômetros abaixo do leito do mar, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina. O petróleo encontrado nesta área está a sete, oito mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo”. (A arte é da Folha)Me dou conta que até agora, ninguém, aqui em Santa Catarina, iniciou um debate sobre os “royalties” deste petróleo nota 10 e a revolução que isso pode nos proporcionar. Acho que todos ainda não acordaram para este fato. Inclusive, nós, jornalistas. Vamos providenciar.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O que diz a portabilidade

Em dois dias e com implantação apenas em oito códigos de numeração, a portabilidade (recurso que permite mudar de operadora e manter o número da linha) já foi pedido por quase 2.000 brasileiros. As matérias na mídia não chegaram a analisar, ainda, o que isto significa. O fato é revelador. A grande procura pela portabilidade indica, em primeiro lugar, que o cliente não está satisfeito com a sua atual operadora, então quer trocar. Ocorre é que os pedidos de portabilidade assolam todas as operadoras, sem exceções. Isto quer dizer que todas estão deixando a desejar. São todas muito ruins. E agora?… Vamos elevar a qualidade?

Cidade de súditos

Uma pequena mostra de como a chamada “high society” da Ilha está se lixando para o público e só interessada em seus umbiguinhos perfumados (será?…). Basta observar as obras de recapeamento asfáltico que estão em andamento na Beira Mar em pleno trânsito, causando enormes engarrafamentos por toda a área central da cidade. O leitor sabe por que a Prefeitura não executa essas obras à noite, como seria óbvio assim proceder? Os ilustres moradores da nossa mais chique avenida ameaçam entrar na Justiça, argüindo a Lei do Silêncio. E essas máquinas nem fazem tanto barulho assim. A Corte não está nem aí para a maioria ou para o bem comum, há 200 anos, desde que chegou à terrinha. Nada mudou.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Esse pré-sal…


O Getúlio lançou a idéia. Agora, o Lula pega a carona histórica. As costas são da ministra Dilma, em pleno pré-sal, agora pouco. Diria a oposição: "assim não vale!"

O meu pré-sal

Começaram hoje as prospecções de petróleo, pela Petrobrás, na camada pré-sal no mar brasileiro do Espírito Santo. Até dias atrás, quando fui me informar melhor o que vem a ser este “pré-sal”, tinha em mente uma idéia mais lúdica e prazerosa do termo. Pré-sal eram, então, aqueles momentos solenes de um bom churrasco, em que a gente fica no maior papo com os amigos, tomando aquela cervejinha, preparando os apetrechos para salgar a picanha e a costela para ir ao braseiro. Isto era “pré-sal”, até o termo virar manchete nos jornais. Ao tomar conhecimento de tantas informações sobre o outro “pré-sal”, que envolve muito dinheiro, poder, criação de cargos, mais “entreguismo” nacional e interesses muito além dos da Pátria, resolvi valorizar mais ainda o meu “pré-sal”, muito mais legal e saboroso. Comprei uns espetos novos e uma boa gamela. O “pré-sal” anda valorizadíssimo lá em casa.

Tensão pré-eleitoral

“É necessário agora que eu diga que espécie de homem sou. Meu nome, não importa, nem qualquer outro pormenor exterior meu próprio. Devo falar de meu caráter.”
O texto acima poderia ser de um candidato, desses que votaríamos de olhos fechados. Infelizmente, não é. A reflexão é de Fernando Pessoa. Ando muito sem candidato. Ando muito seletivo. Ando muito preocupado comigo. Como diriam os mais antigos, “quando votar passa…”

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