domingo, 30 de novembro de 2008

A “meia-boca” que virou tragédia


Me lembro que no Governo Paulo Afonso, quando aconteceu a duplicação da SC 401, fiz muitas entrevistas - na época era âncora na CBN/Diário, sobre o contrato firmado entre o Executivo e a Engepasa/Linha Azul. A empresa não executou diversas obras de arte importantes como o canteiro central entre as pistas, previstos até com vegetação, nos moldes da Freeway, no trecho da BR 101 no Rio Grande do Sul. O canteiro virou um “guard rail” mixuruca, perigoso e mais em conta. Mas o mais grave são os acostamentos, verdadeiras raridades na SC 401 duplicada. Área de escape, além do acostamento, então…., isso nem se fala. O tal contrato acabou na Justiça e tramita até hoje, aguardando uma decisão. Diz a Empresa que o Governo não cumpriu a sua parte no contrato com relação às desapropriações necessárias para o alargamento da estrada. Além disso, o governo não se empenhou em liberar a cobrança do pedágio e isso justificou o abandono do negócio. O governo, por sua vez, diz que a Empresa descumpriu o contrato e com isso perdeu o direito sobre o pedágio. A bem da verdade, se cometo algum equívoco ao falar do litígio jurídico, por favor, me corrijam as partes, às quais serei grato. Quero é chamar a atenção para algo mais relevante, decorrente do remendo que virou a duplicação. A falta dos acostamentos, como por exemplo, na altura do morro do Cacupé, bem ali onde houve aquele deslizamento monstro. O “acidente” merece um estudo sério no sentido de não se repetir uma solução “meia-boca”, oferecendo outros riscos e mais tragédias.
O Google Earth (foto) mostra o trecho do "acidente" na SC 401. No detalhe, pode-se ver uma proteção de concreto ao longo das torres de celular. Qual seria a razão para tal proteção? Uma boa pergunta que chega tarde.
O mínimo que se pode fazer é reconstruir – como “gente grande” - o trecho desmoronado e refazer os demais que se encontram em iguais situações ao longo na SC 401. Se forem sérias as providências e completas, talvez caiba, ainda, uma boa investigação – com uma respectiva denúncia - sobre as causas e os causadores de um prejuízo incalculável para toda a sociedade e, particularmente, àquele infeliz trabalhador que estava naquele caminhão.

sábado, 29 de novembro de 2008

O Plano B para 4% do PIB

Não tinha idéia e acho que muita gente boa também não, da importância estratégica do Porto de Itajaí no cenário nacional. O superintendente do Porto, o ex-prefeito Arnaldo Schmidt, me contou na Rádio Guarujá, que 4% do PIB do País, entre importações e exportações, passam por lá. Pode-se calcular, só por este dado, o prejuízo do Porto sem movimento, como está. Segundo informa a Fiesc, cada dia parado, deixam de circular cerca de 34 milhões de dólares no Estado. Para se ter uma idéia, nos últimos dez meses, o Porto movimentou aproximadamente 10,6 bilhões de dólares para a economia nacional. Estes dados impressionantes oferecem um risco de, praticamente, quebrar a economia do Estado, caso não se tome uma atitude arrojada e criativa nos próximos dias em relação a ele. Arnaldo Schimidt, Glauco Côrte e Edson Andrino O empresário Glauco Côrte, primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina me disse ontem que o plano “B” para escoar a produção é viabilizar imediatamente a utilização do Berço 4 do Porto (“berços”, são os locais de atracamento dos navios). Dos três existentes, o Berço 4 foi o que escapou ileso, e o que é melhor, ele é o maior e o mais moderno. Se na segunda-feira as autoridades viabilizarem a utilização daquela unidade, cerca de 70% da movimentação do Porto volta ao normal.Há um detalhe a ser considerado: para ser usado, novamente, o Berço 4 precisa de um cuidadoso estudo do calado do Porto, que perdeu profundidade com a destruição dos outros “berços” varridos pelas águas. É bem provável que uma mega dragagem tenha que ser feita com urgência. Está na mão dos políticos e administradores a corrida com os projetos e levantamentos. Por telefone, o atento deputado Edson Andrino me observa que será preciso vencer o “ranço burocrático” na liberação dos recursos já assegurados pelo presidente Lula. Alem disso, o deputado também alerta para o desafio que será o uso correto destes 1,6 bilhão de reais. Procede a preocupação de Andrino. Ele conhece o “time”.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Esses dias tão difíceis e cheios de sinais

Estamos vivendo dias muito sensíveis, delicados, à flor da pele. Estou como todas as pessoas estão. Emocionadas, vulneráveis, fraternas… A dor nos ensina a viver com mais respeito à alma, às coisas de dentro e falar delas como sinais. Me pego marejado, nos olhos e no coração, passeando pelo You Tube, vendo os vídeos de “Hair”, tão a ver com estes dias em Florianópolis, em Blumenau, Itajaí, … Vontade de dar a mão para o neto que ainda não tenho e sair por aí, cantando “Aquário”, na Daniela. Leio os comentários do vídeo coisas lindas, que não resisto, e divido com vocês aqui. - “Eterno! Sou um hippie de 63 anos! Hair é eterno!” “Amo essa música, amo a minha vida!” - “Somente quem tem conhecimento dos tempos da ditadura, das guerras, das opressões, poderá entender Hair e os hippes. Se o estilo de vida de hoje não nos permite andar como hippes, nossas cabeças sempre serão hippe, que significa paz, liberdade e amor a todos.” - “Lindo!!! Não renunciar à Utopia anarquista jamais… Saudade do Futuro…” Muito bom tudo isso!

“Hair”, pra revirar essa tristeza!


Nas edições normais do programa que apresento na Rádio Guarujá, o Jornal da Noite, cometo uma pequena subversão ao jornalismo, e toco um pouquinho de música para pedir os intervalos comerciais. Uma pitada de jazz e blues não faz mal a ninguém, pelo contrário. Nesta semana de sofrimentos resolvi dar um tempo e achei mais adequado respeitar a dor que todos vivemos não tocando música. Mas ando pela cidade ouvindo a reação das pessoas. Sinto-as tristes, abaladas, silenciosas, diferente do jeito mané falante, alegre e criativo de se expressar. É uma espécie de depressão coletiva, algo assim. O que é impressionante, paralelo à isso, é a solidariedade que tomou conta da maioria das pessoas e isso se espalhou pelo País.Nada na vida é por acaso. Tudo está magicamente interligado e faz parte de um enredo só. Esta catástrofe, de alguma forma, veio para nos unir, para quebrar as resistências de fraternidade, de amor ao próximo, de tirarmos um pouco o nosso olhar sobre o umbigo, tão pequeno, diante do todo que nos cerca. Com este olhar, acho que é hora de entender que um pouco de música e de uma alegria mesmo que contida, é o que precisamos para voltarmos a ver graça na vida e refazer, dar voltas por cima quantas vezes precisar.Nesta sexta, a música volta ao Jornal da Noite, como um açoite ao clima tão alagado e triste. Pensei em tocar Janis Joplin, mas isso já fiz na semana anterior – o que talvez tenha sido uma premonição, usando seus gritos roucos e sofridos como uma trilha do que viria. Cogitei as canções românticas de Elvis, aquelas da época em que foi o soldado raso, designado para a uma divisão blindada, no Texas, para treinamento básico de guerra, com instrução avançada em tanques, parecidos com estes que estão em operação de salvamento no Vale do Itajaí. Acho, mesmo, que vou dar um susto na monotonia deste clima tenso. Vou de “Hair”, um ícone da rebeldia, do novo, de tudo que queria ser melhor e reconstruído com criatividade e força poética. É assim que vou no Jornal da Noite de hoje, as 10 da noite, nos 1.420 kHz - AM. A trilha sonora do “Hair” vai nos embalar as boas energias. É disso que precisamos agora!

Medo na encosta

Estive na terça à tarde ali na SC 401, na altura do Cacupé, onde desmoronou aquele monte de terra sobre a estrada. É espantoso o volume, é assustadora a cena, parece que ali houve um bombardeio. Fiquei impressionado. Ao chegar, encostei minha moto logo ao pé da encosta que sobrou. Olhei bem no alto, inclinando o olhar em 180 graus, respeitando aquele morro rebelde, bravo e bêbado d’água. Ele parecia falar, “não me agüento mais de pé…” Olhei e tive medo. Peguei a moto e sai de perto, como me afastando de um alien exausto, sonolento e fora de controle. Estacionei mais longe e fiquei sobressaltado na cena, observando o movimento das máquinas trabalhando nos escombros. Notei que o motorista da retroescavadeira avançava sobre as terras e pedras revoltas como quem cutuca uma onça com vara curta. Um olho na caçamba, outro na enorme encosta trêmula, drogada… Pensei ali na "Rosa de Hiroxima" de Vinicius, cantada pelos Secos & Molhados, aquelas encostas “… rotas alteradas; pensem nas feridas; como rosas cálidas…”

Puxão de orelha

O intenso trabalho na Rádio Guarujá – por conta das tristes enchentes - e outros afazeres que sempre se avolumam no final do ano me roubaram as reflexões, a inspiração e o fôlego de vir aqui e escrever um pouco. Levei um conveniente puxão de orelha da vereadora Angela Albino, que me honra com sua leitura, e reclama novas postagens no Blog. Tentarei ser mais disciplinado e volto a propor o bom papo por aqui.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Pintura no Scarpelli


Me tirem a dúvida: foi o Robinho, ontem à noite, naquela jogada mágica entre dois zagueiros do Náutico, ou era mesmo o menino Rafael Coelho? E o pessoal, durante o dia, ainda falava que o gramado, com a chuva, seria impraticável.Arte pura, driblou até a lama!

Superstição e gripe alvinegra

Se superstição ajuda, vou levar sério o que aconteceu ontem à noite. Estava na rádio, quando o Náutico empatou em 3 a 3. Não resisti àquela realidade e saí para dar uma volta de moto, na chuva, pelas ruas da cidade. Não queria ouvir o fim daquela história. Na chuva, no vento e no frio, pude ver que alguns comemoravam nos botecos. Pensei: terminou o jogo, são os avaianos, estamos na B, que droga. Voltei pra rádio, encharcado e cabisbaixo. Minutos depois soube que o Figueira tinha feito 4 a 3 e ganhou o jogo. Se assim for, acho que até o final o ano vou pegar uma gripe das boas. Mas vai valer a pena, fazer o quê?!A propósito, continua chovendo…

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O trigo do joio

O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, está numa linda e justa batalha a favor dos aposentados. Mesmo contra a vontade do Governo Lula, o senador insiste com três projetos – já aprovados no Senado – para devolver parte dos direitos retirados dos aposentados brasileiros. Na madrugada que os senadores fizeram uma vigília no plenário para chamar a atenção a esta matéria, postei uma mensagem de aprovação e de entusiasmo com o que vi. O senador me mandou esta resposta: “Fiquei feliz e emocionado com sua mensagem. Sinto-me gratificado ao poder contar com a confiança de cada cidadão neste momento histórico de vigília no Senado em busca dos direitos de todos os aposentados e pensionistas. Tenho consciência de que precisamos unir nossas forças, pois temos, ainda, muito chão para percorrer. A energia e a mobilização de cada cidadão são fundamentais. Como diz a canção de Raul Seixas: " Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade". Reitero que a população deve continuar mobilizada. Temos que continuar enviando cartas, e-mails e telegramas solicitando aos parlamentares a aprovação dos projetos. Meu sincero obrigado, PAULO PAIM, Senador-PT/RS"

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O governador quer ver

O Carlos Damião me ligou agora pouco e me informou sobre uma comenda que o governador LHS entrega à funcionários públicos agora à tarde. A solenidade será na Assembléia Legislativa. Há uma expectativa de que as lideranças dos Praças (policiais militares) e suas esposas aproveitem a presença do governador para protestarem contra o descumprimento da Lei 254/2003, que trata dos salários da corporação. Recebi por e-mail uma nota do deputado estadual Sargento Amauri Soares (PDT), atualizando sobre a reunião que teve com o Governo, pela manhã. “… não foi apresentada nenhuma proposta concreta de pagamento da Lei…, se comprometeu somente a apresentar ensaios do impacto do cumprimento da lei…, o governo está nos cozinhando em água fria, … classificou a série de reuniões de “enrolação”, diz a nota. Ontem, no Jornal da Noite/Rádio Guarujá, fiz um pequeno debate entre os deputados Elizeu Mattos e Sargento Soares. Pelo andar da conversa, fora do ar, o deputado Soares sentenciou: “vai ter greve, pode escrever…” Perguntei se eles (militares) iriam fazer manifestação na frente do prédio do Centro Administrativo. “Na frente, não, dentro!”, avisou o parlamentar. O governador parece que vai pagar para ver. E acho que verá.

Bonito e patético!


Patético! É triste, mas não temos mais o velho jornalismo de guerra no País. E não me venham com desculpas. Com a internet e tantos outros recursos, poderíamos ser muito melhores, mais profissionais. Sei quais argumentos meus coleguinhas irão usar, mas estou falando de nós, não das empresas que nos empregam.Acompanhei, até onde pude, ontem à noite, pela Rádio Guarujá, a vigília dos senadores para pressionar a Câmara Federal e o Governo Lula na aprovação dos projetos que devolvem minimamente a dignidade aos aposentados e suas pensões assaltadas nos últimos anos. Entrevistei às 11 e 45 da noite o senador gaúcho Paulo Paim (PT) – autor dos projetos – e ele me contou que estavam em mais de 15 senadores naquele momento, tomando café, comendo bolacha e de prontidão. Perguntei a ele sobre a declaração do ministro da Administração, Paulo Bernardo, que promete veto presidencial, caso o projeto seja aprovado pelo Congresso. “O ministro pode dizer o que ele bem entender, mas o presidente Lula disse na TV Brasil que se o Parlamento aprovar a matéria ele sanciona”, garantiu Paim. O Jornal da Noite encerrou às 24 horas, como sempre. Deixei o prédio da rádio a baixo de uma chuva forte que caia sobre a cidade. Em casa, liguei na TV Senado e fui tomar café e comer bolacha, como eles. Me emocionei com aquilo, me fez lembrar dos bons tempos. Me passou na mente as vigílias que fazíamos pelo País, contra os Decreto-Lei da ditadura e a maior delas, pelas Diretas-já!, quando choramos, uníssonos, nas galerias e escadarias lotadas das Assembléias Legislativas das capitais. Lá pelas 4 horas da manhã, já “pescando”, como se diz, sobressaltei entre a caneca e o pacote de bolacha-maria e lá estavam, ainda, os nossos senadores, ao vivo, na TV Senado. Discursavam, falavam da importância do projeto. Pedro Simon e Mão Santa trocavam apartes, quando chegava o Welington Salgado, governista até o pescoço, mas resolveu juntar-se na madrugada. Não havia partido, nem base de apoio, nem oposição. Pelos seus lap top’s, os senadores liam os e-mail’s on-line que recebiam da população, de cidadãos e velhinhos que acompanhavam aquela sessão-vigília. Foi bonito de ver. Até agora, fico achando que foi um sonho. Mas, comecei este post dizendo que é patético o nosso jornalismo. E é! Agora pouco procurei pela Internet uma foto daquele momento e só o que achei foi a registrada pela assessoria do Senado, lá pelas 10 da noite. Além disso, nada mais. Jornal nenhum registrou. Nenhuma imagem, nenhuma matéria, nada! Pelo menos até agora, o que já é uma vergonha.Será que virei um dinossauro romântico? Fiquei doido? Ei, jornalismo! Tem alguém aí?! Será que depois do Jô os miolos das redações desligam? Saudade do Samuel Wainer.Se os nossos políticos merecem todas as críticas pelos descompromissos com o País, não estamos fazendo melhor. Patético mesmo!Bonita madrugada no Senado!

Imagens recuperadas II


Outras recuperadas em DVD. O ano é de 1989, disputava-se o primeiro turno das eleições presidenciais. O Celso Martins e eu, na Rádio Guarujá, conseguimos reunir o Dr. Brizola e o Lula, numa entrevista só, no programa Guarujá Repórter. Foi um momento histórico. Tivessem os dois feito um dobradinha, Collor não teria vencido. Ou não?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Imagens recuperadas


Estou salvando umas fitas em VHS as quais guardo há uns 20 anos. São imagens de trabalho e de boas passagens dessa profissão doida de jornalista. Estou passando tudo para DVD. As primeiras duas ficaram prontas. E olha o que achei, de cara. Os meus queridos amigos de fé, Rivaldo Souza e Carlos Damião. O ano é de 1989. Uma cena que mostro aqui com grande emoção e como uma homenagem aos velhos amigos e bons tempos. Vou trazer outras, aguardem.

sábado, 15 de novembro de 2008

As miniaturas


Muitos amigos ficam curiosos sobre o meu hobby, o de construir miniaturas, maquetes. No ano passado, produzi algumas motocicletas, muitas delas a pedido dos apaixonados. Esta é uma Triumph 950i (Escala 1:7), confeccionada em madeira, plástico e metais, com suspensão - dianteira e traseira - real. Seguiu para São Paulo. Quem se interessar por ver a coleção toda, comente aqui.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jornal da Noite cantando na chuva


A cena não é em Florianópolis, apesar do cenário dar os ares da Praça XV. É o Gene Kelly, no genial “Cantando na Chuva”, de 1952. Já que não dá pra mandar São Pedro se mancar, vamos celebrar o tempinho.Logo mais, no Jornal da Noite/Rádio Guarujá (1.420 kHz), que vai ao ar depois da Jornada Esportiva, lá pela meia noite, vou rodar uns bons momentos do musical, encerrando, é claro, com Mr. Kelly, na chuva. Vai ser interessante. Até lá.

O Celso e eu no shopping

Recebo com enorme carinho a visita do jornalista Celso Martins no Blog, um querido e competente colega e amigo. O Celso é um daqueles que soube evoluir nesta vida, e falo de evoluções maiores, as de espírito, as de valores que vamos levar pra sempre. Aprendi muito com o velho camarada e continuo aprendendo, cada vez que o encontro nos cafés da cidade. É uma das reservas da nossa profissão. O Celso deve ter se divertido com o post da Juliana Paes no shopping e mandou um comentário desafiador. Se fores comigo, velho, a rigor também, encaro a parada, só pra ver o que o pessoal do Terra vai fazer com a gente. Te cuida, irmão!

Não quero mais brincar de chuva

Ô chuva, vai ver se eu tô lá na esquina, vai! Aproveita e leva os avaianos…

Problema de Estado

Um cinemascope, por favor, para projetar minhas ansiedades…

Antes do fim

Olha, eu vou confessar, Me emocionei com o que ouvi pelo rádio E entendi muito bem o que se passou naquele estádio Tenho me empapuçado de títulos e vitórias nos últimos anos Sei bem o que é ganhar no Scarpelli de um time grande Sei bem o que é trazer três pontos fora de casa Sei bem o que é ver meu Figueira entre os escudos mais famosos Sei bem o que é uma segunda-feira de glória, “tem algum avaiano aqui?!” O pessoal de lá fez por merecer, é justo que subam Para um alvinegro como eu Resta apenas rezar, porque do time não se espera mais nada E, por favor, já peço antecipadamente Se, por acaso, o destino nos livrar do rebaixamento Que não me venham esses cartolas bufões do meu Figueira Fazer discurso de heróis injustiçados! Vão trabalhar, deixem a arrogância em casa e reciclem o discursinho! Vamos combinar o seguinte: Se ficarmos na “A” foi Deus, não vocês

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Eu e a Juliana Paes no shopping

“Julian Paes passa a tarde no Shopping”, está na capa do Terra. Tá, mas e daí? Ela estava pelada, por acaso? Não, simplesmente foi às compras. Compras?? Querem que eu acredite que ela usou o seu cartão para pagar alguma coisa? O que será que a Juliana Paes estaria procurando no shopping? O que estaria faltando a esta moça? Que bobagem! Eu fui ao shopping, ontem, pagar minha conta de luz na lotérica e o Terra nem deu bola. Se eu fosse pelado, pior, seria preso e sem uma linha do Terra, ainda! Será? Melhor não tentar.

Os suicidas

Não há nada mais patético do que um suicida covarde, vacilante. Depois de tudo fracassado, não consegue sequer atingir o seu derradeiro objetivo. Uma incompetência, uma frustração absoluta! Mas há o “suicida-migué”. É aquele que nunca o foi e, na verdade, é um pobre malandro carente, um farsante, um ator metido a trapezista. Ele só quer chamar a atenção, quer as luzes, câmeras, mas nada de ação! Desconfio que se ignorássemos sua presença naquele parapeito, ficaria ali alguns minutos e depois iria arrumar coisa melhor para fazer, com os pés no chão. Acho que ninguém tentou essa estratégia, ainda. Sugiro que não se tente, por precaução. O verdadeiro suicida – dos bons - o é por segundos, por minutos no máximo. Vai, quieto, certeiro e não deixa dúvidas. Uma das poucas ocasiões que me agrada aquela incompetência ou o “migué”…

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Desafios

Eu queria ser uma … barata … para saber o que o novo presidente norte americano fará com Guatãnamo e com o Iraque. O quê? Vocês acham que não tem barata na Casa Branca? Pois, tem sim! Agora, inclusive, é Barata Obama!

domingo, 9 de novembro de 2008

O que me provocas

Ando louco, amando, enlouquecido, fantasiando
Ando intenso, infeliz, molambo, escrachado
Vivo te amando, te esperando, como sempre te vi
Aguardo, amargo e me largo, por aí.

Hedonismo em ti

Faz parte de mim te sentir em prazer
Faz parte te ver em curvas, nuas, cruas
Faz parte do meu universo me ver em ti
Faz parte do meu auge o teu arfar
Faz parte te ver afoita, sem teus limites
Faz parte te ter profunda e sem idades
Faz parte te adorar na cena, como atriz
Faz parte não querer outra coisa
Faz parte te amar assim, vulgar e rara.

sábado, 8 de novembro de 2008

Nildão, por justiça

Antes que passe mais tempo, preciso dizer aqui, por justiça, que acompanhei com admiração e respeito a posição do Nildão, candidato do PT, no segundo turno das eleições. O critiquei muito na eleição para o governo do Estado, quando o vi com o adesivo do 11 colado no peito. Ele era do PC do B na época. Gostei do Nildão, que não ficou em cima do muro, não, como a patrulha quis apontá-lo. Ficou com seus ideais, bonito. Pelo menos foi assim que entendi.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Estado geral

Ouço o repórter Julio Castro dizer na Guarujá, “… a estrada apresenta uma depressão…” Tempos ruins esses nossos… Até as estradas andam assim… Haja endorfina…

Cada macaco no seu galho!

Então, tá. Os norte-americanos votam em delegados e não para presidente. Só em dezembro estes delegados vão eleger o Barack Obama, do mesmo jeito que “nós” elegemos o Tancredo Neves, em 1985, num Colégio Eleitoral, o qual, me lembro bem, era chamado de “instrumento da ditadura”. Mas, como se trata do Império, o Colégio, no caso, é o berço da maior Democracia do Planeta. Bem, mas isso não deveria revoltar qualquer norte americano, então? Não, cara pálida. Votar diretamente, para eles, é um detalhe, que não interfere em nada nos conceitos que têm de Democracia.Isso me dá oportunidade de dizer, também, que, da mesma forma, o fato dos cubanos não realizarem eleições presidenciais, em nada diminui o sentimento de democracia deles, que, desde a revolução de Fidel, todos comem, ninguém é analfabeto, todos seguem de prontidão em defesa de seu território e o país, apesar do mega-embargo norte-americano, ainda consegue sobreviver e se sobressair mundialmente em alguns setores, como no esporte e na medicina.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Obama é negro mas a Casa é branca

Tá bom, estão todos eufóricos, o Obama venceu. E falo dos eufóricos daqui, da mais promissora Colônia. É capaz até de inventarem um feriado. Com esse sol de volta, até que seria uma boa. Uma praia para brindar o Obama. Era só o que me faltava!Não quero ser um chato (sou, eu sei…), o Barack é do bem, é negro, é um cara legal. Mas não se esqueçam, agora ele é o presidente dos Estados Unidos e vai morar na Casa Branca, que continua branca. Não se iludam…

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Jabor, o anexado

Vejo que o pessoal anda torcendo pelo Obama. O Jabor é do bem, eu gosto de boa parte do que ele diz, principalmente sobre mulheres e sexo. Mas, esse comentariozinho dele de hoje na CBN foi de se lamentar. O homem está definitivamente anexado à matriz. Fez um comentário tão engajado às eleições norte americanas que parece que amanhã vamos votar no terceiro turno. Cheguei até a pegar o título de eleitor da gaveta, por puro ato contínuo cidadão. O Jabor está apaixonado pelo Obama como estávamos pelo Lula. Ô Jabor, acorda! O Havaí não é aqui! Ainda falamos português, ainda…O Obama, para nós, é uma espécie de Denzel Washington, herói só nos filmes. De resto, será só o próximo presidente do País que explora e massacra o resto mundo. Ou não?!

Os dinossauros ainda estão por aí

Li a entrevista no DC do marketeiro do candidato vencedor Dário Berger. O que disse o Fábio Veiga não me surpreendeu, só confirmou o que todos nós já sabíamos. As campanhas eleitorais se transformaram em espécies bizarras de festivais bianuais de propaganda e marketing. Só isso, quase. A autoridade dada ao marketeiro é espetacular, a ponto dele próprio dizer, sem o menor recato, que o candidato sequer via os programas feitos por Fábio, antes de irem ao ar, no rádio e na tv. Olha, podem me chamar de dinossauro. Ando assumindo isso, com apenas 47 anos, com alguma resignação diante de tudo que venho acompanhando. O colega Carlos Damião entende bem este meu momento e aproveito a oportunidade para agradecer suas palavras generosas no post “LEITURA” em seu Blog. O Damião é um velho amigo de guerra. Os tempos mudaram e os valores se modificaram, não no sentido positivo, como deveria ser. Lembro que antigamente, durante as campanhas eleitorais (e participei de muitas delas nestes últimos 30 anos) a figura do marketeiro era absolutamente assessória e até ganhou este nome em tom pejorativo e mal participava do grupo que coordenava a campanha. Aliás, este grupo era de seletos, de pajés, de excepcionais homens e mulheres de história dentro dos partidos, intelectuais, representantes políticos e comunitários, aqueles que davam a direção nas campanhas. Tive o prazer de conhecer muitos deles e aprendíamos muito com estes mestres. Cito alguns, como Jamir Abreu, José Bacchieri Duarte, Paulo Brossard, André Forster, Saulo Vieira, Nelson Pedrini, Luis Fernando Galotti, Mário Moraes, Anita Pires, Zuleika Lenzi e tantos outros. Pois hoje, os marketeiros ganharam a dianteira, viraram estrelas e sequer tiveram o pudor de encontrar outra palavra, menos depreciativa, para assumir esta inversão de valores. Uma frase de efeito do “mestre” Fábio Veiga, destacada pela reportagem, me chamou a atenção: “ganha quem erra menos”, dita, de novo, sem nenhum pudor. Então, a campanha é de equívocos, de lamentáveis enganos, de constrangimentos, de falhas, de “detalhes” inconfessáveis… Ganha o menos ruim! Entrevistei ontem o senador Pedro Simon, no Jornal da Noite/Rádio Guarujá. Eram 11 da noite, respirei fundo e feliz depois de ouvi-lo. Acho que estou ficando velho mesmo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Balofo e sem rosto

Me incomoda esse jeito de fazer política como se estivéssemos num campeonato por pontos corridos e só o que vale é ganhar. Baseado nessa premissa equivocada, de resultados e quase sempre atropelando programas e partidos, aparecem os frentões, as coligações, as alianças e, agora, a “polialiança”, defendida pelo governador Luiz Henrique da Silveira, o mais exímio misturador político do Estado. Uma frase infeliz celebra esta pobreza ideológica: “juntos somos imbatíveis!” Resta saber em quê. LHS bebeu da fonte esgotada do Dr. Ulisses, da qual jamais esqueceremos, pelo seu valor, histórico e ético. No entanto, o governador usa o discurso da aliança, das mega-coligações em tempos que não cabe mais o modelo, se é que estamos falando da política de Ulisses. Na década de 70/80, juntar os patriotas, os ideólogos da Democracia para derrubar um regime de força e assassino, justificava, era vital, era inadiável, era o óbvio. Derrubados os golpistas, depois de 25 anos de luta, a dinâmica democrática exige outros desafios, o de confrontar de idéias, de se fazer o bom debate, o fortalecimento dos partidos e o exercício eleitoral, periódico, fiscalizador, julgador e soberano. Essa juntada de siglas, esse aglomerado oportunista, quase sempre mórbido, ancora a política no fundo de um poço, sombrio, onde ninguém é reconhecível. O PMDB de Luiz Henrique e de outros tantos, carregaram demais no botox, repuxaram demais a pele, deformaram uma cútis tão digna… Não se sabe mais quem ele é. Uma pena.

Essas chuvas…

Andava tão sensível, que chamava os inços de plantinhas.

Ralouim rebelde

A Angela Albino me provoca sobre a passagem do “hallowen”. Disse ela nos comentários que “o problema não é a comemoração ianque, é a importação desta cultura. No último dia 31, várias crianças bateram na porta do meu apartamento pedindo "doces ou travessuras". E eu, rendida, já tinha os chocolates e balas a espera deles, como faço todos os anos. Porque, cá entre nós, além das nossas rabugentas filosofias sobre imperialismo, ali era só uma criança pedindo um doce. Ou não?” Pois é, Ângela. Aqui em casa, elas bateram também. Os doces eu comi quase todos, quase de propósito, rsrs. Mas sobraram umas balas de coco, feitas por uma senhora, aqui perto de casa. Produção nacional, mercado interno, distribuição de renda, sabe como é que é…, rsrs.Por um instante, assombrado, pensei estar recebendo o Bush na minha porta. Ninguém merece. Teria outras balas pra ele. Eram só crianças, relaxei… Pensei em fazer um panfleto para entregar aos pais (das malcriadinhas, que amor…), com textos do Darci Ribeiro (no ano que vem talvez faça). Pensei numa ironia (também aos pais), e quase comprei umas “bombas” na padaria, com lembranças do Mr. Laden. Ainda me deu outra vontade: abrir a porta com uma máscara do Sadã Hussein. Seria o máximo! No final, entreguei aquelas balas de coco, dei de ombros pra esse “hallowen” cretino e uma olhadela pro Che pendurado, desde os anos 70, “…sin perder la ternura…”Um abraço Angela!

Travessuras do Sol

Fui à janela agora de manhã e chovia. Fui tomar um copo d’água. Voltei à janela e já havia sol. Ehehehe! Fui escrever um poeminha feliz, mas logo a mal-humorada da chuva voltou: - Sol, seu atentado, já pra jaula!!

Mas que coisa…

Contei aqui a conversa que tive com o Kim, o meu cachorro (dois post’s abaixo, “O faro do Kim”). A Cuca, a cachorra da minha filha ficou com ciúmes. Então, tá. Contei a ela a mesma história. A Cuca passou o dia debaixo da cama, deprimida.Em tempo: aqui perto de casa, tenho um amigo vizinho com um aquário enorme e ele cria uma traíra, das grandes. Calma, pessoal! Não vou conversar com ela, não!

Doutores sem luz

As autoridades da Celesc vêm a público e usam o mesmo termo de plantão para explicar a falta de energia elétrica. Tanto naquele apagão monstro na Ilha, como o do Scarpelli, semana passada, no jogo do Figueirense, o corte foi uma “fatalidade”. Deve estar em algum manual de explicações da Empresa a tal “fatalidade”. No Aurélio, a palavra quer dizer “sorte inevitável; destino, fado”. Então é isso? Claro que não! Poderiam acrescentar neste vocabulário de plantão o “erro”, “equívoco”, “falha”, “ineficiência”, “incompetência”, “omissão”. Mas isso deve ser algo bem difícil para as figuras tão impolutas daquela direção.

O faro do Kim

Contei pro Kim, o meu cachorro, o que acabei de ler no site do Paulo Alceu: "Agora é pra sempre. Agora é pra vida toda o 15 no meu peito," afirmou o prefeito Dário Berger quando perguntado se estava PMDB. O Kim não disse nada, só ficou me olhando, com seus olhos sinceros. Entendi tudo.

Utensílio

Ah, essas agüinhas empoçadas nas calçadas, tão ácidas, tão feias, são os espelhos de pobres espíritos de pouca luz.

Coisa de torcedor brasileiro

O Senna sempre emociona a gente, mesmo não sendo mais ele quem está ali na imagem da tevê. Mas o Massinha é meigo como ele, tem a doçura dele. Às vezes, é nítido, o Senna está com ele, em energia. Aquele braço erguido pra fora do “cockpit” me deu um nó na garganta. Até a voz do Galvão – aquele bufão -, naquela cena final com o “Tema da Vitória”, completou a minha lembrança. Impossível não engasgar. O Hamilton é um boboca e eu mais ainda.

Domingão do Chatão

Temos que arrumar rapidamente um terceiro esporte nacional para os domingos. Ontem, tivemos Fórmula 1, depois veio o futebol. Mas ainda está faltando outra competição para tirar de vez o Faustão do ar, no fim de tarde. Putz, é pedir demais…

domingo, 2 de novembro de 2008

O meu amor

Tenho um amor forte Eterno, como são todos os verdadeiros
Mas ele é revolucionário, rebelde, sem medo
Incompreendido pelos espíritos de luz
Pensam que é obscuro, sem cintilância
É que meu amor é livre demais
Detento dessa liberdade de tudo poder
Ele vai, e não se cansa de ir
Adora voar e não olhar pra trás
Vai como um míssil, certeiro, potente
E é tão destemido e arrogante
Porque sabe que volta, quando quer
Volta intocável, íntegro, do jeito que foi
Sem vergonha de ser assim
Exigente demais, por ser assim
Ele é tão isso e só eu sei por que
Tenho um amor forte

O pai e o poeta

- Ah, pai, me entristece te ver triste assim
Não te preocupes, filha
Não é o pai que está triste, é o poeta
- Mas o poeta e o pai não são a mesma pessoa, pai?
E quem pode responder isso…
O fato é que me sinto triste como poeta, não como pai
Talvez seja uma armadura a condição de pai
Já a do poeta é andar nu, rebelde, desprotegido
Ele açoita a tristeza em versos, frases
Sofre em fonemas, em concordâncias verbais
Olha os objetos e os vê solenes, animados de vida
E busca vida em cada sopro, em cada quadro de olhar
Um jeito de sobreviver
Mas isso é o poeta, o errante dos cometas por aí
O pai está aqui, sólido, ereto, quase incólume
- Puxa, pai…

Previsão de meu tempo

Pingos, água que cai do céu, chuva
Dia nublado, amargo, cheio de reflexões duras
A acidez das agüinhas em poças teimosas
A sordidez dos capins, esses maltrapilhos da natureza
Os pássaros sozinhos, em silêncio recluso, em auto-exílio
Pingos, barulho deles pingando, tão sem ritmo, tão debochados
Eu ali, marginal, como doente de uma lesão, lento, pesado
Pinga triste dentro de mim, chove em mim, nubla em mim
Ando cheio de poças, umidades febris, cansado, incômodo
Quem dera abrir um sol em mim lá pelo dia 10, quem dera…

sábado, 1 de novembro de 2008

Hamilton: - presente!

O Hamilton Santos é um dos silenciosos e reflexivos, sobre os quais falei dia desses, quando comentei a falta de comentários no Blog. Tá vendo? São assim, educados, austeros e fiéis. É um previlégio tê-los. Continuarei a fustigá-los a uma ou outra frase, vez por outra. Saúde Hamilton.

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