Bem hipócritas e com boa dose de demagogia, vamos avaliar que o aumento do salário do governador do Estado é uma afronta diante da miséria de boa parte da população e a falta de merecimento que a classe política vem construindo nos últimos anos.
Longe de sofismas, os atuais dez mil reais são constrangedores. Médios executivos de empresas privadas ganham mais do que isso em Santa Catarina.
O problema é que esta discussão, como boa parte das coisas no Brasil, não é o que parece ser. Na verdade, o que está em jogo é o problema do teto dos servidores, especificamente a crise formada entre os delegados de polícia do Estado. Ninguém pode ganhar mais que o governador e por isso o reajuste para os chefes da nossa Polícia fica garroteado. O curioso é que a legislação do teto não inclui os salários dos ex-governadores, que passam dos 22 mil reais. Uma contradição, então: o governador ganha menos da metade dos “ex”.
Lembro até que me incomodei bastante no ano passado com uma celebridade peemedebista, quando lembrei dessa estranha diferença.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
A verdadeira discussão salarial
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
desinspiração
domingo, 25 de outubro de 2009
De saco bem cheio. Cadê meus “Yes”
Estar com o saco cheio é um sentimento que move a maioria das grandes mudanças. O homem sempre usou como mola propulsora este saco abarrotado, sabe-se lá de que..., para fazer coisas diferentes, ousadas. É bem verdade que também o moveu à muita bobagem, mas, ainda assim, não se acomodou e por isso não deixa de ter seu mérito.
O saco cheio é um estado de coisas normalmente hostil dentro de nós, uma espécie de recado que alguma coisa deve ser feita. Diz a lenda, que nada sendo feito, o day after é dos piores. É, na maioria das vezes, o prenúncio da acomodação, da mediocridade, da apatia, da resignação burocrática, da previsibilidade, do óbvio a ser feito. Tome um copo d’água morno... É mais ou menos isso.
Nem sei por que escrevo isso neste final de domingo. Perdoem-me os leitores. Acho que devo estar só querendo bater o pó e tirar um pouco as coisas do lugar. Talvez troque ainda hoje a posição do sofá e desligue o cabo da tevê. Amanhã decido se boto pilhas novas no rádio e renovo a assinatura do jornal. Ficaria só com a banda larga neste instante.
Pensando bem..., deixa pra lá.
Amanhã, talvez, acorde melhor. Vou dar uma procurada nos meus LP’s do “Yes”.
sábado, 24 de outubro de 2009
O Revista vai começar. Ouça – 1420 kHz!
Daqui a pouco começa o Revista Guarujá. A apresentação é da Leda Limas. O programa tem três horas de duração e começa às 9. É uma rara produção no rádio da Capital.
Feito durante a semana, os quadros e esquetes vão do humor às receitas de drinks e causos de tirar o fôlego. Às
Não recomendaria assim se não estivesse tão bom. Minha expectativa é das melhores. Passei o roteiro a minutos atrás com a Leda. Tá muito bom. Com 30 anos de rádio, o velho Friozinho na barriga é o mesmo da estréia, lá em 1979. Não o apresento, mas assino a coordenação, com a mesma paixão de sempre.
O Rádio continua sendo uma bela cachaça, das melhores.
Chega. Vou dormir. Daqui a pouco tem Revista
O horário da postagem é verdadeiro. Acabo de concluir a edição de minha crônica. Antes, umas pinceladas finais do esquete do Rui e do Beto. Depois de postar aqui, desligo o computador e vou dormir um pouco. Às sete, tomo um café e vamos pra Guarujá, colocar no ar o Revista número um. Está sendo feito com grande carinho. É uma produção dos velhos tempos, bem cuidada, boas trilhas, vinhetas pilotadas pelo mestre “Cebola” e um clima bom na redação, meio de maternidade.
Prestem atenção na locução dessas vinhetas, pois temos uma revelação: Emanoel Soares, que é o operador de áudio, recém cruzou os vinte, está na segunda fase de jornalismo na Estácio, cheio de energia. Um claro Talento vem vindo aí.
Espero que tudo dê certo. No meio da semana, vi o estresse da Leda Limas, a nossa chefe de reportagem, a apresentadora do Revista. Chegamos a brigar na quinta. Fiquei bem chateado, mas na sexta tudo se recompôs e foi o programa, a pegada da produção, que catalisou a harmonia, nos lembrando do profissionalismo. Coisas do dia-a-dia, que a gente só aprende e que, de alguma forma, faz parte dessa militância maravilhosa no jornalismo.
Pareço um guri. Me lembrei, agora, do dia que fiz a estréia, quase gaguejando, direto do Leopoldina Juvenil. Era a Copa Davis, Brasil x Equador. O Roberto Brauner me chamou ao vivo. Eu falei pela primeira vez no rádio, na Gaúcha.
Não estou exagerando. No revista, sou apenas o coordenador e contribuo com uma crônica, inspirada no formato daquela que o
Tomara que dê tudo certo!
Deu. Vou dormir.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
As histórias de Manoel, soldado de Fidel
Gravei esta semana uma entrevista - por mais de uma hora, com o cubano de 72 anos, Manoel Cardó Calçada, engenheiro agrônomo e especialista há 40 anos em plantas e ervas medicinais. Mas o fato mais marcante deste registro é o fato dele ter sido um dos homens mais próximos de Fildel Castro, que o condecorou Capitão, no desenvolvimento da revolução. Foi um dos heróis da Sierra Maestra e participou de todo o processo, até 1959, quando os revolucionários entraram pelas ruas de Havana vitoriosos, derrubando a ditadura assassina de Fulgêncio Batista.
Na foto histórica ao lado, não é possível identificar Manoel, mas ele estava neste grupo, na marcha triunfal dos rebeldes, junto com Fidel e Che Guevara.
Durante a entrevista, que estou editando para uns 15 minutos, fiquei impressionado com a lucidez, a firmeza, a alegria, o bom humor e os relatos dele sobre os treinamentos na selva, a construção de criativas emboscadas, as armadilhas contra o exército de Batista e a forma como vê o mundo.
Quando anunciei que ele havia lutado lado a lado com Che, Manoel me interpelou, dizendo que não havia estado com Che durante nas lutas, apesar de ter conhecido-o e trocado conversas com ele várias vezes, depois da vitória. – Precisamos ser precisos com a verdade. Um comunista não mente nunca. Se mentir, não é um comunista, alerta Manoel Calçada.
Ele contou que seu grande sonho era ser médico e sente-se um pouco frustrado em ter atendido disciplinadamente a orientação do governo revolucionário, que lhe encaminhou para a Faculdade de Engenharia. – Mas não me arrependo porque atendi a uma necessidade da revolução e fiz tudo com muita determinação, como Fidel pediu, conta Manoel. Ele explica que sua frustração foi resolvida mais tarde, quando seus filhos, cunhados e nora, todos formaram-se em Medicina.
Ao final da entrevista uma curiosidade: Manoel Calçada aproveitou sua participação e mandou um recado a Fidel, já que não fala com o comandante há muitos anos e sabe que alguém em Cuba ouvirá a entrevista na Rádio Guarujá. Ele está no Brasil como visitante e com permissão diplomática de seu governo. Disse que as autoridades cubanas ouvem tudo o que há pelo mundo sobre Cuba e, certamente, estariam sintonizados na Guarujá para ouvi-lo e saber como foi recebido. – Aproveito esta entrevista para dizer a Fidel que gostaria de dizer muitas coisas a ele, sobre as o que dizem de nós, aqui nesta grande potência latina, o Brasil, conclui o Capitão de Fidel.
A entrevista especial ainda não tem data para apresentação. Estou ainda trabalhando na edições, que terão tradução simultânea. Aviso aqui sua audição.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O Beto Laus é o melhor
Terminei de editar a gravação de uma entrevista que fiz com o Beto Laus, o nosso Comendador-Mor, o homem do almoço dos artistas. O Beto é um figuraço. O resultado da entrevista não me surpreendeu. Eu já sabia que seria um bolaço. A proposta era um papo de 10 minutos, descontraído, recheado daquelas bobagens de balcão de bar, falando de tudo um pouco, sem a menor reserva. Não deu outra. Gravamos mais de meia hora e tive dificuldade de deixar em 10 minutos. Bom humor, boas gargalhadas e aquelas conversas cafajestes e maravilhosas que cercam o universo masculino, tudo com bom nível e a elegância do Beto. A conversa foi dos gibis do Zéfiro, pão com banha, os homens prediletos das mulheres, a gravidade dos glúteos, e a incrível história do dia que o Comendador conheceu Sonia Braga, com vinte e poucos anos.
Vai ao ar neste sábado, na reestréia do programa Revista Guarujá, agora apresentado pela Leda Limas, uma craque no jornalismo de entretenimento e cultura. O programa promete. Cheio de quadros, esquetes, entrevistas e a reportagem vai trabalhar ao vivo, direto do Mercado Público, trazendo o clima alegre do sábado.
Vale dar uma conferida. Das 9 ao meio dia, neste sábado.
Tenho a impressão que nasceu um programa nesta entrevista com o Beto. Saímos do estúdio até com nome provisório: “Papo com Jazz”. Promete.
Vai sobrar alguém nas agências do BB
Estão abusando da nossa ingenuidade. Então o pessoal da direção do Banco do Brasil quer nos fazer crer que irá fechar mais de 80 agências do Besc no interior do Estado para “melhorar” o atendimento aos clientes. Uma coisa ou outra. São claramente excludentes. Não é preciso nem argumentar isso. De quebra, o risco quase certo de demissões de bancários. Por mais que prometam que isso não irá acontecer, é obvia a conclusão que nas pequenas cidades com agências do BB e do Besc, com o fechamento do antigo banco do Estado, o BB não conseguirá abrigar todos os funcionários do Besc, além dos clientes a mais, das duas bandeiras.
Vai sobrar para alguém! Adivinha pra quem?
terça-feira, 20 de outubro de 2009
O Bita das nossas lembranças
Estava desligando o notebuque (me deu vontade de escrever assim – depois eu explico) e o querido Badu, comentarista da Guarujá, abriu a jornada esportiva fazendo uma homenagem ao Bita, que faleceu hoje. Ele foi um grande jogador de futebol do Avaí. O Badu conta que ele zombava em campo e adorava “meter no meio das canetas do pessoal.” Era funcionário da antiga Telesc, elegeu-se diretor do Sindicato dos Telefônicos, mas ultimamente andava um pouco incomodado com a vida. Pendurar as chuteiras, muitas vezes, é um castigo insuperável. O caso do Bita. Uma energia de menino, mas o velho coração, sempre maior do que ele, resolveu lhe “mandar para o chuveiro.”
Recebi há pouco os telefonemas do Sergio, presidente do Sinttel-SC, e do Aldomiro, diretor. Estamos todos muito consternados. O Bita nos cativou com a sua alegria de viver e estava sempre animando as conversas. Descansou. Tenho dito, de uns tempos pra cá, que “tá ficando bom lá
De Turvo/SC, era um legítimo italianão. Barulhento, alegre, amigo, solidário e assim como brigava com a gente, no dia seguinte esquecia tudo e vinha cheio de carinho e com mais brincadeiras. - Aldomiro, seu cavalo! E dava uns tapões nas suas costas, quase derrubando-o e todos riam muito. Os carinhos do jeito dele.
A marca do Bita era a boa “molequice”. Não foi nem uma, nem duas vezes, que o mesmo Aldomiro chegou em casa com a pasta de trabalho pesada e quando abria, lá estavam grampeadores, furador, toalha, sabonete, garfo, faca, e todo tipo de quinquilharia, colocada pelo Bita durante o dia. Ele ligava depois, só pra ouvir a bronca, e todos riam de novo.
Era um apaixonado pela sua família. Falava muito deles e mostrava a sinceridade daqueles amores, sempre franco e ingênuo, quase menino. Quando saíamos pra tomar umas cervejas ou pra comer aquele pernil de ovelha na Riosulense, antes de muitos jogos no Scarpelli, ele lembrava com bom humor que iria levar uma bronca
Com os dois filhos era pura emoção. Lembro de duas dele: o Bita chegou depois do almoço triste, abatido. – Bita, o que te aconteceu? O Bita contou. - Rapaz, tu não sabe o que eu ouvi agora da namorada do meu filho..., a guria me disse com a maior calma que não acredita
Lembrei de outra. Eu terminava uma atualização no site do Sindicato e comunicava o Bita. Ele sempre reagia com entusiasmo, mostrando seu espanto com as modernidades da Internet: - Então essa notícia já tá lá no Turvo?! Dizia ele rindo.
Um momento de silêncio e de oração nesta noite, antes de deitar.
Seu corpo está sendo velado aqui perto de casa, no Jardim da Paz, e será sepultado amanhã, às 3 da tarde. Não vou. Prefiro ficar recolhido, pensando nessas histórias boas dele.
Diz Kardec que os espíritos gostam que lembremos dos momentos alegres que tivemos com eles. Assim ficam mais à vontade para seguirem suas escaladas de evoluções.
Minha singela homenagem, portanto, ao velho Bita e a solidariedade à dor de seus familiares.
A lembrança que fico do Bita foi a de uns 10 anos passados. Ruim de dinheiro, um pouco atormentado com isso, Bita me indagou: - Tás preocupado, Marcelão? Não precisei nem falar, ele sabia. Sem falar mais, puxou a carteira do bolso, tirou o dinheiro que tinha e me passou, com um sorriso largo. O Bita nunca aceitou que eu pagasse aqueles 300 reais. Um dia me acerto com ele.
Cuida da gente Bita.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
QUEREM VENDER A ZONA AZUL!
Ainda na prancheta do blogger
A "zona” que virou
O prefeito
É bem o caso do projeto que aterrissou na Câmara dos Vereadores da Capital semana passada, feito um pára-quedas, o qual pretende privatizar a empresa pública Zona Azul. O constrangimento é tamanho, que nem mesmo os parlamentares da base do governo municipal sabem explicar de onde veio a idéia. Sendo assim, vamos, então, evitar comentários sobre o que pensa a bancada de oposição.
Os trabalhadores da Zona Azul estão em greve, desde sexta passada. Ninguém sabe dizer ao certo com quem o prefeito conversou sobre o assunto para ter esta inspiração antes de sua viagem ao exterior, deixando com o seu vice, João Batista Nunes, este pepino na mão. O assunto – de tão mal encaminhado, tirou até o presidente
Nem é o caso de se entrar no mérito da privatização da Zona. Uma “zona” mesmo virou a sua tramitação no Legislativo, urgente e bizarra. Ninguém sabe de nada.
Pra quem pretende ser a “carta da manga” do partido para entrar na disputa eleitoral de
domingo, 18 de outubro de 2009
O BLOG ESTÁ EM MANUTENÇÃO!!
Mais algumas horas e as novas formatações estarão publicadas.
sábado, 17 de outubro de 2009
Imagens guardadas
Nada mais triste e frustrante, sem explicação.
Fotos de flores, de cercas vivas coloridas, de verdes campos e lagos salpicados do branco de patos livres. Todos estanques, sub judice.
Nada mais angustiante e dolorido do que imagens de jardins.
Casinhas do interior, sem vidros nas janelas, com velhinhos dentro delas.
Tudo isso enclausurado num chip, deveria virar quadros, quadrinhos delicados para enfeitar a parede da sala.
Amaldiçoados rancores de turnos passados. Maldita imperfeição dessa etapa.
Quisera a sublimação deste ardor grosseiro de prazer, ou que pelo menos isso fosse melhor compreendido – sentido quanto é útil, arrebatador e fútil.
Megera, insana hostilidade. Intolerâncias que acorrentam e impedem os risos, a arfadura, os simbolismos, o amor e o convívio, e os quadrinhos na parede da sala.
Não precisava ser assim, fôssemos de melhor qualidade.
Um brinde amargo e estúpido - feito um castigo - a este sábado alagado, melancólico e escusado!
De onde vem o sonho e esta tristeza
Meu sonho talvez venha da leitura de ontem, antes de dormir. Me impressionou a matéria da Revista Época sobre a prisão do premiado diretor Roman Polanski, de 75 anos, acusado de pedofilia há três décadas. O texto encerra com a informação que Woody Allen, Pedro Almodóvar e Martin Scorsese protestaram contra a inclusão da prisão de Polanski, ocorrida há 10 dias, no filme que retrata a sua vida, cheia de tragédias e obras de arte. Pra quem não lembra bem, o diretor preso é autor de filmes como Repulsa ao Sexo, O Bebe de Rosemary, O Inquilino e O Pianista – que lhe rendeu um Oscar em 2002.
Se não valeu como argumento para sua defesa no processo de pedofilia, a história de Polanski rendeu pelo menos um filme, que ele não dirigiu, com um roteiro marcado por golpes do destino: francês, criado na Polônia viu o país ser invadido pelos nazistas e levarem sua mãe – judia - para os campos de extermínio de Auschwitz, onde seria assassinada. Escapou aos nove anos do gueto de Varsóvia e por influência da família que o acolheu e criou tornou-se um católico fervoroso até o ano de 1969, quando sua mulher, a atriz Sharon Tate, foi esfaqueada até a morte, grávida de oito meses, por fanáticos de uma seita religiosa. Depois disso, Polanski escreveria em sua autobiografia que a fé é “um absurdo”.
Que coisa... E comecei este post lá no de baixo, falando de um sonho e Woody Allen morando aqui. Volto a falar nisso, ainda neste fim de semana chuvoso e triste, pelo menos pra mim.
Woody Allen em Florianópolis e um frenesi parisiense
Sonhei, até agora pouco, que o Woody Allen. Eu estava como minha mulher no hall de entrada do Hotel Beira Mar Norte, quando passou o ator e diretor, como um cidadão comum, indo na direção do restaurante. Então, eu virei pra Giceli e disse confiante: - não sabias? Ele está morando aqui em Florianópolis, já faz tempo. Ela me olhou e fez um comentário displicente, desdenhando da celebridade e o colocando entre os normais: - Putz, acho esse cara um bobo metido, no mínimo anda desempregado lá em Los Angeles..., disparou. – Agora, só falta tu querer levar esse bobalhão pra Guarujá..., arrematou ela. Despertei reflexivo. Diria eu, fosse um francês, lá naqueles dias da “Belle Époque”, onde presumo que um dia estive: “afin, dans les rêves tout en rêvant que l'on peut être en paix avec l'amour de votre vie, en rêvant de Woody Allen”.
Não sei que “viadagem” foi essa que me deu agora, mas fiquei emocionado.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Sociedadezinha
Cena comum na Avenida
As imagens mostram o engarrafamento e a causa dele. As fotos não são de hoje, nem de ontem. O
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
LHS preocupado com o efeito surpresa de 2010
O post abaixo sugere um raciocínio estadual. O prefeito
Os mais afoitos da cena começaram a falar demais do prefeito, ultimamente. Para acalma-los o governador manda sinais lá da Rússia para baixarem a bola. Tem hora pra tudo, deve pensar LHS. “Nosso candidato é Eduardo”, avisa. Essa ansiedade acaba fritando o doutor e prejudicando o impacto do efeito surpresa do nome do prefeito.
Coisas do tabuleiro deste jogo.
O Ciro, se a “Vilminha” não for bem
Agora pouco, na
Conta o Alexandre que Lula teria feito o seguinte comentário dias desses, entres seus pares, quando provocado sobre sua aproximação com Ciro que: “vamos ver como a Dilminha vai...”
Pra bom entendedor...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Dorme-se proprietário, acorda-se inquilino
Já não é incomum que um morador aqui da Ilha ou de qualquer outra localidade nos mais de 8 mil km de litoral brasileiro, deite na condição de posseiro ou até mesmo proprietário do terreno de sua casa, com escritura pública no cartório, a acorde com uma notificação do Governo Federal na sua porta, comunicando-lhe que sua cada está sobre uma propriedade da União e, desta forma, não é proprietário e sim inquilino. Como tal deve pagar, a partir de então, um aluguel por estar ocupando aquela terra pública.
De cada 100 cidadãos que enfrentam casos como este, apenas um procura seus direitos assegurados pela Justiça. Desta minoria, praticamente 100% conseguem liminares para impedir cobranças imediatas e até êxito no mérito transitado e julgado. E média, estes casos levam de
As informações e comentários são do especialista no assunto (“Direito Notarial”), o advogado Roberto Pugliese. Foi o entrevistado de hoje no Conexão da Tarde, na Guarujá. Ele é o precursor do estudo e publicação específica sobre o assunto no Brasil. Há três meses é morador de Florianópolis, é paulistano e sãopaulino, mas já se confessa admirador do Avaí e apaixonado pela cidade.
Pelo visto, na Capital, clientes não vão lhe faltar.
No futebol pode-se ganhar, empatar, perder ou chover
O Rui Guimarães, “o realmente técnico” comentarista esportivo da Guarujá, é uma dessas figuras que a gente é capaz de ficar batendo papo durante uma madrugada inteira, sem repetir assunto. Como ele próprio diz é um "boleirão", bom de prosa.
Histórias e estórias brotam com ele. Também pudera, o homem já rodou o mundo militante no futebol. Em cada cidade que morou, treinando times, passou até pela Arábia.
Então, aqui vai uma impagável do Rui:
Em 1987, o nosso comentarista treinava o Cruzeiro de Belo Horizonte. Pois o repórter Carlos Cezar "Pinguim", um dos craques da Rádio Itatiaia na época, resolveu bancar o malandro e propôs ao Rui uma entrevista nada ortodoxa. Como era sexta-feira, "Pinguim" pediu que o Rui gravasse respostas em três versões, para vitória, empate e derrota do seu time. Assim, “Pingüim” não precisaria acompanhar o jogo para preparar o seu boletim que iria ao ar na Grande Resenha Esportiva de domingo na Itatiaia. O Rui, boa praça, topou a parada e mandou ver três avaliações diferentes do jogo no Mineirão.
O que ninguém contava era com um temporal monstro no sábado, horas antes da partida. Foi tanta água que o juiz resolveu suspender tudo e o jogo não aconteceu. Nem vitória, nem empate, nem derrota. O "Pinguim" estava ferrado!
Mais tarde, debaixo de chuva, o repórter gritava desesperado em frente ao prédio do Rui, suplicando uma quarta versão do jogo suspenso. O Rui massacrou por alguns minutos o "Pinguim", dizendo que não iria gravar coisa alguma. É claro que o Rui salvou o "Pinguim daquela fria, com o perdão do trocadilho.
Esse Rui ...
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Uma sensação de solidão
Estes dias que passam nos dão uma impressão de que estamos cada vez mais órfãos dos nossos ilustres, das nossas reservas morais. Gente que nos guiou os passos e as idéias por décadas vão passando, deixando um grande vazio.
É o caso do Dr. Ulysses Guimarães. Líder brilhante e raro, fundamental nos embates contra a ditadura militar e depois na chamada transição democrática. Ontem, feriado de Nossa Senhora Aparecida, fez 17 anos que o “Senhor Diretas” desapareceu. Um fato estranho, pouco explicado até hoje, mas muito próprio do Brasil, estranho e pouco explicado também.
Tive o privilégio de conviver com ele durante meses, trabalhando em São Paulo, na sua campanha presidencial de 1989. Era um forte e transitava em qualquer ambiente, sem perder princípios, transigindo apenas no que a boa política permite, sem nunca esquecer da ética.
Durante sua campanha dava um banho em todos nós, de 30, 40 anos, e ele já com seus 70 bem cruzados. As articulações mais complicadas, com as quais tinha uma habilidade admirada até pelos adversários políticos, o Dr. Ulysses preferia fazer à noite, no Restaurante Piantella, na Capital Federal, em conversas que duravam horas, sempre regadas a doses de "poire", um licor de pêra, bebida preferida dele.
Somos um país estranho mesmo. Naquela eleição de 89 elegemos Collor, deixando aquele que mais precisávamos e que mais merecia ocupar o Planalto em 7º lugar. Tiveram mais votos que Ulysses, além de Collor, Lula, Brizola, Covas, Maluf, e Afif.
Lembro que os jornalistas que cobriam o Congresso se regozijavam com as tiradas do Dr. Ulysses. Sabia que suas declarações renderiam nas matérias e isso fazia dele o centro das atenções em Brasília. Me lembro de uma entrevista especial, durante a campanha presidencial, no programa do Jô, na época “Jô Onze e Meia, no SBT. O apresentador lembrou que a velhice de Ulysses era usada por Collor, que fazia questão de mostrar-se um cadidato-atleta. O Dr. Ulysses não perdoou: “- eu sou candidato a presidente, não a modelo fotográfico”. O talento e o valor de Ulysses não sensibilizou o inepto eleitor brasileiro.
Pois é. Lembro que dias atrás perdemos Mercedes Sosa. Lembrei do velho Che aqui também, no dia 8, data de sua morte, em 67. São ídolos e heróis inesquecíveis.
Tá ficando bom lá em cima...
Fazer o que? Faz parte da vida, ainda que doloroso. Mas o mestre Niemeyer, que está vencendo mais uma no hospital, aos 101 anos, matou a charada do Planetinha: “levamos tudo muito a sério, brigamos muito, nada é tão importante, somos uma poeira, a vida é um sopro...”
As alternativas do bom radio jornalismo
Eu não costumo fazer isso. Acho uma bobagem essa briguinha de colegas no ar, quando um fica agulhando o outro por ter conseguido o tal “furo”. Saudável e civilizado que cada macaco cuide de seu rabo e o espectador/leitor/ouvinte faça a sua escolha, tirando suas conclusões. Ademais, a "briga" deve ser entre empresas, não entre profissionais.
No entanto, acho que já está valendo o registro, como curiosidade e o reconhecimento de que o mercado pode oferecer alternativas de informação. A
Se estão ou não fazendo escuta, isto é um detalhe (aliás, o bom jornalismo assim recomenda no seu b-a-ba), mas o fato é que já se pode acompanhar as notícias em mais de uma emissora de rádio em Florianópolis.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
La Negra Tucumána cantará para sempre
Eu preciso pedir mil perdões neste instante. Como jornalista, me sinto triste e envergonhado e não vou esquecer que esqueci, que fui pouco cuidadoso no acompanhamento das notícias de “La Negra”, que andava doente, eu sabia.
Devo a ela muito de minhas alegrias juvenis. Devo a ela muito das minhas dores tão adolescentes então, que se transformaram em força, garra e mais vontade de vencer, embalado pelos seus cantos libertários, cheios de amor e delicadeza.
Mil perdões pela falta, mil perdões por este imperdoável desleixo, eu que te devo tanto e que ainda pego emprestados teus versos e me pego cantando tantas vezes por ai, em busca do que deixei de tão bom, de tão verdadeiro e sempre que me lembro de tudo que já disse e lutei, com tanta mais entrega e idealismo, é porque te ouvia mais e tua voz me era uma bandeira, sempre altiva, a tremular
Só agora, cantarolando feito um ancião, “Volver a los
Leio que nos deixaste o corpo cansado no domingo, dia 4. Me explico um pouco, envergonhado ainda, mas é que na sexta – dois adias antes – era chamado a velar um velho e querido amigo, um xirú também exausto daqui, um índio bravo como tu, desses que vieram ao mundo só para fazer o bem e cuidar da gente, um macanudo dos raros e que só depois que partem é que se sente o quanto já fazem falta.
Pois quis o sábado, um dia antes da tua partida, querida hermana, que fosse este o dia para a despedida do velho amigo Dedier. O domingo, então, foi de lágrimas, de silêncio, de viagens, partidas, despedidas, mais do que eu imaginava.
Foi por certo assim, grande cantadora de sonhos, que me perdi de ti, que nada ouvi ou li, lá do fundo daquele poço, onde todo índio triste e magoado chora feito um guri.
Sosa, guerreira, rebelde aprendi ser te ouvindo, com Milton, com Pablo, recitando Violeta, Brecht e Neruda, Mecedes, inesquecível sempre, Sosa.
Me passa como trailler’s cenas de
Me perdoe, somente agora...
Nem "todo cambia", hermana. Nossa gratidão jamás irá quedarse!
O “Agostinho”, quem diria...
“O interesse econômico transtorna a visão ética das pessoas”. A frase é do ator Pedro Cardoso, o impagável Agostinho da Grande Família, numa entrevista no “Sem Censura” da Leda Nagle, na TV Brasil.
Ele tem uma posição corajosa e indignada diante dos “paparazzos” e da indústria da fofoca, institucionalizada pelos sites e médias em geral. Esta bisbilhotice da vida alheia – que sempre rende audiência e leitura desde os primórdios da comunicação, ganhou uma força assustadora e desproporcional depois da morte da Princesa Diana, em 1997. Lady Di foi perseguida até a morte por fotógrafos e muito se falou sobre sua vida íntima, mas quase nada se fez contra a insana “profissão” desses malucos. Esse negócio se potencializou pelo mundo. Aqui no Brasil – como se espera das sociedades culturalmente mais primitivas, a febre foi um achado grotesco.
Pois o Pedro Cardoso despe-se da sua condição de “global” e execra a celebridademania. Conta de processa todos que lhe invadem a privacidade. Faz isso com uma franqueza incomum. Sabe-se bem o modelito de comportamento de qualquer celebridade: reclamar da perseguição de repórteres e fotógrafos, mas não abrem mão daquela ligadinha básica para as redações antes de chegar na festinha da hora. Não é o caso dele.
O ator tem um discurso claro e afiado. “A primeira coisa que dizem é que estou em um local público e por isso podem fazer fotos, mas esquecem que a minha privacidade e da minha família inclui momentos em locais públicos, eu tenho o direito constitucional da privacidade e não consta na lei qualquer exceção a pessoas famosas. Eu considero uma foto, tirada sem a minha permissão, um roubo da minha imagem, porque os caras tiram a minha privacidade e ganham dinheiro com isso, ou seja, transformam tua vida privada num produto e vendem isso”, denuncia Pedro Cardoso.
Nesse mundinho de muita luz e pouca ribalta, o velho “Agostinho” roubou a cena mais uma vez.
A galera é ligeira mesmo. Fui procurar uma foto do Pedro no Google e já enconrei no You Tube o próprio programa. Se quiser, espie. Vale a pena.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
David no estúdio “destruindo” captadores
Pra quem gosta das variações e toda a criatividade que mistura sons e as mais ecléticas vertentes musicais, vem aí uma novidade: o guitarrista brasileiro, hoje morador da Califórnia/EUA, entra em estúdio e garante que só sai de lá quando a mesa de mixagem finalizar as suas criações.
David está entusiasmado com as experiências que vem fazendo e pretende concluir o trabalho até o dia 19 deste mês. No mês de junho esteve no Brasil, aqui em Florianópolis e no Rio. Além de curtir os familiares e o casamento do irmão Wilton, David deu uma canja especial para alguns produtores cariocas, no pub de um hotel da Barra da Tijuca. Pelos sons que tirou nos captadores de sua Fender por aqui, imagina-se o que virá neste CD. Muito swing e uma pegada forte, misturando tendências, mas sempre sob a batuta blueseira e jazzística.
O performer avisa que o CD será lançado na Web, para o Planeta, mas é provável que o leitor deste Blog ouça alguma “palha” por aqui, com exclusividade em primeira mão.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
O velho Chê sempre entre nós
Hoje é um dia especial para mim. A 8 de outubro de 1967, o soldado boliviano Mário Terán, a mando do coronel Zenteno Anaya – um preposto “yanque” na época, executava o comandante Guevara, na aldeia de La Higuera, na Bolívia.
Há quase 30 anos este dia era de grandes debates, estudos e palestras sobre as contribuições que o revolucionário deixou para a esquerda latinoamericana.
Che é um ídolo até hoje de toda a minha geração. Não havia um jovem que não vestisse uma boa camiseta com o comandante estampado no peito.
A propósito, no ano passado não resisti passar pelas barraquinhas da Praça da Alfândega, em Porto Alegre. Escolhi uma, de tamanho GG, vermelha, com o Che em preto na frente. Nas costas a velha e célebre frase: “Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás!” Mais tarde, quase tive um “piripaqui” quando vi uma de minhas vestindo o Chê como pijama. – Nem pense em fazer isso com o comandante, numa exaltação deslocada. Minutos depois vi que aquele sentimento era uma bobagem nesses tempos de hoje. Fazer o que?
Daqui a pouco estou em casa. Vou passar pelo pôster do MR-8 e do Chê e dedicar uns minutos de pensamentos e lembranças guardadas com especial carinho. É um tributo mínimo numa época tão sem convicções, certezas e romantismos.
Prometo, ainda neste dia 8, fazer uma foto do pôster original, lá do ano de 1978, que mantenho num dos cantos solenes de casa. Amarelado e incólume, pra mim.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
O choro de Lula
Faltou falar na sexta. Acho que entendi aquele choro do Lula, ao ouvir a escolha do Rio para sediar as Olimpíadas de 2016. O presidente já estava imaginando o que os aloprados vão fazer até lá.
- Ponto, ponto... Brincadeirinha, presidente...
Aprendi, ao longo desses dois mandatos, a separar a figura do Lula do resto.
Me comovi outra vez com ele. Foi bonito. O Barack tem razão. É o cara!
A nada complicada "polialiança"
Os ilustres da “polialiança” reuniram-se hoje mais uma vez.
Farinha pouca, meu pirão primeiro.
O colega
O pessoal é ligeiro...
PP e PMDB e o juízo em risco
Vamos falar francamente: o PP tá doido pra fazer uma besteira e escolher Hugo Biel em 2010. Mesmo antipatizado na sigla e excessivamente personalista, o casal Amin é disparada a potência maior do partido. Ângela é a bola da vez, novamente. Outra solução é pura aventura.
O PMDB vive situação parecida. Lançou Eduardo Pinho por obrigação, mas todo mundo já percebeu que é uma obra sofrível de dramaturgia. Ninguém acredita. Lá pelo mês de maio – podem escrever – vão chamar
Quem está torcendo é a senadora Ideli. Bater contra Biel e Pinho seria um presente dos deuses.
A “recuperação” do Figueira
Recebi de um fraternal amigo azurra (ninguém é perfeito...) a seguinte frase através de e-mail: “NADA COMO UM DIA ATRAS DO OUTRO E UMA SÉRIE "B" NO MEIO. FICA PRISCO.... hahahahahahahaha”. Não entendi a ironia, sinceramente. Acho que ando meio burro.
Não queria voltar ao assunto, mas vejo que é necessário, depois que posicionei de forma tão clara
Lamento reconhecer ao meu amigo avaiano que o problema não é “um dia depois do outro e uma série B no meio”. O problema é vários dias depois do outro, que podem transformar em fumaça essa “recuperação” súbita. Mágica só existe em pé de craque. O resto é planejamento e investimento efetivo do time e estamos longe disso, entendo.
Queria estar redondamente enganado..., torço por isso.
Último fim de semana com o Seu Dedier
Necessária uma explicação aos leitores sobre meu sumiço aqui, desde quinta. Depois que passamos de certa idade experimenta-se perdas muito tristes. Normalmente é assim que a vida se impõe. A gente sempre acha que ainda há muito tempo pra tudo. Muitas vezes é um engano nosso e somos pegos de surpresa.
Na sexta, vi pela última vez o Seu Dedier. O velho bagual de Rio Grande descansou. Tinha 70 anos. Bem vividos, mas cuidou pouco da sua própria vida. Foi importante demais para quem esteve a sua volta. Foi a pessoa mais bondosa e prestativa com a qual já convivi. Nunca estamos preparados para isso. No entanto, é para isso que estamos aqui, pra segurar essas barras, aprender e evoluir. Nos restam, agora, só os contatos em outros planos, mais apurados. Vou achar uns momentos para buscar as boas lembranças, ouvindo as poesias do Jaime Caetano Braun e as milongas do Mano Lima. Ouvi muitas com ele.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Governador no “Campeche”, não no circo
Assessor do governador acaba de me ligar. A coletiva está confirmada para o mesmo horário (2 da tarde), mas mudou de local: no salão “Campeche”, no prédio do Centro Sul, ao lado do circo. Caiu a ficha do pessoal.
LHS na lona de circo: de cartola na coletiva?
A assessoria do governador Luiz Henrique da Silveira anuncia uma entrevista coletiva para logo mais, 2 da tarde. Nada de mais, não fosse o local inusitado: o circo montado no Aterro da Baia Sul, na Capital, onde está acontecendo Festival Internacional de Mágica de Marrakech. Os assessores acrescentam que LHS vai responder a qualquer pergunta. Tema livre.
Some-se aos trocadilhos mais óbvios e chulos que o fato pode sugerir, aqui vai mais uma observação a propósito: com o tema livre, será que o governador vai usar uma cartola para tirar dela todas as respostas? Eis uma cartola de respeito.