sábado, 27 de fevereiro de 2010

De volta o Jornal da Noite

Na segunda-feira (1º de março) o Jornal da Noite está de volta. No final de 2008, quando saiu do ar, fiquei muito frustrado. Havíamos criado um espaço diferente. De alguma forma, derrubamos o paradígma de que fazer rádio à noite é perda de tempo. Há quem pense que fora do futebol não há vida, nem audiência. Engano grave. Existe muito o que se fazer no horário e um grande público - formador de opinião, qualificado - está à espera de um trabalho interessante.
Agora, além das tardes (entre 2 e 5 horas), volto a apresentar o Jornal da Noite, entre 10 e meia noite.
Acredito que retomamos uma boa idéia. Conto com a força de todos.
Até lá.

Um papo do jeito do velho Marcílio

Entro na redação da Guarujá por volta de uma da tarde e o Damião me surpreende com a notícia: o Marcilio Krieger morreu. Não acreditei, é claro. Tão presente sempre, tão próximo da gente, carinhoso, atento, bem informado, o velho Marcílio resolveu encerrar por aqui. Fez muitas coisas boas nesta vida. Foi um grande, um raro. Vai fazer muita falta. Já faz.
Eu e o Damião batemos um papo, descontraído sobre a partida dele, do jeito que ele gostaria de ter ouvido. Era um ouvinte ilustre que tínhamos. Dediquei o programa de quinta a ele e os demais, toda vez que conseguir levar ao ar uma boa informação, ética, construtiva, em primeira mão. O Marcílio era assim.
Permanece conosco em outra freqüência no dial.
Aqui um compacto do nosso papo.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Zininho de repente

Já havia encerrado minhas atividades no computador hoje, mas o Zininho me trouxe pra cá. Não resisti à emoção que me pegou sem o menor aviso.
Estava zapiando na TV, passei pela TVCMF e lá estava ele, o poeta. Era um desses programas antigos, de 2008, que homenageava o artista e filho da terra, pela passagem dos dez anos de sua morte.
Fiquei pensando como o tempo passa. Cheguei aqui já faz 24 anos, a tempo de conhecer Zininho, suas histórias e tive até a sorte de entrevistá-lo, em 98, meses antes dele partir. Foi na CBN/Diário, quando apresentava o programa da manhã. Não me lembro da pauta, da oportunidade da entrevista, mas ficou registrada uma brincadeira dele comigo, radiofônico e alegre, como só ele. Foi mais ou menos assim:
- E aí, Zininho, como vão as coisas?
- Olha, Marcelo, eu acho que estou ficando surdo...
- Mas porque poeta?...
- Meus amigos todos estão indo embora. Acho que o pessoal lá em cima tá me chamando, mas não estou ouvindo...,
e riu, sem reservas, brincando com tudo, numa risada de som pesado, gripada, com pianço, se me entendem.
Não sou daqui como venho sendo apontado por muitos daqui. Não sou manezinho como já poderia ser. E agora pouco percebi o quanto poderia se-lo. Me emocionei ao final do programa, quando todos os depoimentos de saudade encerravam a homenagem a Zininho. Me senti entre os manezinhos, como se fosse um conterrâneo seu, como se fosse eu um dos primeiros a cantar o "Rancho".
Quanta falta faz Zininho. Nem o conheci direito e sinto tanto a sua falta nesses nossos tempos tão bicudos.
Dizem que quando a gente dorme, nosso espírito faz seu recreio, voa por aí e encontra amigos. Vou dormir agora e acho que muito bem. Segura aí, poeta!

Aviso ao Clark Kent: é RM mesmo

Esqueçam a confusão nos nomes da nova empreiteira contratada pela Oi. Na verdade, é o que menos importa. É "RM" Soluções em Infraestrutura mesmo, me informa o mesmo diretor do Sindicato. Mas não esqueçam do Clark Kent. Ele continua sendo procurado, imagino.

Telefonia "pisca-pisca de Natal"

O Jack Bauer, leitor deste Blog me manda um e-mail autodenominado “a voz da indignação”. Ele parece ser um conhecedor do sistema de telefonia no Estado e está concordando com o presidente do Sinttel-SC, Sergio Domingues da Silva, sobre os riscos de pane e teme que o sistema possa apagar "mais que pisca-pisca em semana de Natal”.
Diz o Jack que os atuais equipamentos em uso são mais velhos que a invenção da roda e que a rede externa está mesmo caindo aos pedaços, com modelos de cabos mais antigos que a própria extinta Telepar.
Ele avalia que se a nova empresa terceirizada que está sendo contratada pela Oi chegar com salários melhores é possível que não aconteçam tantas coisas ruins.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os modernos e os tolinhos

Recebi ontem em casa a lista de telefones da Oi. Fiquei espantado. Ri pelo bizarro, depois, pensando melhor, silenciei. Ela é quase ridícula. Não consigo acreditar que ali estão todos os telefones e informações que antigamente vinham numa lista, da Listel, que era referência de livro pesado. Era tão volumoso que nos últimos anos a lista, quando caducava virava calço para os monitores de computador. Quem ainda não usou um desses?
Pois bem, aposentaram a lista, o listão. Olha o que sobrou dele. Fiz questão de tirar o velho livro da prateleira e fotografá-lo ao lado do novo. A nova lista tem uma encadernação feia, a apresentação geral como peça editorial é de baixa qualidade em relação à antiga. É uma revista mal acabada, na melhor das hipóteses e temo ser imprestável para se achar um telefone.
Ando muito ranzinza com essas modernidades digitais. Me dão a impressão nítida que vieram ao mundo só para enriquecer uns poucos e nos deixar com caras de bobocas e sempre desinformados.
Ninguém mais faz seu anunciozinho da pizzaria, do encanador, do jardineiro, nas páginas amarelas da lista. Não tem mais páginas amarelas, não tem mais lista. O pessoal tá todo na web, nos "sítios", pra não dizer sites.
Lembro bem, "sítio" era o lugar que a gente ia nos finais de semana com a família pra pescar e ouvir histórias cavernosas do vô pra dormir bem tarde. Hoje, "sítio" é uma expressão de resistência, usada por poucos, birrentos latinos, que ainda não se dobraram ao charme colonial e tosco dos sites.
A gente envelhece e fica assim, tolinho.

Prestadora procurando Clark Kent

O diretor do Sinttel-SC, Nilton Nicolazzi, me faz uma correção. A nova empresa prestadora de serviços que irá substituir a Koerich Telecomunicações na manutenção da planta externa da Oi/Brasil Telecom, não é a "RM" Soluções em Infraestrutura e sim a "ARM".
O que chama a atenção é que a RM tem um site, bem construído, em que pese não fazer mesmo nenhuma menção ao Sul, região de sua suposta nova contratante. Já a ARM, numa pesquisa demorada no Google, não se encontra praticamente nada, que dirá site.
Há indícios que a ARM seja uma subsidiária da RM, ou algo assim.
A nova prestadora deve mesmo estar atrás do Clark Kent vestido de azul pra dar a arrancada por aqui. Vai precisar bastante dele.

Sai Koerich, entra um super-herói, caramba!

Está confirmado: chegou ao fim o contrato de terceirização de serviços entre a Koerich Telecomunicações e a Oi/Brasil Telecom, pelo menos em Santa Catarina. A empresa fazia a manutenção da planta externa da telefônica, aqui e no Paraná.
Como é de conhecimento público, cerca de dois mil trabalhadores catarinenses estão cumprindo Aviso Prévio desde o dia 12 (sexta-feira pré-carnavalesca). A nova empresa a ser contratada é a cearense RM Soluções em Infraestrutura.
A RM não tem sequer sede aqui, mas precisa contratar uma quantidade significativa de empregados (pelo menos os dois mil dispensados pela Koerich) em menos de duas semanas, tempo mínimo para os trâmites burocráticos, exames admissionais, distribuição de uniformes, de tíquetes alimentação, frota de veículos, ferramental, treinamento básico operacional, entre outras providências, além, é claro, da assinatura individual dos contratos de trabalho, sem falar de um Acordo Coletivo de Trabalho novo, no qual, certamente a Categoria não irá aceitar nada precarizado em relação ao último com a Koerich.
No seu site a nova empresa prestadora diz ser “nacional que se destaca como uma das principais fornecedoras de soluções em infraestrutura do país nas áreas de telecomunicações e de energia (...) Opera hoje em nove estados e tem entre seus principais clientes: OI, Embratel, Siemens e Companhia Energética do Ceará (Coelce). Para atender centenas de municípios nas regiões Nordeste e Norte do país, a RM conta com mais de 4,8 mil colaboradores e uma frota de 3 mil veículos a seu serviço". No entanto, no link “filiais”, Santa Catarina e Paraná não aparecem - ainda – no mapa das “áreas de atuação”, há menos de duas semanas de sua estréia na Região Sul.
Muito provavelmente, imagina-se, devem estar contratando, antes dos dois mil em “Aviso”, algum super-herói para iniciar já o serviço.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Os negros, nossos eternos credores

Não houve abolição da escravatura em 1888 e o Boi de Mamão e todos seus personagens, danças e ritmos musicais nunca foram de origem açoriana. As revelações, de certa forma surpreendentes, são do culturalista negro Joe Passos, hoje à tarde na Rádio Guarujá (1.420 kHz/AM), na entrevista que me concedeu.
Ele é diretor e um dos fundadores da Sociedade Cultural Zumbi dos Palmares. A oportunidade da entrevista foi a sanção da Lei em São José que cria o feriado no dia 20 de novembro, Dia de Memória a Zumbi dos Palmares e a Semana da Consciência Negra no município josefense.
Pelos estudos feitos por Joe, nunca tivemos na história brasileira verdadeiros líderes ou autoridades abolicionistas no império, a ponto de convencer a Princesa Izabel a assinar a Lei Áurea. Tudo não passou de uma pressão político-econômica da Inglaterra. O ato da "Abolição", portanto, esteve muito mais ligado à geo-política, aos interesses expancionistas da época e à fuga da família Imperial do exército de Napoleão para o Brasil, do que propriamente o resultado de uma posição com motivações éticas e humanistas.
Já o Boi de Mamão, Joe afirma que suas pesquisas levam todo o movimento dito açoariano, às raízes afros, embalada nos ritos tribais, solidamente alinhadas à Mãe África. "Os açorianos são povos navegadores, que foram se apropriando de culturas diversas, por onde andaram", comenta Joe em tom denunciador.
Foi uma entrevista corajosa e ousada, repleta de muita informação sobre as quais a maioria de nós pouco sabe. A Semana que virá, lá em novembro - neste primeiro feriado josefense de Zumbi - promete. Um dos desafios é elevar o número de municípios brasileiros que possuem uma data especial de Memória a Zumbi, que hoje são pouco mais de 300. Em toda a Região Sul, apenas Pelotas, no Rio Grande do Sul (fundada por escravos), Treze de Maio (no Sul de Santa Catarina, e agora São José, comemoram a data com um feriado.
Ainda devemos muito aos negros do mundo todo, que nos deram e nos dão tanto. Pra falar apenas na música, quase tudo que temos teve origem africana. Jazz, blues, reage, funk e até o tango tem suas origens bem negras.
Caso haja maior interesse neste papo com Joe - nos comentários - sou bem capaz de postar o áudio de bons trechos da entrevista de hoje. Que tal?!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Apagões nas telecomunicações

Vamos ter colapsos, apagões nas telecomunicações no País. Na melhor das hipóteses enfrentaremos uma crescente precarização ainda maior nos serviços de telefonia e transmissão de dados muito em breve.
As previsões nada otimistas são do presidente do Sinttel-SC, sindicalista Sergio Domingues da Silva, na entrevista que me concedeu hoje à tarde, ao tratar das duas mil demissões enunciadas da sexta passada por uma das prestadoras de serviços da Oi/Brasil Telecom. O sistema, totalmente privatizado há mais de uma década, parece só pensar em lucros. Investimentos em equipamentos e manutenção quase não existem, diz o sindicalista, e as relações trabalhistas são muito ruins. Para se ter uma idéia das animosidades, há uma operadora que lançou um novo nome para cuidar dois empregados: o "diretor de gente", o antigo gerente de Recursos Humanos.
Acompanhe um compacto da entrevista.
Se preferir a versão completa, na coluna ao lado, acima, os posts (parte 1 e 2) da entrevista.

Aviso Prévio para 2 mil

Dois mil trabalhadores receberam Aviso Prévio na última sexta-feira de Carnaval. Uma folia às avessas. Entrevisto na Guarujá daqui há pouco o presidente Sergio Domingues da Silva, do Sinttel-SC, o Sindicato dos Telefônicos do Estado para falar do assunto. Dirigentes sindicais, trabalhadores e representantes da Koerich Telecomunicações (empresa que presta serviços na Planta Externa da Oi/Brasil Telecom) estiveram reunidos durante a segunda-feira carnavalesca, em Balneário Camboriú, tratando do assunto.
As demissões são motivadas pelo rompimento do contrato que a prestadora tinha com a operadora. Tudo indica que uma nova empresa será criada e é possível que esses trabalhadores sejam recontratados. É aí que mora o perigo ou, talvez, seja exatamente o "pulo do gato". Na recontratação os trabalhadores terão salário e direitos achatados, temem todos.
Este é apenas um capítulo da polêmica novela da privatização do Setor de Telecomunicações que iniciou-se em 1998 no Governo FHC.
Vou publicar aqui o compacto da entrevista, logo mais.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nota por nota, dente por dente

Tem colunista que qualquer hora vai trocar algumas de suas notas por alguns de seus dentes. Tenho ouvido coisas do "Arco da Velha". Me inclua fora desta.
A língua é tão solta e a falta do que melhor dizer sobre o que entende ser especialista é tamanha que teve de engolir em seco, dia desses, um brado enraivecido de "- mau caráter!", em plena redação. Piadinhas chulas e de péssimo gosto vem de carona no apanhado diário de frases. Tudo isso sob o controle ortográfico do Word, é claro, sem o qual Camões já teria interditado o incauto.
E o pior: como disse o poeta, ainda "acha feio tudo que não é espelho..." Fico pensando se sequer enxerga o espelho...
Nem pensei em falar disso aqui, quanto mais tanto, mas não suportei tanta breguice desinformada e panovesca.
Fui conferir no blog se as parvoíces também estrelavam lá e olha o que o laptop me disse: "Aviso: a visita a este site pode prejudicar seu computador."
Não arrisquei mais prejuízos ao cérebro.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Outro papo com Beto Laus

Na sexta passada (12) não havia outra pauta mais própria para o início do Carnaval 2010. Um papo descontraído com o Beto Laus, o Comendador-Mor.
O Beto entrou no estúdio vestindo uma camiseta do Almoço das Estrelas, sua mais tradicional promoção. Mas a camiseta não era a do último almoço. O Beto não resistiu à ironia e foi buscar em casa uma camiseta antiga, da época em que o atual vice governador Leonel Pavan era o prefeito de Balneário. Na borda da manga a razão de tirá-la do baú: "Apoio: Leonel Pavan". Uma citação assim só mesmo como adereço de carnaval.
Editei os melhores momentos do papo com o Beto.
Lembro que estas boas conversas, tudo indica, deverá se transformar num programa semanal de rádio, na Guarujá, aos sábados, entre 10 e meia noite. É o "Papo com Jazz".

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Andrino, barrado no baile

Entrevistei hoje o deputado Edson Andrino. Ele está muito magoado com o Diretório Municipal de seu partido. Dizem que irão lançar Dário candidato a vice de Raimundo Colombo. Ele não foi convidado para uma reunião que acontece hoje. Pior: disseram-lhe que seria barrado, por que não faz parte da direção. É como deixar o padre do lado de fora da missa.
Talvez o anúncio dos peemedebistas da Capital, num primeiro momento, seja para uma cabeça de chapa. Mas como a briga interna será grande, na verdade o endereço é a vice, com os Democratas.
O PMDB é assim. Vive de hecatombes, desde que derrubou a ditadura e não soube mais o que fazer com a retomada democrática. Avalia Andrino que um dos erros históricos foi ter participado do Colégio Eleitoral, em 1985. Ele acha que se a resistência durasse um pouco mais, a ditadura se não iria suportar a candidatura de Ulisses Guimarães. Aquela era a hora certa dele.
Mas foi diferente. O PMDB incorporou o PP de Tancredo Neves, trouxe mais gente para dentro da sigla e para uma coligação chamada de Aliança Nacional Democrática, abrigando figuras como Sarney e Aureliano Chaves. Foi um saco grande, cheio de coisas estranhas e diferentes. Depois daquilo os peemedebistas nunca mais acharam direito os cadernos e o Doutor Ulisses amargou uma eleição, quatro anos depois, ficando em sétimo lugar.
Andrino, como um dos históricos, criadores do velho MDB, teme que o partido não tenha candidato ao governo do Estado, já na esfera nacional, um candidatura própria já foi pro vinagre. Nestas eleições, apesar de não acreditar, reconhece que é até possível que Luiz Henrique seja obrigado a ficar no cargo, abrindo mão de uma cadeira garantida no Senado, para salvar a "lavoura", que poderá ser entregue à Angela Amim ou à Ideli Salvatti, beneficiárias dos erros e do festival de trapalhadas da "polialiança".
São algumas avaliações. As da hora. Vamos ver.

Exageros e caronas

Já falei em muitas oportunidades da minha admiração pelo colega Moacir Pereira. É um mestre, um dos grandes entre nós da imprensa catarinense. Mas não posso deixar de me posicionar num lamentável episódio. O Moacir pisou na bola. Acontece.
Estava de férias e desligado de tudo e só ontem o próprio jornalista Evandro Baron me contou o incidente entre ele e o nosso mais ilustre colunista político.
Evandro é assessor da Secretaria de Comunicação do Governo Estadual. Não vou repetir aqui os detalhes do que aconteceu. Iria até linkar a nota do Moacir, mas acho dispensável. Todo mundo saberá localizá-la, caso ainda não saiba. Mas o fato, contado pelo Evandro, é corriqueiro nas relações entre governo e imprensa. Cada um faz o seu papel e exerce os direitos que tem, mas a "denúncia" do Moacir foi desproporcional, exagerada, de fácil superação para um velho e competente profissional como é o caso do mestre.
O que me estranhou ainda mais a atenção foi a adesão gratuita de outros colegas, antigos e competentes militantes no jornalismo e que até já estiveram no lado oposto do balcão, interpretando papéis até mais indigestos que o enfrentado por Evandro. O tempo faz esquecer e a carona fácil da crítica pode revelar um constrangedor descuidado com o bom senso e a bondade, que devem caber em qualquer lugar, até no jornalismo verdadeiro e construtivo.
Sempre há tempo para se rever posições colocadas no calor das emoções. O velho Moa, seus leitores/comentaristas e o bom Evandro saberão repor no lugar as coisas.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

No trocar dos anos

Estou trocando de idade. Mais uns meses e chego aos 50, espero. O Carlos Damião, solidário e carinhoso amigo, entra na redação e tenta me confortar: -não muda nada, é tudo igual... Não é bem assim, infelizmente.
Lembro que nas férias que se encerraram neste final de semana passado usei muito a serra circular. Uma potente máquina elétrica de corte de mão. Recomenda-se prática e bons reflexos no seu uso e um pouco de força para porta-la. Confesso que não me sinto mais tão à vontade com ela, como antigamente. Começo a namorar umas serras de bancada, mais seguras e confortáveis.
São coisas assim, por exemplo, que mudam e vamos nos adaptando. Mas há outras que melhoramos. Mais adiante, talvez, fale delas aqui. Quem se arrisca a falar?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

De volta

As férias terminaram. Volto hoje, ancorando o programa da tarde na Guarujá, a partir das duas. Andava mesmo agoniado, mas confesso que não tive tempo de fazer tudo que pretendia, a começar pelas leituras atrasadas e alguns cd's que ainda esperam pela primeira audição. Chego lá. Há ainda uns afazeres domésticos (coisas da editoria do "faça você mesmo) que seguem na fila de espera.
Conto com a companhia de todos neste recomeço no ar. Entrevistas, debates, opiniões, os colegas de reportagem, a velha adrenalina nossa de cada dia.
Navegar é preciso. Até.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Um close súbito para John

O velho Dankworth está bombando no You Tube. Pode-se dizer que é o sentimento mórbido de visitarmos os que jazem. Prefiro não pensar isso. Quero acreditar que a grande maioria faz uma adequada homenagem ao mestre saxofonista, assistindo-o, sorvendo a sua arte de qualidade rara.
Escolhi trazer ao Blog um momento bem passado de John, acompanhando a sua esposa Cleo Laine, interpretando o clássico “Oh Lady Be Good”. Eles estavam casados há 7 anos, dos 52 que viveram juntos. Uma bela história de vida, singrada sob o melhor do jazz.
No vídeo, Dankworth aparece sempre ao fundo, pilotando seu sax tenor, ao lado esquerdo de Laine.
Ainda um pouco arrepiado, como contei no post abaixo, registro mais um sinal que me toca. Assistia há pouco este vídeo pela segunda vez, buscando algum detalhe para contar aqui. Foi quando aconteceu. Minha banda larga anda instável. Caiu, mais uma vez, subitamente e o vídeo travou. Sabem em que instante? No único close em John Dankworth do velho filme.

Salve John!

O jazz morre um pouco

Ouvi na Guarujá/Eldorado agora. Levei um susto! Casualmente, estava atualizando o Blog e ouvindo um pouco de música pelo You Tube. Ouvia precisamente John Dankworth. Estou arrepiado até agora.
Ele faleceu ontem, conta a sua companheira, Cléo Laine, intérprete do jazz, casada com o mago do sax desde 1958. John tinha 82 anos. Informa o Estadão que ele morreu em um hospital londrino, de causa não revelada. Nem importa mesmo.
Pra quem ainda não dimensionou a perda por aqui, o velho Dankworth tocou com os melhores da sua trupe, como Nat King Cole, Ella Fitzgerald e Oscar Peterson.
Como venho dizendo, ta ficando bom lá em cima.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Um bolero de respeito com Marília

Prometi que postaria uma música da "cantriz" Marília Barbosa. Ela mesma mandou. Lhe agradeço este carinho. A canção é linda, composição de nada menos do que Ary Barroso. O arranjo é de Cristovão Bastos e a interpretação da Marília só confirma a sua delicadeza e o fino trato de seu repertório.
Ela me mandou um novo e-mail falando de seus trabalhos em NYC, do pai de seu filho, o jazzman Nilson Matta, que foi indicado ao Grammy do ano passado e de seus planos para novos trabalhos. Ela vai continuar me mandando essas pérolas em primeira mão para o Blog.
Para quem gosta de música de bom gosto, de qualidade mesmo, curta esse bolero, cheio de harmonias interessantes e a bela voz da Marília.
Recomendo, com um scotch on the rocks, mas pode ser com uma Intisica, com gelo também.
Com vocês "Contra a Vontade".

CONTATO COM O BLOGUEIRO