sexta-feira, 30 de abril de 2010

As pérolas da MP retirada

Foi na quarta que foram registradas as principais declarações em entrevistas na Guarujá. Mas há algumas feitas deste a segunda, no Jornal da Noite e no Conexão da Tarde, programas diários.
Na primeira edição, imaginada num compacto dos "melhores momentos" acabou ficando muito longa, o que deixaria o arquivo muito pesado e chato. Achei melhor, então, dividir tudo e tornar mais democrática a audição. O leitor vai clicar no que bem entender orientado pelos títulos sugeridos.
Deleitem-se com as pérolas.
DEPUTADO MARCOS VIEIRA (PSDB):
- Num mato sem cachorro...


DEPUTADO SERAFIM VENZON (PSDB):
- O mais simples de explicar...


DEPUTADO ELIZEU MATTOS (PMDB):
- Decisão política em matéria jurídica...


DEPUTADO SERAFIM VENZON (PSDB):
- Fez que votou, não votou, mas...


DEPUTADO ELIZEU MATTOS (PMDB):
- Um monte de emenda ilegal...


DEPUTADOS MARCOS VIEIRA (PSDB) x ANA PAULA LIMA (PT):
- Ser ou não ser inconstitucional...


DEPUTADO EDSON ANDRINO (PMDB):
- Lambança nunca vista e nome dos bois...


DEPUTADO DARCI DE MATOS (DEM):
- Afirmação abstrata...


SINDICALISTA EDILEUZA FORTUNA:
- Alguém está nos enrolando...



DEPUTADO DARCI DE MATOS (DEM):
- O que começa errado, termina errado...


DEPUTADO EDSON ANDRINO (PMDB):
- Não dá pra dizer, "não tenho nada com isso..."


DEPUTADO DARCI DE MATOS (DEM):
- Engraçado é não brigar com o governo...


DEPUTADO EDSON ANDRINO (PMDB):
- Lá na Lagoa explicam como o DEM saiu do governo...


SINDICALISTA EDILEUZA FORTUNA:
- Foi uma manobra pra desgastar..., na hora H...


REPÓRTER EMANOEL SOARES:
- O governador Pavan anuncia retirada da MP...


DEPUTADO EDSON ANDRINO (PMDB):
- Filho com dois, três pais não dá certo...


DEPUTADO ANTONIO AGUIAR (PMDB):
- Eu peço a todos aqui que vão vão para...


SINDICALISTA EDILEUZA FORTUNA:
- Silêncio por favor!...


Ufa! E a Globo não acha os substitutos para o Mussum e o Zacarias... Que desperdício.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lucros e silêncio

Uma informação para o leitor do Blog e ao eventual ouvinte da Guarujá que ande por aqui: por desinteresse ou por desimportância deste jornalista, a direção da Casan ignora até este momento o penúltimo post (Lucros da Casan) e a entrevista que fizemos na rádio sobre a portentosa "participação nos lucros" de ganhou o presidente da empresa, de R$ 104 mil.
Liguei por duas vezes aos colegas da assessoria de imprensa da Casan. Fui informado que a solicitação de entrevista que fiz foi repassada, com cópia do post e meus telefones. Até agora nada. Sei que o presidente da Casan tem uma assessoria especial de imprensa (o termo especial é meu, viu pessoal!). Pena que o assunto não é tão "especial" assim, pelo jeito.

Nem precisam de oposição

Prometo para logo mais uma síntese das entrevistas que fiz na Guarujá, nestes últimos dias e noites, incluindo a transmissão de ontem, direto da Sala de Imprensa da Assembléia Legislativa, na cobertura sobre as "lambanças" (a expressão é do deputado Edson Andrino, parlamentar da base (sic!) do governo estadual.
O episódio das medidas provisórias é, talvez, inédito em Santa Catarina. É a primeira vez que o próprio governo cria um enorme problema político para ele mesmo. Tiro no pé é pouco para dizer. Foi um canhão. Foi, e ainda é - porque isso vai render todo o ano eleitoral, uma trapalhada digna de Renato Aragão e sua turma.
Com atores deste quilate, este governo nem precisa de oposição.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Lucros da Casan

A entrevista de ontem no Jornal da Noite, pela Rádio Guarujá, com o vereador de Florianópolis Jaime Tonello (DEM) é estarrecedora. Segundo ele, a Casan teve um lucro de 17 milhões de reais em 2008. Até aí, nenhuma novidade. Parabéns a todos. Por este desempenho, os funcionários receberam uma participação nos lucros. De novo, nenhuma novidade. Merecida participação. Mas o vereador revela um exagero. A gratificação do presidente da empresa. Por ser o número um ganhou nada menos de 104 mil reais de participação nos lucros. No ano de 2009 a lucratividade da Casan dobrou, informa o vereador. Por analogia, imagina-se que a “participação” será dobrada para todos. É um prêmio lotérico, convenhamos.
Nenhum problema se tratasse de uma empresa privada. Não é. A Casan é pública e repleta de problemas de atendimento a sua clientela. Somos um dos piores estados em tratamento de esgoto e o simples fornecimento d’água é precário e isso é de conhecimento de todos, há muito tempo. A Capital é prova disso. Água potável, em muitas comunidades carentes, tem hora e dia pra chegar. Se tudo isso é verdade, e é, os tais lucros fenomenais deveriam figurar, automaticamente, na coluna dos investimentos urgentes.
Vamos combinar, então: falar em lucratividade e em “participações” na Casan é, no mínimo, um deboche com as pessoas que moram nos municípios atendidos pela empresa.
Abaixo, um dos trechos da entrevista de que falo.
Hoje à noite vou tentar uma entrevista com o presidente Walmor de Luca.

É pra bagunçar o coreto?

Então tá. Isso é a segurança na Praça XV, em Florianópolis. Fiz várias voltas no centro, hoje pela manhã, e a cena foi esta. Imagino que se acontecer alguma coisa, os PMs vão aparecer imediatamente, de algum lugar que eu não consegui ver. Tem alguém ali?
Esperamos todos, cheios de esperanças, que o coreto da Praça ganhe outras serventias, além de abrigar viaturas policiais estacionadas.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ética tão rara

Só agora estou lendo “Chico Buarque”, de Wagner Homem, o curador do site oficial do Chico. Através dele – ao longo de onze anos, o autor – que não é do mundo do jornalismo, nem da música (segundo ele mesmo, “deformado em Administração e profissional em TI), copilou esta obra, com boas histórias das muitas letras da nossa unanimidade da MPB.
Pinço uma pérola da ética do Chico: nas muitas parcerias que teve com Tom, o nosso maestro Brasileiro sempre foi meticuloso e costumava esgotar a paciência de seus letristas com mudanças e aperfeiçoamentos. Conta-se que “Garota de Ipanema” quase leva Vinícius à loucura de tantas mexidas que sofreu. Com Chico não foi diferente. Por isso, as composições com Tom sempre tinham um tempo grande de maturação. Coisa de maestro.
Em 1994, quando morreu Tom, Chico tinha consigo diversas músicas dele, prontas para receber letras. Chico não achou justo terminá-las sem os cuidados do mestre. Devolveu todas aos seus filhos.
Num ano eleitoral, com esta política cheia de canastrões, um exemplo de ética. Tão rara.

O velho gênio implacável

"Quando estávamos construindo Brasília, junto com os operários, vestindo as mesmas roupas, morando no mesmo lugar, nos barracos, tínhamos a sensação de estar num lugar onde tudo iria começar, que iríamos iniciar uma nova vida, com menos injustiças sociais. Passados os anos, nada se modificou, tudo está aí, de maneira que é uma merda...”
A franqueza do mestre e genial Oscar Niemeyer, ontem à noite, no especial da GNT, sobre o cinqüentenário de Brasília.

domingo, 25 de abril de 2010

Promessa cumprida com Sauvignon

Havia prometido publicar o trecho do DVD "BB King & Griends - A Night Of Red Hot Blues", uma super jam gravada em Los Angeles, na década de 80 (não consegui precisar o ano).
Além de Etta Jones e Dr, John - que fizeram uma performance antológica, BB conseguiu colocar no palco, juntos, Eric Clapton, Phil Collins Chaka Khan, Albert King, Gladys Knight, Billy Ocean, Paul Butterfield e Steve Ray Vaughan, apresentado por ele, então, como um novo "irmãozinho" do blues. Registre-se a presença de uma tremenda banda, tendo na bateria Mr. Collins.
No You Tube encontra-se bons fragmentos deste show histórico. Grandes momentos!
Taí. Simplesmente estupendo. Só com um bom Sauvignon mesmo.



sexta-feira, 23 de abril de 2010

Estamos em falta

Nunca fui muito fã do Alexandre Garcia, mas o respeito muito como colega, como articulista, pela experiência e conhecimento que tem. Discordo bem dele, no entanto, vez por outra ele acerta em cheio a meu "juizinho" é claro.
Hoje, pela Rede Eldorado - reproduzido na Rádio Guarujá, ele saiu-se com esta: "vivemos ou êxodo de cérebros em Brasília". É uma verdade que se espalha pelo país. Não sei se é um sentimento de quem está ficando velho como eu, já quase nos 50, mas ando achando tudo muito pobre, sem conteúdo, recordando como éramos mais densos, ideológicos, irreverentes e criativos.
Dia desses vi o senador Pedro Simon dizendo que em Brasília, hoje em dia, são muito bonitos os passeios, o caminho para o Congresso Nacional, mas "chegando aqui, a gente fica andando pra cá, pra lá, sem rumo certo, dá vontade de ir embora", confessou o senador triste, uma das nossas reservas.
Coisa de velho essa minha conversa! Ou não?!

terça-feira, 20 de abril de 2010

A bestialidade de Pomerode pode ser suspensa

Está no ClicRbs: “A Associação Visite Pomerode, que reúne cerca de 30 empresários do setor turístico do município, pediu à prefeitura a proibição temporária da puxada de cavalos(*), evento que terminou num confronte entre os defensores da prática e protetores dos animais, domingo passado. A entidade está preocupada com a repercussão negativa do fato e possíveis reflexos na economia de Pomerode.” Os empresários pedem “para que não ocorra outra edição da puxada sem antes haver uma nova discussão.”
Sugestão do Blog: que os promotores passem – pelo menos – a revezar o esforço dos cavalos. Seria muito divertido ver esses bobalhões truculentos fazendo força e se rebentando na “puxada” daquelas carroças lotadas de sacos de areia. Seria mais justo, não?!
(*) Pra quem não sabe, ainda, o que é. "Puxada de cavalos" é uma competição em que os animais são submetidos ao arrasto de cargas de até duas toneladas — pedras, madeiras e até sacos de cimento.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Elizeu explica (ou tenta) as MP's

O deputado estadual do PMDB Elizeu Mattos, líder do Governo, tenta explicar a verdadeira trapalhada que o Centro Administrativo conseguiu fazer com as Medidas Provisórias que tratam dos reajustes dos servidores do Estado. Uma trapalhada, digamos, para poucos.
Bem, melhor ouvir o que disse o deputado governista na entrevista, agora pouco, na Guarujá.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Góes responde e reclama do tom

O deputado estadual Décio Góes (PT) respondeu ontem às críticas feitas à candidata Dilma Roussef pelo deputado federal Paulo Bornhausen. Ele cobrou do democrata a elegância de quem faz parte de uma “oligarquia que mandou ou manda no Estado há mais de cem anos”. Goés acha que a bronca de Bornhausen é “desespero”. Lastreou sua entrevista reclamando que o deputado do DEM insulta a memória dos brasileiros.
Bem, é melhor que o leitor do Blog ouça com os próprios ouvidos o parlamentar petista o compacto prometido aqui.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Góes vai responder a Bornhausen

Falei há poucos instantes atrás com o deputado estadual Décio Góes do PT. O convidei para rebater as críticas feitas pelo deputado federal Paulo Bornhausen do Democratas, no Jornal da Noite, conforme contei aqui no post abaixo.
Notei que o deputado petista surpreendeu-se quando lhe falei das declarações do democrata, especialmente sobre o que falou sobre Dilma Roussef. Ele está ouvindo neste momento o áudio do compacto da entrevista, neste Blog, se inteirando do que disse Bornhausen. Ele confirmou que logo mais, na edição do Jornal da Noite desta terça, vai nos falar. Promete. O Jornal, pela Guarujá vai ao ar às 22 horas.
Compacto também da entrevista com Góes, logo mais aqui.

Nitroglicerina/2010: “o grupo dela até matou gente”

A eleição que se avizinha será pura nitroglicerina no âmbito nacional. E quem pretende dar o tom desta conversa forte – pra tirar proveito eleitoral, sendo a alternativa inequívoca de oposição, é o DEM. Na entrevista que fiz ontem com o deputado federal Paulo Bornhausen a estratégia ficou clara e a argumentações primam pela provocação aberta. Pelo jeito, o céu será o limite, de ambos os lados.
Confira os trechos da falação do deputado democrata:
“(...) Eu não quero o apoio do PT enquanto partido por causa das diferenças que nós temos (...), nós aprovamos uma resolução proibindo coligações com o PMDB [o deputado comete um ato falho, querendo dizer PT e não PMDB] à nível nacional, exatamente pra preservar aquilo que o Democratas e eu pessoalmente preservo que é a liberdade de imprensa. Eu não posso compactuar e fazer uma coligação com um partido que prega no seu programa o controle social da mídia, que prega a censura, é um retrocesso (...), as liberdades não podem estar em jogo (...), esta clareza aqui no estado vai ter, Raimundo de um lado e a candidata do PT no outro. (...)
Grande parte das pessoas que estão no PT lutaram pra tomar o poder pelas armas, um golpe em cima de um golpe (...), a candidata que se oferece a candidata, que o presidente da República oferece tem uma história diferente da vida do presidente da República atual, que fez greve pela volta das eleições diretas. A atual candidata dele pegou em armas pra assaltar banco, seqüestrar, o grupo dela até matou gente em nome de uma revolução, de uma contra revolução (...), essa é a diferença de quem acredita no regime democrático e de quem não acredita (...)".

Escute mais no trecho editado da entrevista ontem na Rádio Guarujá, no Jornal da Noite.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

BB King, amigos e Sauvignon

O fim de semana foi de Páscoa, mas andei curtindo um DVD antigo, desses que a gente compra junto com revistas de música. Não havia prestado muito atenção nele. Resolvi assisti-lo. Foi um show. BB King recebeu amigos para uma jam session. Entre eles Paul Butterfield, Eric Clapton, Phil Collins, Etta Jones, Dr. John, Chaka Khan e Steve Ray Voughan. No detalhe da foto, a Etta Jones troca vocais com Dr. John e BB solava pra eles. Isso tudo com um Sauvignon. Nem o coelinho resistiu. Semana que vem vou trazer aqui uma palhinha deste show. Tá prometido.

Molecagem com a ditadura

O Manhattan Conection de ontem na GNT registrou uma lembrança do mestre Armando Nogueira, quando participava daquela bancada, onde também estava o Nelson Motta. Era um tempo de mestres, todos em ótima forma, como era o caso do Paulo Francis, outro que teve cadeira cativa e momentos homéricos ali.
Mas a recordação de uma das participações do Armando foi boa. Ele era um contador de histórias imperdíveis, tanto pelo seu talento, quanto pela importância dos cargos que ocupou. Ele contou uma, dos tempos da ditadura, quando era o diretor do telejornalismo da Globo.
Ligaram para a emissora dando a ordem que exatamente as 8 e meia da noite o general Ernesto Geisel, recém eleito pelo Colégio Eleitoral, iria se pronunciar. E o diálogo teria que ir ao ar ao vivo e isso aconteceria durante a novela. A orientação era interromper a programação no momento da sua fala. Ordem é ordem, principalmente vinda de uma ditadura daquelas. Quando entrou o sinal na Agência Nacional, o Armando cortou a novela imediatamente, no momento de uma cena forte entre mãe e filha. O general falou por cinco minutos. Ao final, voltou a novela, exatamente na cena que havia parado, e o diálogo foi esse, entre a mãe e a filha: - Mas, minha filha, tu não tinhas um homem melhor para conhecer e casar...?
Foi uma gargalhada geral na "suite master" da Globo. Houve quem imaginou que o Armando havia feito aquela molecagem de propósito, mas foi obra do acaso. Ninguém do Planalto pode reclamar.

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