quinta-feira, 29 de março de 2012

"Não sei como é que vou fazer (...) isso tá me incomodando muito..." Colombo preocupado com os aliados/adversários

O governador/SC, Raimundo Colombo, fala de suas dificuldades políticas para encarar as eleições municipais deste ano. Os partidos que fazem parte de sua base aliada são, em muitos casos, adversários nas próximas eleições. Colombo reconhece que "não sabe como fazer".
A entrevista (exibido aqui o seu trecho final) aconteceu no programa SBT Meio Dia/Florianópolis/SC, do dia 27 de março/2012, terça-feira, no qual faço um comentário político diário, ao lado de Luiz Carlos Prates.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Mignone, Dietrich, Ademilde e até Millor!

Acabo de chegar do Teatro Pedro Ivo. Assisti com grande alegria o Duo em piano "Mignone-Dietrich", ou - como queiram - Maria Josephina e Alexandre. Um concerto cheio de clássicos populares que as pessoas reconhecem nas melodias, não nos títulos, mas vibram com o eruditismo tornado simples ao ouvido de qualquer cidadão.
Um fato peculiar me chamou a atenção. Estava no programa - feito há tempo, imagino - o clássico de Zequinha de Abreu, "Tico-Tico no Fubá". Este foi um sucesso imortalizado por Carmem Miranda. No entanto, também foi gravado com grande repercussão na década de 40, pela Rainha do Choro, Ademilde Fonseca, uma verdadeira diva da Rádio Nacional, a Rede Globo da época.
Incentivado pela própria Sra. Mignone, que pedia a participação da platéia, resolvi lembrar a Ademilde, que nos deixou ontem. Foi um bonito momento, de aplausos e emoção.
A Sra. Mignone esbanjou simpatia e provocou boas risadas de quem foi ao Pedro Ivo. "Eu não sei porque os concertos sempre são silenciosos, quase tristes. Deveríamos ser alegres, falantes, divertidos, como fazem nos shows de música popular...", reclamou a pianista.
Foi uma noite e tanto. Até o velho e genial Millor foi lembrado. Tudo muito bom.

sábado, 17 de março de 2012

O Prates e o Michel Teló

É de bastidor e boa demais pra não contar. Quase morri de rir com essa do Prates.
Dia desses, Michel Teló na bancada do jornal, lá no SBT, ao lado do implacável Prates.
Alguém diz no estúdio: - Não vais perder este show, hein Prates...?!
Prates olha bem pro Teló e dispara: - Esse show eu vou perder...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Falta guincho, sobra desrespeito e a nossa tradicional omissão!

Por absoluta falta de vontade política e opção ideológica, os governos se distanciam, cada vez mais, das suas antigas tarefas de atender bem a sociedade. Abre mão, como se isso fosse possível, de suas responsabilidades e transfere para o privado serviços públicos óbvios. Assim, transforma o público em negócio, de bons lucros, desviando as funções originais do estado.
Desta forma, privatiza-se quase tudo, terceiriza-se (e este é um nome bonitinho da sala de entrada da privatização), sucateando e precarizando a coisa pública.
A manutenção e serviços em rodovias públicas é um exemplo disso. Hoje pela manhã, no "Bom Dia Guarujá/SBT", abordei este tema, entrevistando um oficial da PRMV/SC sobre a falta de guinchos da Polícia para retirar das pistas com maior agilidade carros e caminhões estragados e que provocam enormes engarrafamentos, como é o caso da SC-401, em Florianópolis.
O agente garante que não há mesmo guinchos. O máximo que a Polícia pode fazer é conduzir o motorista até um posto rodoviário mais próximo e ajudá-lo a chamar um guincheiro de plantão para prestar serviços particulares, bem cobrados e à vista do cliente. "Esta é uma tendência nacional (...)", diz o policial rodoviário. Diz ele que seria um desperdício ter que usar um profissional bem treinado para servir de "guincheiro".
Pois é. Se a rodovia fosse concessionada - como bem tentaram nos anos 90, tenho a certeza que seria muito comum que guinchos "gratuitos" estivessem à disposição dos usuários.
A estratégia é bem clara e bem conhecida. Deterioram e desfiguram o serviço público, provocam a ira dos cidadãos, cansados de pagar tantos impostos, e ligeirinho aparece algum "iluminado" oferecendo a ideia da privatização do setor ou da concessão, como queiram chamar.
O golpe já é antigo e a gente sabe bem o resultado da arapuca. Basta lembrar o que aconteceu com a telefonia - móvel e fixa, com as estradas pedagiadas que temos, só pra citar alguns.
O guincho, ou a falta dele "gratuito" é só a ponta do iceberg. Poderíamos falar dos parcos acostamentos que viram pistas e esse pessoalzinho esperto pensa que nos engada. A gente faz que não vê esse desrespeito todo, por pura omissão e subdesenvolvimento mesmo.
Quando é que vamos aprender a dar o troco nas urnas, hein?!...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Um Dia Internacional de "porre" com essa pobreza toda!

Queria dizer coisas boas, românticas até, sobre este Dia Internacional da Mulher, mas não posso, acho que não devo, pela razão de estar muito aborrecido com o que vejo ultimamente relacionado às mulheres e aos homens também – ou principalmente.

O fato é que chegamos a um limite da crise, de uma crise de valores que, talvez, tenha começado lá pelos idos da Xuxa. Tenho a impressão que a senhora Meneguel tem a ver um pouco com isso.

Lembro bem – tinha a minha primeira filha pequena, o Show da Xuxa era um show quase deprimente de sexualização de tudo. Praticamente todas as “Paquitas” foram capa de Playboy e apropria Xuxa administrava uma sensualidade brega, fora de hora. De lá pra cá as coisas foram se deteriorando e chegamos à patética era das “mulheres-frutas”, não esquecendo da “Samambaia” e das demais do mesmo gênero, com nomes não menos vulgares e chulos.

Por favor, não me chamem de moralista! Nunca fui isso, quem me conhece mais sabe disso. É que está demais esculhambado o negócio, parece que virou Carnaval o ano todo.

Se temos uma presidenta da República, várias ministras, secretárias de Estado, deputadas, senadoras, prefeitas, vereadoras e até na Petrobrás a presidente é uma mulher, não vamos nada bem no resto, e o resto é onde vivemos, nesse mundinho dos mortais.

É claro que os homens precisam rever seus valores e devolver ao sexo, à sensualidade e à pornografia, os seus devidos lugares e tempos. A propósito me lembro de uma frase do genial Millor, dia desses no Twitter: “Pornografia é tudo que excita os moralistas”. Homens são primitivos, grotescos, pouco sapiens, inferiores (diria mais coisas até!). Evoluímos, é verdade, mas, depois que paramos de matar dinossauros para trazer o “bifinho” pra casa, tenho a impressão que perdemos o discurso e a atitude, ou quase isso. Precisamos melhorar muito!

Mas se somos assim, vamos lembrar que todos viemos de uma mãe, de uma educadora, de uma conselheira que nos ensinou quase tudo. Se isso é fato, é correto dividir esta auto-crítica com as mulheres.

Vou logo direto ao assunto: toda vez que seu filho adolescente aparecer com várias namoradas, bebendo demais, fumando..., não estufe o peito, nem o chame de “garanhão”. Ele, na verdade, é um aprendiz de canalha e está precisando conversar, ser atendido, educado, para evitar que consolide um perfil tradicional e grosseiro ao longo da vida. Não esqueça, também – entre outras coisas – de não só chamar a atenção das meninas que sentam com as pernas abertas. Lembram disso? “...senta direito, isso não é modos de uma menina se comportar...”

Chame a atenção dos modos rudes dos meninos, igualmente, e impeça que mais tarde ele urine na tampa do vaso, arrote feito um suíno, e coce o saco como sinal de masculinidade.
Tomando estes cuidados, anos após, ele vai agir naturalmente civilizado no amor, como abrir a porta de um carro ou puxar a cadeira para a namorada, pedir licença, desculpas, chorar quando for preciso, só pra citar alguns exemplos.

Talvez o mais significativo gesto, se bem orientado, um homem adulto passe a lembrar do Dia Internacional da Mulher sem culpa, sem burocracia, sem hipocrisia. E que a rosa, os bombons, as conversas criativas, sedutoras e tudo mais possam acontecer com naturalidade, em qualquer dia, dando e cobrando valor às mulheres.

Me desculpem este “porre”, mas ando no meu limite com essa pobreza toda nas relações entre homens e mulheres.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Olha aí a União de novo, gente...!

Foi hilário, engraçado: "- Natalzinho, me ajuda lá em São José..." O apelo foi do governador Raimundo Colombo, numa frase rápida, no momento da posse do novo secretário de Turismo, o ex-deputado José Natal (PSDB/São José).
Pra entender é preciso saber que o governador está diante de um desafio, o de enfrentar o PMDB - seu parceiro de governo estadual, nas próximas eleições municipais.
Um exemplo olímpico são os de São José, Florianópolis e Lages, sua terra natal (não, não é um trocadilho...) Colombo tirou do páreo José Natal que estava se encaminhando para a vice de Djalma Berger (PMDB). Agora, ocupado com o Turismo, Natal fica livre da saia justa. Anteontem, o governador participou de uma reunião, em São José, onde estavam nada menos do que Adeliana Dal Ponte (PSD, partido de Colombo), Paulinho Bornhausen, os dois Cezar'es (pai e filho), além do próprio Natal, que fez questão de me dizer hoje pela manhã na Guarujá/SBT que o PP de Amim estava muito bem representado. Ou seja, a velha União por Santa Catarina em volta de uma mesa.
Na mesma linha estão Florianópolis e Lages, já falei disso aqui. Na Capital, Cezar Souza Jr. (PSD) vem acompanhado de João Amim (PP). União também! Em Lages, Colombo já avisou que vai de Antonio Ceron (PSD), contra seu adversário eleitoral, o deputado Elizeu Mattos, líder do governo na Assembléia Legislativa, não se sabe até quando... Lá na Serra vai dar União, outra vez!
Pra onde vai o PMDB depois de dezembro, hein??!!...

segunda-feira, 5 de março de 2012

A FedEx: San Diego é aqui?

Lembrei de um amigo antigo que sofre de um mal nervoso. Se ele não toma medicações diárias, corre o risco, entre outras coisas, de sofrer segundos de uma confusão mental e não sabe bem onde está.
Pois é, agora pouco passou aqui em frente de casa o furgão da FedEx. Tenho filho e parentes nos Estados Unidos e vejo nas fotos e nos filmes o tal caminhãozinho, distribuindo cartas e encomendas nos bairros americanos. Olhei pela janela e flagrei a FedEx, como se estivesse num dos bairros de San Diego, na Califórnia, onde moram meu filho, meu neto, ...
Por um segundo me perguntei: - onde estou?!
Achei estranho. Senti falta do amarelão dos Correios. Não sei bem como andam as concessões destes serviços. Tinha a impressão que os Correios ainda era monopólio postal no Brasil.
Fiquei olhando aquele furgão e me achando um dinossauro estranhando aquilo na rua.
Privatizaram as estradas, a telefonia, a velha Vale, a RFFSA, os aeroportos...
Devo ser o culpado disso. Há anos não mando uma carta para minha mãe. Vai ver..., foi por isso que desvalorizaram tanto os Correios que deixaram escapar mais uma do nosso patrimônio público. Me senti meio co-responsável!
FedEx passando aqui por casa..., mas era só o que me faltava...

domingo, 4 de março de 2012

Liberdade pra quebrar o "quengo"

Isso é que é liberdade..., pra quebrar a cabeça, o "quengo", diria o mané.
Pra quem adora a macaquice norteamericana a ponto de enfeitar seu estabelecimento com a estátua-mor dos EUA, bem que poderia acompanhar os cuidados que o Tio Sam tem com a segurança de seus consumidores. Não porque são bonzinhos, mas para tê-los vivos e continuarem consumindo.
O escuro no alto do prédio é resultado dos ventos e temporais, muito provavelmente. Pois o forro plástico e as estruturas de ferro permanecem ali, dias depois, oferecendo risco a qualquer um e ninguém faz nada. A velha impunidade com o Estado omisso.
Êta Brasilzão sem porteira...!!

sábado, 3 de março de 2012

Dilmamania

O tempo é das mulheres, especialmente, de Dilma. Fui ao mercado ontem, no bairro Monte Verde e olhem o que eu flagrei. Abriu uma sapataria, em frente à Praça, com o nome da vez.
Sinal dos tempos, de Dilma.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Os desafios de Colombo e dos Berger

A manhã de posses foi reveladora hoje, no Teatro Pedro, no Centro Administrativo, mostrando bem o clima tenso que já está marcando os primeiros lances das eleições municipais do final do ano.
Na observação que fiz, vi o prefeito Dário Berger num cantinho, em pé, ao lado do palco, de poucos sorrisos e amigos. Ao lado, solidariamente, o seu secretário de Turismo Vinícius Lummertz, e só.
Mais do que a companhia de Lummertz, chamou a atenção a ausência de Gean Loureiro, o candidato oficial de Dário, pelo menos até agora. Será que o desempenho desolador de Gean nas primeiras pesquisas informais está provocando reflexões no prefeito da Capital?
Perguntei ao secretário Lummertz o que ele achava da cena que flagramos. Vinícius entendeu rápido a conjectura e veio logo adiantando sem reservas: "olha, vou repetir o que o Dário já disse uma vez. Eu sou jogador reserva, mas se me chamar eu vou e ganho..." e saiu rindo.
O prefeito tem, ainda, outro motivo para estar com o humor que mostrou hoje. O governador Colombo nomeou secretário de Turismo o ex-deputado José Natal, do PSDB josefense. Todo mundo sabe que Natal seria o candidato a vice de Djalma Berger, uma dobradinha forte, quase imbatível em São José. Com Natal ocupado no Turismo, Djalma fica mais fraco. Tal estratégia de Colombo visa abrir caminhos para a correligionária do PSD, Adeliana Dal Ponte que terá, provavelmente, como vice a ex-senhora Dário, Rose Bartuckeski. Uma disputa, como se vê, explosiva.
Numa outra banda da eleição, Raimundo Colombo vai enfrentar um dilema: subir ou não subir no palanque de Antonio Ceron, seu correligionário, na campanha para Prefeitura de Lages. O constrangimento está em apoiar o adversário direto do deputado Elizeu Mattos, do PMDB, líder absoluto das pesquisas feitas até aqui, beirando a preferência de 3 1. Elizeu é líder do Governo na Assembléia, uma peça chave na base de apoio de Colombo e em pleno mandato, ou seja, um risco grande de tê-lo numa contra-mão até o final do Governo. Aliás, diz o deputado Elizeu, sobre o assunto, de forma cabal: "não sei o que pode acontecer com o PMDB se houver uma surpresa deste tipo em Lages".
Estes são alguns dos ingredientes da eleição de 2012, mostrados bem claramente nas posses de hoje pela manhã.

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