Se juntássemos todas as churrascadas feitas ao longo da BR 282, promovidas por autoridades públicas para lançar e inaugurar asfalto alinharíamos um boi atrás do outro, de Lages a Campos Novos. Parece que agora terminou.
O ano de 1986 marca minha chegada a Santa Catarina. A cena de trabalho é na redação do Diário Catarinense, nesta época ainda inédito, operando apenas como piloto. Esta foi a primeira equipe de diagramadores do DC, chefiada pelo competente Valdir Catarina (em primeiro plano na foto). Fui seu vice, com grande emoção. Aprendi demais com ele e os demais colegas. Vivíamos a “adrenalina” de uma revolução, usando computadores para diagramar páginas. Fomos pioneiros no Brasil. A Folha de São Paulo arriscava o “Page Maker” nos classificados, mas a redação inteira computadorizada e em rede começou aqui. Era uma loucura na fase de pilotos. Passávamos madrugadas ensaiando todas as operações, da reportagem ao fotolito. Houve momentos de grande tensão quando perdíamos arquivos pelas deficiências iniciais do sistema que ainda se adaptava. O “know how” nascia ali, sob a batuta do jornalista Maurício Sirotsky, um mestre que sabia fazer, do texto à diagramação de fotos, para não falar dos outros veículos, nos quais batia uma bola redonda também. Algumas vezes esteve pegando junto na redação, como um colega. Até se obter segurança mínima, foram dois ou três adiamentos da primeira edição pra valer nas bancas. No dia 5 de maio daquele ano o DC estava na banca.
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