sexta-feira, 31 de outubro de 2008

"Halloween" no Congresso

Se o Michel Temer bater na porta, hoje, de algum deputado, pedindo votos para ser o próximo presidente da Câmara Federal, vai se dar mal. Vão pensar que é a brincadeira do “Halloween”. Vai ganhar, no máximo, doces… Tóin!!

O "Halloween" é uma auto-crítica?!

Esses ianques são mesmo um povo esquisito. No dia de hoje eles comemoram o “Halloween”. Contam os noticiários da matriz imperialista que eles saem pelas ruas à noite a pedir doces na vizinhança, fantasiados com máscaras de horror. Os menos exibicionistas ficam em casa assistindo filmes de terror. Será que estão fazendo uma espécie e auto-crítica para o mundo?! Não entendo. Prefiro bem mais o “Boi da Cara Preta”, que só nos assusta com a sua careta. Mas pra quem vive com medo de terrorista, esse “Halloween” deve ser mesmo mais adequado…

Acha-se tudo!

Esse You Tube é tão surpreendente que não me assustaria se descobrisse postado um “clip” que eu teria feito com Wes Montgomery, tocando bateria com escovinha, numa outra vida.

Nada a dizer? Então fique quieto!

Ontem não escrevi nada no blog. Poderia inventar umas desculpas boas. Desculpas técnicas, profissionais, que eu moro do lado do Scarpelli e fiquei sem luz, ou que eu votei no Amin e estou de cabeça inchada até agora, ou ainda que votei no Dário e fiquei descaderado de tanto andar naquele caminhão da vitória ridículo. Mas, não. Não escrevi nada ontem por falta de assunto e vontade. Melhor assim.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pânico de chuva

Começa a chover de novo. Um raio potente rompe o silêncio da madrugada. Começou tudo outra vez e nem bem nos curamos da molhaçada, dessa lama, na terra. Alguém me diga, rápido, por favor, que não vai ter um terceiro turno!!

Esse "Brasil"…

O Brasildasilva volta a me escrever e explicar detalhes sobre o seu Blog, o cbndiário.blogspot.com. Diz ele: “Marcelo: Comentários, Blogs e Notícias. Se pegar só as iniciais, dá o que? CBN. A periodicidade é diária. Então é CBN Diário. Quanto ao logo do Diário, presta um pouco mais de atenção no texto que acompanha a logo. E depois olha a logo de novo. Ah! Não é picaretagem não. Também não é RBS, óbvio.” É verdade, tudo que o “Brasil” falou. A idéia é quase criativa, não fossem as coincidências bisonhas. Desculpe, “Brasil”, a tirada chama a atenção, sem dúvida, mas acho que o Blog, tenha o nome que tiver, terá êxito ou não, pela média de seu conteúdo. Isso é o que realmente importa, acredite. Aliás, as notas postadas até aqui são de boa qualidade, atraentes, e não precisariam de um apelo que pode lhe trazer incômodos pelas similaridades óbvias e propositais. Embarque no seu próprio trem, sua pegada é talentosa. Valorize-a, sem pegadinhas menores. Desculpe-me, outra vez. Não sou mestre em nada. É só uma opinião. Vá em frente, seja mais do que “Brasil”, seja brasileiro, com nome, com referências, e sem trocadilhos…Boa sorte!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mais um na praça

O Brasildasilva me avisa que tem blog novo na praça. É o cbndiario.blogspot.com, mas não entendi se é uma publicação da RBS. De cara parece, usam o nome da CBN Diário e o logo do DC,no entanto fiquei com a impressão, vendo melhor, que não é. As notas são interssantes. Se não for uma picaretagem apenas, a idéia é válida. Mais um para nos informar neste mar de blogs.

Velho Fogaça de guerra

Acompanhei com carinho e à distância a reeleição à Prefeitura do meu professor de redação do IPV, o José Fogaça. Ele foi o meu grande inspirador a entrar para a política, ainda adolescente, em Porto Alegre. Participei da sua primeira campanha política, para deputado estadual. Naquele tempo a gente passava as madrugadas a colar cartazes nos muros da cidade com uma cola de farinha feita em latões de tinta, em casa, sempre escondido da Polícia e suas Veraneios pretas. O Fogaça, muitas vezes, nos acompanhava e ouvíamos no toca-fitas de uma Belina velha, músicas dos Almôndegas, do Kleiton e Kledir, letras dele, Fogaça – que antes de mais nada, é poeta - , falando de semeaduras, ventos, viração, vinhos amargos e companheirismo. Tempo bom que levo para sempre comigo. Parabéns pro Fogaça!

O João vereador

Entrevistei no Jornal da Noite/Rádio Guarujá o João Amin. Ele fez mais de 6 mil votos, foi o segundo mais votado na eleição de Florianópolis. Tem 28 anos, é formado em Administração de Empresas e está fazendo mestrado. Gostei do primeiro papo com ele. Meio cru, ainda, mas tem personalidade, tem estilo. Disse algo que me chamou a atenção. “Se precisar, reabriremos o Caso da Moeda Verde, uma espécie de Moeda Verde II”, e referiu-se ao caso da Bacia do Itacorubi, tão debatida durante o segundo turno, pelo pai. Outra que “pesquei” foi o comentário sobre sua posição ideológica. “Sei que estou num partido de direita, mas acho que isso é o que menos importa, porque vou trabalhar pela cidade”, lascou João, sem nenhum prurido. Gostei da sinceridade, marca da Dona Angela.

Silenciosos, reflexivos

Me perturbava a falta de comentários no Blog. Mas dias desses, pesquisando as estatísticas, vi que as visitas são muitas, quase uma centena ao dia. Não é muito. Também,… não sou um Carlos Damião ou um Cesar Valente, mas já me agrada. Fico a pensar que meus leitores são mais introspectivos, observadores, reflexivos e elegantemente silenciosos. É um perfil que me agrada. Ontem, a Angela Albino e o Alexandre deixaram comentários. Inteligentes, apropriados. Foi meu dia de Damião. Experiência boa. Vou fustigá-los a romper o silêncio de vez em quando.

sábado, 25 de outubro de 2008

Chuva

Ah, essa chuva tão perversa… Céu de chumbo, terra encharcada, sorrisos escondidos… Na Idade Média, o que faziam as pessoas, nestes dias, sem computador e DVD, hein?!…

Dois pesos…

Se é verdade que não temos o voto facultativo porque a nossa sociedade ainda não está madura para saber a importância da uma eleição, porque não seria verdade, também, que os nossos políticos ainda não estão maduros para participar de uma eleição com segundo turno? Todo mundo sabe que essas dezenas de partidos entram no primeiro turno só para negociar uns empreguinhos no segundo, ou – na melhor das hipóteses – marcar posição para alçar outros vôos nas eleições seguintes.

Discurso de ocasião

Tem muita gente que vai ter que justificar o voto neste segundo turno. Não no TRE. Em casa!

Que debate!

Mas que maravilha o debate de ontem, que propostas, que programas de governo. Nem sei quem escolher de tão bons que são, um e outro. E a elegância? Que refinamento dos dois, que educação, que respeito com os eleitores, quase duas horas de debate e nenhum ataque pessoal. Olha, estou sem palavras. Qualquer um que ganhar amanhã a cidade estará bem cuidada. Então, eu virei para o lado e acordei. Que sonho bom, meu Deus!… Amanhã tem segundo turno e depois o Faustão. Os Espíritas têm razão, este mundo é de expiação.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Combate no 2º turno

Tem um canal, nessas operadoras de tevê a cabo, só de lutas, pancadas o tempo todo e muito sangue. Chama-se Combate. É uma espécie de debate entre dois oponentes. A diferença é que lá a luta é livre e não tem aquele pote de doce, de vidro, de onde o Mário Motta tira uns papeizinhos com os temas que os dois candidatos vão ignorar olimpicamente. Ah, no debate do pote tem uma vantagem. Não precisa de assinatura, é só ligar a tevê aberta. Nesta sexta-feira, canal 12, depois da novela.

O voto livre e soberano

Olha aqui, ó, caras pálidas de plantão e patrulheiros eleitorais de “A” ou de “B” (mais de “A” do que de “B”…). Tirei uma dúvida com o pessoal do TRE/SC esta manhã. O voto em branco não vai, coisa nenhuma, para o candidato mais votado. O voto em branco tem o mesmo valor, no escrutínio, que o nulo, ou seja, nenhum. Portanto, é lícito dizer que votar em branco ou nulo, é uma posição de rebeldia, de protesto, uma escolha por nenhum, nem outro, tão lúcida tanto o voto válido em um dos dois. Patrulheiros, acalmem-se!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Velho capitalismo

O professor de economia da UFSC, Nildo Ouriques, que também é o presidente do Instituto de Estudos Latinos Americanos, não deixou pedra sobre pedra na entrevista que me concedeu no Jornal da Noite/Rádio Guarujá. Comentando sobre a crise financeira mundial, o professor garante que os ricos ficarão mais ricos e os pobres, mais pobres. E derruba uma máxima do capitalismo, que tanto defende o liberalismo, com a presença mínima do estado. Na hora da crise, de quebradeira, de insolvência e falta de liquidez no sistema, quem dá socorro é o estado. Aí, sim, o estado é bem vindo e indispensável. Adivinha quem paga esta conta? Dizem que o professor Nildo é um radical. É, “radical” é quem vai à raiz?

O "e" grego do mané

O senso de humor permanente e a criatividade dos menesinhos são, realmente, muito especiais. Olha essa que eu ouvi de um amigo, o qual se referia a uma empresa com um nome assim: “fulano & beltrano”. – É fulano e beltrano, com aquele “e” tolo no meio.
Não é o máximo?!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A coisa anda braba

- Ôôô, dotô, cosa boa lhe vê, vô votá no sinhô!
- Puxa, que legal, obrigado.
- Falá nisso, o dotô, não poderia me arrumá um trocado?
- Ô amigo, que feio isso, o senhor querendo vender seu voto… não tenho trocado, não.
- Tá bom, então, me arruma um cigarro…
- O amigo vai me desculpar, mas deixei de fumar.
- Mas o que o senhô tá mexendo aí no bolso, então?
- Ah, isso é um vidrinho de colírio, ando com uma ardência nos olhos…
- Então, pelo menos me dá uma pingada aqui, dotô, ula home difici…

domingo, 19 de outubro de 2008

Comentário Dela

Diria a Lua, lá do alto de sua majestade, ao comentar sobre nossas teses: “pobres arrogantes. Cheia, minguada, crescente, nova…, eu estou sempre cheia, oras!”

A Lua do Lucas


Apresento-lhes, dizem os especialistas, a culpada-mor desta chuvarada por aqui. Linda, quase cheia, desaforada com os nossos fins de semana. A foto é do Lucas, amigo de minha filha Amanda. Vamos fazer pedidos, pessoal…

Debate previsível

Tudo indica que logo mais, a partir das 9 da noite na Ric/Record (nunca sei bem o canal), Esperidião Amin vai ligar a sua “Máquina-de-Moer Dário”. Dois problemas para Amin: até que me provem o contrário, ninguém assiste estes debates, só mesmo a pequena classe média e os formadores de opinião. Além disso, o Dário, esperto, fica se fazendo de coitadinho, de tolo e vira vítima. Aí é um abraço. Tirando este sensacionalismo e a nossa atração por tragédias – como a de Santo André, fica só um vazio de idéias, uma pobreza ideológica, uma salada de interesses pessoais, que nada tem a ver com a cidade.

sábado, 18 de outubro de 2008

O Damião é o melhor!

Meu irmão Carlos Damião me faz um novo carinho em seu Blog, esnobando no melhor estilo. Enquanto eu vou de DomecQ, ele de Johnny. Dia desses, ele me disse que tinha essa garrafa fechada há anos. Abriu sozinho, o esganado! Ou o galo não está sozinho?! Ainda bem que empatamos no bom gosto musical. Eu de Sinatra, ele de Piazzolla. Pela hora, acho que vamos dormir cedo hoje. O Damião é um “monstro”! Dás um banho! E não me sai mais nessa chuva pela manhã, seu istepô!

Um gole para Frank

Meu amigo Calo Scheitt me faz um carinho e manda por e-mail 16 sucessos de Sinatra. Nada mais próprio para recuperar um sábado assim, sem graça. Escolhi “Strangers In The Night” para tomar um gole de DomecQ, deixando o velho Frank mais à vontade. Fiz uma banana para chuva. Vou dividir estes néctares com os amigos do Jornal da Noite/Rádio Guarujá na próxima segunda-feira, 10 da noite. Grande Calinho. “Iu-bi-du-bi-du…”

Sábados…

Chuvas entardecidas, que vieram da manhã, constrangidas, fazem as terras se esgotarem, cansadiças. Climas tristes, lânguidos, propícios a bobagens, a criatividades mórbidas, a artes tímidas, a reações perversas, a amores úmidos, a varais tão inúteis, com suas roupas sem forma, abandonadas.

Chuvosos

Não sei que passarinho é, mas parece um funcionário, nestas portas de shopping. Parado, sem reação naquele fio de poste, na chuva, olhando pra lugar nenhum. Os dois trabalham, são sabem direito pra quem…

Poetando: carinho morno…

Ele estava tão só que o "cooler" do notebock, lateral e à sua esquerda, lhe tocava com uma brisa morna e delicada nos dedos, e isso parecia um carinho leve, a respiração de alguém, a impressão tênue de um afago. Ficou com os dedos ali por alguns segundos e imaginou coisas.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Estresse

Você gasta o seu latim, se esforça para fazer uma pergunta bem feita, bem construída, interessante, e o sujeito lhe responde assim: - Pôs agora…

Nos curvemos à patrulha?

Eu não consigo entender esse negócio de ter que apoiar alguém no segundo turno, obrigatoriamente, senão a patrulha da cidade tem um xelique. Acho tão óbvio o que a população disse nas urnas, "nós queremos este, não aquele." Agora, "aquele" quer apoiar "este". E fazem isso com a maior cara de paisagem…
Tenho a impressão de que sou contra o segundo turno.

O Damião e o Quintana

Fiquei divagando, agora pouco, sobre como seria interessante se o Mário Quintana estivesse entre nós e com um blog no ar. Imagine as maravilhas que estaria escrevendo… E o Drumond, e o Henfil, putz!, e o Glauber? Por exemplo, se o Quintana fosse o Carlos Damião, ele escreveria algo assim: "Esses comentaristas do meu blog, tão desaforados…, eles passarão, eu passarinho."

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Verdades e mentiras

Li o Blog do Damião, agora. Ele está falando daquela famosa frase do Goebbels. Me deu vontade de sair com essa: “se você não tiver uma verdade, fique quieto e trabalhe para construir uma.”

Assim não dá

Mas vem cá! Nunca mais vai fazer sol no sábado? Domingo vem um solzinho, na segunda aquele baaaita, debochaaado… Se eu fosse o Lula, além de decretar Horário de Verão, mudava o fim de semana para domingo e segunda. Pronto!

O que nos contam

Nós mortais, temos dificuldade de entender coisas do tipo “o governo federal vai prestar ajuda aos bancos em apuros” por conta da crise financeira mundial. Mas que absurdo, gente passando fome, 10% da população analfabeta e o país dando dinheiro pra banqueiro!! E o que é pior, todo ano vemos balanços financeiros espetaculares dos bancos, sempre orgulhosos de suas pornográficas rentabilidades, sem que produzam um prego sequer e empreguem cada vez menos trabalhadores. Mas o tiro é mais embaixo.
Os banqueiros, na verdade não recebem dinheiro do governo nestas ocasiões. Os recursos são para pagar os clientes e investidores que aguardam as remunerações do investimento feito. Os bancos fazem negócios futuros, sempre 30, 40 vezes o valor que têm em caixa. Eles giram com valores em papel, com uma movimentação presumida de que mais gente bota do que tira dinheiro, então, é um sistema meio de mentirinha, do ponto de vista produtivo. Quando há crise, todos, ao mesmo tempo, querem pelo menos ver o seu dinheiro – o que foi depositado e o acrescido com o investimento. Ops! Boa parte deste dinheiro todo não existe na real (ou no Real).
Ele é presumido, circulante, virtual. Assim, quando o governo diz que vai “ajudar” os bancos, na verdade, está dizendo que vai ajudar os seus clientes, que têm direito aos seus depósitos e aos rendimentos pré-fixados comprometidos. Bem, esta é a história técnica, acadêmica. Não se sabe ao certo o que acontece no meio desse caminho, porque só vi banqueiro falido no cinema.
Até o Cacciola, preso e teoricamente quebrado, anda comendo lagosta na cela da PF.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O armário do telefone

- Bem vindo ao serviço de tele atendimento de nossa empresa. Aguarde um instante para ser atendido. Você é muito importante para nós.
- Digite um se você for nosso cliente. Digite dois se você …
- Continue na linha e aguarde o atendimento de uma de nossas atendentes.
- Nossas posições estão todas ocupadas. Aguarde só mais um instante.
- Daqui a pouco um de nossos atendentes vai lhe atender, enquanto isso ouça …
-Alô, pois não, meu nome é Edineide, no que posso lhe ajudar?
- É o seguinte, meu telefone está mudo.
- Já recebemos várias reclamações da sua rua. O problema é do seu armário, senhor, estamos verificando.
- Como assim, do meu armário?
- Do armário, um defeito técnico.
- Olha, minha filha, aqui em casa os armários são todos embutidos e passo Jimo Cupim todo ano, isso eu tenho certeza que não é.
- Não, senhor. O senhor não está entendendo…
- Quem não está entendendo é a senhora!
- Vou lhe explicar o que é o armário…
- Ah tá, agora a senhora vai querer me dizer o que é um armário. Era só o que me faltava!
- Um momento, senhor, fique calmo, me dê um segundo para lhe explicar…
- Ô moça, o negócio é o seguinte, se eu quisesse saber alguma coisa sobre o meu armário eu teria ligado para um marceneiro, o problema é no meu telefone, e eu estou calmo, cacete…
- O senhor está fazendo uma confusãozinha…
- E ainda sou eu que tô fazendo confusãozinha, acho que a senhora tá gozando com a minha carinha…
- Sabe o que é senhor, o armário que eu estou falando é o da rua.
- Olha aqui, moça, eu nem tenho telefone lá na rua, aquele armário lá de fora que a senhora tá falando eu coloquei esta semana pra minha mulher botar o material de limpeza e não tem nada ver com o telefone. Aliás, eu nem sei como vocês sabem que eu botei aquilo lá. Vocês andam espionando a gente, agora, é?!
- Meu senhor, o senhor não está entendendo nada…
- Eu nem acredito que estou me estressando deste jeito. Ou a senhora é uma louca ou é muito sem vergonha mesmo! Eu quero saber quando o meu telefone vai voltar a funcionar!
- Senhor, nós já estamos providenciando o reparo no seu armário, tão logo isso seja feito seu telefone irá funcionar.
- Mas que barbaridade! Eu nunca vi isto na minha vida. Tá bom, eu desisto! Olha moça, pelo menos me manda alguém decente pra mexer no meu armário, eu tenho TOC de roupas bem arrumadas e se lhe interessar, a extensão do telefone do quarto sai de trás da terceira porta, da esquerda para direita do armário. Sabe lá é isso mesmo… Obrigado!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Os pesos

A Coréia do Norte saiu da lista negra do terrorismo do governo dos Estados Unidos. Como é a vida, né?! Pois os Estados Unidos ainda não saíram da lista negra do mundo. E ninguém divulgou isso!

Nove's fora a paixão

Se é verdade que os programas eleitorais modificam e confirmam ou não votos, dependendo do desempenho dos candidatos, e se é verdade que os debates também influem na decisão do eleitor, isso significa que este eleitorado tem sensibilidade suficiente para avaliar, refletir e concluir sobre o que vê e ouve. Ou seja, há consciência política, há capacidade de crítica e inteligência razoáveis. Então, se isso é verdade, acreditar que o apoio de um candidato derrotado ou de seu partido a um dos dois que disputam o segundo turno irá levar as pessoas a acompanhar o gesto é, no mínimo um exagero. Uma grosseria com a sensibilidade alheia! Bem - entre nós - analistas por aí, frequentemente, nestas ocasiões, mostram o seu desejo no lugar da recomendável observação isenta de suas paixões. Vamos, pois, fazer os descontos…

Delicado e previsivelmente bom


Assisti no domingo "Antes de partir", com os craques Jack Nicholson e Morgan Freeman. Dois gigantes. Pelo que são, já sabia que iria me emocionar o tempo todo. Batata!! Argumento certeiro e grandes performances. Não acreditem no gênero divulgado. A sensibilidade do texto vence a expectativa da comédia. Os dois não fazem força para atuar e choramos ao natural. Foi bom, recomendo.

Só duas

Uma boa quantidade de pessoas vai apertar só duas teclas neste segundo turno para cumprir seu dever cívico.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Que inveja!

Admiro as ousadias do povo carioca. Vez por outra aplicam uma para mexer com a mesmice nacional. Agora, traz o Gabeira para o segundo turno, uma justa decisão. Gosto dele e não me esqueço daquele seu desabafo no plenário da Câmara, no episódio de cassação daquele gaiato Severino. Ele disse o que estava na ponta da língua da Nação: “o senhor deve renunciar ao cargo de presidente e se o senhor não fizer isso, nós vamos tira-lo daí, por que o senhor é uma vergonha para esta Casa e para todos nós brasileiros..”, bradou o quase prefeito carioca. E para nos matar de inveja, o Gabeira recebeu ontem o apoio do mestre Oscar Niemeyer. Isto, sim, é um apoio próprio, ético e de consistência. Cariocas…

Já pro divã!

Engraçada essa arrogância intelectual… “Se você não concorda comigo, nem com meu inimigo, você está em cima do muro”. Mas que petulância! Pelo visto, os “iluminados” devem ter decretado que só existem, obrigatoriamente, duas opiniões neste “universozinho”. A miopia é tamanha que só dá pra enxergar o umbigo. A diversidade de opiniões e posições – fora do que é bom (amigo) e ruim (inimigo), para eles – é chamada de “em cima do muro”.
Que jeito estranho de declaração de voto, hein!… Coragem, amigos.

Em cima do muro uma ova!

Há muitos observadores da cena política que rotulam de forma maniqueísta e chula quem resolve tomar uma posição independente (não votar ou apoiar nenhum, nem outro no segundo turno), e logo vem o emplacamento “em cima do muro”. Alto lá! Será que esta coisa é tão grosseira assim? A Democracia tem as suas filigranas. Fico com o sentimento que por trás dessa patrulha estejam inconfessáveis e bisonhos cabos eleitorais, de um e de outro. Se não me engano, as ideologias antecediam o processo eleitoral. Fora isso, vamos ter esses governos sem rumo, indefinidos, sem programas, como tantos. Devagar, amigos.

Sem patrulhas, nem culpas e soberano

Vejo muitas pessoas sérias, éticas, assombradas, constrangidas e desconfortáveis com o segundo turno. Votaram no seu candidato no primeiro turno, como manda o figurino. Seus escolhidos perderam, não estão no segundo turno. Diz a norma que devem escolher, agora, entre dois, os quais não mereceram seus votos na primeira tentativa. Porque mereceriam desta feita? Votarão no menos ruim? Que desestimulante! Fecharão os olhos para apertar o botão? Que absurdo! Perguntei ontem no Jornal da Noite/Rádio Guarujá ao especialista Márcio Voigt, professor de história na Univali, se votar em branco no segundo turno depõe contra a Democracia e Cidadania. O professor, após avaliação, disse que não, pelo contrário, mostra-se uma posição firme, ideológica e coerente. E, com licença, o voto é secreto.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dia de lembrar Che


Hoje é dia 8 de outubro. Neste dia, em 1967, os imperialistas bolivianos assassinaram Ernesto Che Gevara De La Serna, o Che, herói de todas as gerações e jovens que depois dele viveram. Seus ideais serão eternos, porque sua ideologia era, antes de mais nada, de fraternidade, de amor pela vida e pela Humanidade. Antigamente, fazíamos minutos de silêncio em homenagem ao Che. Fazíamos festas e à meia noite deste dia parávamos e líamos coletivamente os textos revolucionários dele. Era assim. Vivi minha juventude lendo apaixonadamente o que Che deixou. É algo que levo para minhas outras existências, com certeza, a militância de dez anos no Movimento Revolucionário 8 de Outubro, o MR-8. Divido com os amigos e leitores do Blog dois botons, os quais vendíamos, no início dos anos 80, nas ruas para levantar finanças e garantir a impressão do jornal Hora do Povo, que denunciava as atrocidades da ditadura militar no Brasil. Tempos difíceis, patrióticos e lúdicos.
Salve Che Guevara. Pátria Livre! Venceremos!

O tempo e outras coisas

Era uma vez um vilarejo, fundado por açorianos, famílias que chegaram em barcos, pais, filhos, tias e avós, trazendo na bagagem a vontade de criar raízes, construir lares, ter vizinhos, amigos, comadres, compadres, cultuar suas origens e ser feliz, com quem mais estivesse por ali.
O tempo foi passando, o lugarejo virou distrito, cidade e capital do Estado. Aqueles açorianos foram recebendo visitantes, forasteiros, gente que vinha de longe, gostava do que via, se apaixonava pelo lugar e resolvia ficar, sentar posada, trabalhar, criar seus filhos ali e, também, ser feliz.
Décadas e séculos mais adiante, aqueles açorianos originais, quase nativos, já não se sentiam mais tão à vontade, tão donos de seus rincões, porque tiveram que dividir espaços, conviver com culturas diversas as suas e aprender a dividir aquela beleza natural com os “estrangeiros” que – agora que moravam ali há muito tempo, passaram à condição de “da terra” também, por mais que falassem com outro sotaque e fossem facilmente reconhecidos como “de fora”.
Com o progresso e o passar dos anos, as gerações seguintes evoluíram, deixando de lado as ranhetices de seus antepassados. Superaram os preconceitos e curaram inúmeras fobias. Aquele povo açoriano, hoje, convive pacifica e harmoniosamente com estes “de fora”, absolutamente integrados, sem ranços, sem complexos de inferioridade que um dia tiveram, mas que o tempo, a educação e a fraternidade universal os fizeram maiores e, em fim, todos iguais.
Hoje, ninguém é mais “de fora” ou “daqui”. De que cidade estou falando? Alguém pensou que fosse Florianópolis? Não, esta é uma resumida história de Porto Alegre, que já se chamou Porto dos Casais, casais açorianos. Estas referências são encontradas hoje no Bairro Cidade Baixa, na capital gaúcha, preservadas, numa Praça chamada “dos Açorianos”. Conto isso porque há 24 anos vejo, constrangido, pessoas serem apontadas como “de fora”. Mas me conforto sempre quando lembro desta história.
Agora pouco li no Blog do meu irmão Carlos Damião uma destas tantas referências tão tristes, por conta das eleições e dos eleitores que votam aqui. É uma questão de tempo e de outras coisas e sei que um dia meus filhos, meus netos e bisnetos se confundirão na Praça XV e nos Sambaqui’s, eternamente, com este povo açoriano e maravilhoso de Florianópolis.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O solene recado das urnas

Uma constatação inquestionável. O governador Luiz Henrique da Silveira sai do primeiro turno com sua força política consideravelmnte chamuscada. Suas duas grandes apostas no Estado terão que enfrentar um ferrenho segundo tempo, o que não estava nas contas. Na Capital, Dário esperava passar a régua já no primeiro turno. Ficou longe disso. Amim mostrou sua força e resistência. Em Joinville, Carlito deu um banho e será difícil reverter um quadro tão favorável ao PT. Recado das urnas: ninguém é dono do mundo! LHS levou um puxão de orelha em seu reduto eleitoral e queimou seu filme de forma tão constrangedora com o seu partido na Capital que sequer pode-se imaginar sua presença em palanques ou nas propagandas eleitorais. O susto na Casa d’Agronômica ainda inclui as derrotas em Criciúma, Itajaí, e Lages, sem falar que na contagem geral de prefeituras pelo Estado, o PMDB reduziu seu poder eleitoral. De quebra, um registro especial em Criciúma, onde o presidente do partido de LHS, a segunda maior liderança estadual, Eduardo Pinho Moreira, também foi derrotado em seu próprio reduto.
Canja de galinha na mesa 15, por favor!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dúvida cruel

Estive ausente do blog desde o último debate. Desculpem-me os que por aqui passam e me dão este privilégio. Mas sabe o que foi? O debate mexeu comigo, profundamente. Ando refletindo até agora. Antes dele, tinha uma idéia tênue sobre em quem votar. Agora estou indeciso. Não sei se voto no Paulo Alceu, no Polidoro, no Bonassoli ou no Damião.
Acho que vou de Damião.

CONTATO COM O BLOGUEIRO