quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Osso duro de largar

Hoje tem Audiência Pública, 3 da tarde, na Câmara dos Vereadores de Florianópolis, para tratar da nova concessão dos transportes coletivos da Capital.
Pelo que ouvimos nos últimos anos dos empresários e “otoridades” do ramo, que toda vez que podem choramingam os prejuízos enormes que o sistema provoca, é de se presumir que ninguém interessado vai aparecer por lá.
Tá bom..., e o Sargento Garcia vai pegar o Zorro pelo colarinho, depois da Audiência.

Arvore cara. Consideração, nem tanto

Semana passada o secretário de Turismo de Florianópolis, Mário Cavalazzi, ofereceu uma pauta à redação da Rádio Guarujá, através de sua assessoria de imprensa: a árvore de Natal que será montada. Dizem que é uma das maiores do País. O secretário estaria preocupado com o assunto e antes que começassem a falar mal da árvore ele queria sair na frente e dar as explicações corretas. Achei estranho e curioso. O que estaria preocupando tanto o secretário envolvendo uma prosaica árvore de Natal. Ontem fiquei sabendo os motivos: o inocente ornamento público vai custar cerca de 4 milhões de reais.
Realmente, Cavalazzi tem razão de antever as criticas, mas não sei o que houve com o secretário. Marcou dia e hora para a entrevista. Não apareceu, deixando sua assessoria constrangida, esperando – junto conosco na rádio e com os ouvintes (anunciamos a entrevista...) por duas horas pelo menos. O secretário não foi pro ar. Aliás, até o celular dele ficou fora do ar por horas.
Durante a tarde o secretário me ligou. Não pude atende-lo, estava no ar, como de costume, de segunda a sexta, entre 2 e 5. Depois disso ninguém mais fez contato.
Claro que o secretário não tem nenhuma obrigação de saber o horário de trabalho de um simples jornalista. No meu caso é diferente: eu tenho que saber onde anda um secretário tão ilustre, o que está fazendo pelo turismo do município e quais são as suas explicações sobre uma árvore de Natal que custa 4 milhões de reais. Aliás, um pouco mais. As festas de fim de ano vão custar 10 milhões de reais. Ouvi dizer que a iniciativa privada entra com parte deste valor. Esperamos todos que sim.
Um detalhe me inspirou este comentário, aqui e na rádio. No dia seguinte do “bolo” do secretário o avisto na telinha da televisão, sorridente, prestativo e cortês, como sempre foi. Sei bem como estas coisas acontecem. É da vida. Esse mundo é dos grandes, mas num dia se é grande, noutro nem sempre. A gente fica sabendo desta dinâmica com algum tempo de estrada, tendo passado por ela algumas vezes.
Humildemente, vou assistir as explicações do secretário pela televisão, resignado e escaldado, já por algumas vezes. Talvez até arrisque uma informação diferenciada com fontes alternativas pra saber mais e com precisão dos fatos.
De uma coisa os leitores e ouvintes podem ter certeza. Desinformado ninguém vai ficar, seja em qual ribalta estivermos militando.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Toque de Silêncio e de emoção

Momento de forte emoção ontem no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, no lançamento do livro “Relatos de Um Desastre” da Defesa Civil do Estado/SC. Na abertura da cerimônia, diante de uma enorme bandeira de Santa Catarina estendida no fundo do palco, foi anunciada presença do corneteiro da PM. Na lateral do ambiente, soou o Toque de Silêncio, em homenagem aos mortos e vitimas das enchentes.
Talvez aquele ato cívico me emocione de uma forma mais especial. Fui neto de um brilhante militar, Floriano Fernandes. Ele passou eticamente incólume ppor boa parte da ditadura de 64 e não estava mais aqui quando a derrubamos. Dedicou-se aos estudos, ao conhecimento e plantou em mim os valores da família, do patriotismo e da concórdia, coisas que quase desaprendemos hoje. Me lembrei dele ontem, como o menino e o neto lá dos anos 60.

Oportuno registro e lições

“Relatos de Um Desastre” foi lançado ontem pela Defesa Civil do Estado/SC. Justo e necessário que toda o episódio de agonia, capacidade de superação da população e das forças oficiais ganhasse um registro histórico. Além desses valores humanos, entendo que o livro possa ser um testemunho científico e técnico-ambiental para que nossas autoridades e nós mesmos nos coloquemos mais responsavelmente a frente da tarefa de defender mais e melhor o Planeta, evitando novos “recados” da mãe Natureza.
Que este mês - um ano após a tragédia que todos vivemos – sirva para um alerta: me preocupa, muitas vezes, ouvir dos nossos homens públicos, de uns tempos pra cá. Quando há algo errado, que exija auto-crítica, providências, correção de rumos e determinação ética nas mudanças de comportamento, ou se diz que “...não era de nosso conhecimento”, “...não se sabia de nada”, ou “...não foi uma falha e sim um incidente”.
A publicação dos “Relatos” traz, além de fotos impressionantes do desastre das chuvas e deslizamentos, o livro conta com as narrativas de 19 jornalistas que participaram das coberturas em jornal, televisão e rádio. Participo da edição, como âncora da Rádio Guarujá.
Dedico o que escrevi ao bravo povo catarinense, ao dedicado e corajoso Major Márcio Alves e aos meus colegas de trabalho que mostraram a que vieram nesta profissão apaixonante e de fé.

Sofrimento e emoção, na lama e no ar
Chovia muito, o mês todo daquele novembro de 2008. Era mais um mês chuvoso como estávamos acostumados a ver todos os anos na pré-temporada de verão.
Mas aquela chuva não parava e se intensificava e parecia ganhar força a cada dia que avançava e a Capital e toda Região Metropolitana já mostrava uma exaustão da sua infra-estrutura.
A conseqüência primeira disso era o sofrimento a mais da população carente que vive em áreas invadidas, sem água e luz oficiais, sem ruas, sem esgoto, sem quase nada. Aquele clima cinzento e chuvoso também se alastrava para a Região Norte e Vale do Itajaí. Os milímetros de chuva, calculados pela Defesa Civil e pela Epagri/Ciram, se acumulavam. A preocupação e a tensão de todos também.
No final de novembro a ficha caiu geral. Não era um período de chuvas normal, como estávamos acostumados. Aquilo seria bem mais e iria se transformar numa tragédia, jamais vista pelas pessoas desta geração.
Era sábado e ele amanheceu barulhento, de águas, trovões, raios, ventos não tão fortes, mas podia se sentir que ele trazia um recado da natureza, um alerta frio e cruel de quem estava com a paciência esgotada de tanto desrespeito, de violações, de exageros. A velha natureza responderia a todos os nossos desaforos e o aviso começava a chegar de forma mais violenta naquele sábado.
Todos os sinais de transbordamento de rios, de esgotamento total dos nossos precários sistemas de escoamento pluvial eram vistos em cada informe da Defesa Civil do Estado.
A Rádio Guarujá AM de Florianópolis está acostumada, há 66 anos, a falar de futebol e esporte nos finais de semana. Pois naquele sábado a história começava bem diferente. O Carlos Damião, então coordenador de Jornalismo, iniciou uma cobertura ainda acanhada com a convocação de parte dos repórteres e engrossou as informações do programa que apresentava, o Revista Guarujá, pela manhã. Mais tarde, já à noite, o experiente Damião - de tantas coberturas do gênero pelo jornal O Estado e outros tantos veículos que passou, ligaria para cada um de nós da equipe do rádio jornalismo da Guarujá para nos prevenir que no domingo, muito provavelmente, iríamos trabalhar duro. Não deu outra. Já nas primeiras horas do dia 30, Carlos Damião comandava o “time” inteiro: Marcelo Fernandes, Polidoro Júnior, Cléber Pedra, Fábia Haffermann, Raquel Santi, Carol Gonzaga, Hívan Tonsic, Júlio Castro, Iuri Grechi e os técnicos Edson Garcia, Luiz Carlos Silva, Smaley Cúrsio, Andrey Silva, Paulo Renato, além dos bravos lá dos transmissores, o Jorge, Valvito, o Francisco, o Darci e o Rogério que não param dia e noite.
Amanhecemos o domingo vivendo o clima de dificuldades. Tivemos que usar o Estúdio B de gravações no lugar do tradicional do “Ar”, que estava alagado por conta das chuvas e das fortes rajadas de vento que arrancaram parte do telhado do Edifício Tiradentes, provocando este acidente no décimo andar, onde funcionamos, no centro da Cidade.
Como manda o bom jornalismo nestas ocasiões, a produção teve de ser engrossada para trazer informações e encontrar as pessoas certas e colocá-las no ar. As entrevistas se alternavam com as intervenções dos repórteres espalhados por toda a Região.
Em frente ao Estúdio B, para trabalhar melhor, improvisamos a mesa da recepção e ali foram instalados mais computadores e telefones e assim a produção ganhou mais mobilidade e contato direto com os âncoras.
Deste fim de semana em diante foram cerca de 30 dias de cobertura especial, compatibilizando a programação normal com o trabalho incansável de toda equipe do jornalismo.Fizemos o que a Guarujá sempre fez há quase sete décadas, mas de forma concentrada. Prestamos serviços, ajudamos as comunidades, cobramos a ação das autoridades e fomos parceiros de todas as iniciativas possíveis de solidariedade aos atingidos daquela enchente. Colocamos no ar os freqüentes alertas e os comandos da Defesa Civil e praticamente transformamos a sua sede em estúdio avançado de nossa programação.
À noite, no programa Jornal da Noite, eu e o repórter Júlio Castro fazíamos um rescaldo das notícias do dia, com matérias e entrevistas ao vivo. Uma delas foi inesquecível. Era cerca de onze da noite e o bravo Major Márcio Moreira Alves, chefe da Defesa Civil do Estado, nos atendia pelo telefone, ainda na sede do Continente. Com evidente cansaço de vários dias mal dormidos e longe de casa, o Major não conseguiu esconder a emoção ao relatar o que via no comando daquela catástrofe: “Marcelo, o que estamos vendo é algo que nunca experimentamos. A todo momento famílias inteiras são destroçadas, perdendo seus entes queridos, crianças perdidas, mulheres e idosos desesperados pelas perdas humanas e materiais, é um cenário de guerra. Precisamos ter muita força, muita concentração, muito profissionalismo para não nos envolvermos no drama de cada um. Temos que ser fortes. Talvez sejamos a única esperança para estas pessoas atingidas pelas chuvas. Eu queria aproveitar este momento, tarde da noite, para mandar um recado para a minha família, a minha esposa e meus filhos, que não me enxergam já faz dias, que me perdoem pela ausência, mas sei que eles vão entender a situação que passamos, eles sabem que essas pessoas que foram vítimas deste desastre terrível estão precisando da nosso trabalho e do nosso apoio. A nossa missão, para eles, é uma questão de vida ou morte. Por isso eu peço desculpas pela ausência em casa, mas queria dizer aqui pela Guarujá que a cada minuto deste nosso trabalho difícil nos inspiramos na família, no sorriso deles, no amor deles e na confiança que eles tem em nós”, dizia o Major Márcio Alves, chorando e interrompendo sua ligação conosco para recompor sua emoção incontida.
Sabíamos que nossa cobertura na Grande Florianópolis, registrava um sofrimento intenso da comunidade com aquelas enchentes de novembro e dezembro/2008, mas não era a história mais dramática. Não muito longe, no Vale do Itajaí, em Blumenau, em Penha, na Ilhota, morros inteiros como o do Baú, “derretiam como sorvete”, assim relatava em nosso microfone um dos soldados do exército em operação no local.
Num desses momentos agudos na Região do Vale, transmitimos o depoimento de um oficial de resgate da Guarda Nacional que trabalhava de helicóptero, içando famílias inteiras do olho daquela terra movediça: “é um cenário terrível, muito duro pra todos nós, é uma verdadeira prova de fogo ver tanto sofrimento. Mas é importante que as pessoas atendam nossas orientações para que se evitem mais tragédias. Eu estou frustrado neste momento, abalado mesmo. Agora pouco vi uma família inteira ser soterrada lá no Baú. Ontem eu tinha tirado todos eles de lá, eles não queriam sair de casa, tiramos eles a força de lá, foi uma situação de muito desespero, tiramos todos ontem com grande dificuldade. Agora, estávamos lá resgatando mais pessoas, com essa chuva toda, com ventos fortes, pouca visão, perigo de mais deslizamentos e avistamos a mesma família de ontem, eles resolveram voltar para casa, contrariando nossa orientação, e vimos eles serem sugados pela lama, sem poder fazer nada, nós estamos chocados, muito tristes, é muito difícil ver tudo isso...” contou o comandante pelo telefone. No estúdio da Guarujá a emoção foi geral e ninguém arriscou dizer uma palavra. Pedi o intervalo comercial do jeito que pude e sai para tomar uma água.
Aqui em Florianópolis, a anti-vedete daquele show de horrores era a subida do morro do Cacupé, às margens da SC 401, numa curva onde um espetacular deslizamento engoliu a estrada, um caminhão e a vida de seu motorista. Dias depois do evento quase indescritível no rádio, cena crível só com imagens, as máquinas tentavam recompor a via, mas o cenário devastador transformava os robustos caminhões das empreiteiras em carrinhos de brinquedo.
Resolvi ir até o local e vi a impressionante revolta da natureza. Quando cheguei na redação da Guarujá contei a cena no ar e escrevi no Blog, sob o título “Medo na encosta”. Postei assim: “Estive na terça à tarde (28) ali na SC 401, na altura do Cacupé, onde desmoronou aquele monte de terra sobre a estrada. É espantoso o volume, é assustadora a cena, parece que ali houve um bombardeio. Fiquei impressionado. Ao chegar, encostei minha moto logo ao pé da encosta que sobrou. Olhei bem no alto, inclinando o olhar em 180 graus, respeitando aquele morro rebelde, bravo e bêbado d’água. Ele parecia falar, “não me agüento mais de pé…” Olhei e tive medo. Peguei a moto e sai de perto, como me afastando de um “alien” exausto, sonolento e fora de controle. Estacionei mais longe e fiquei sobressaltado na cena, observando o movimento das máquinas trabalhando nos escombros. Notei que o motorista da retroescavadeira avançava sobre as terras e pedras revoltas como quem cutuca uma onça com vara curta. Um olho na caçamba, outro na enorme encosta trêmula, drogada… Pensei ali na "Rosa de Hiroxima" de Vinicius, cantada pelos Secos & Molhados, aquelas encostas “… rotas alteradas; pensem nas feridas; como rosas cálidas…”
Escrevo este pequeno relato sobre as enchentes e o desastre que sofremos no final daquele 2008 com atraso. Conto com a compreensão dos editores desta obra e entrego meu material em cima da hora. Coincidência ou não, escrevo aqui com a atenção e preocupação também, voltada para uma nova cobertura da Guarujá sobre cheias, novamente, em todo o Estado, quase um ano depois. A Epagri/Ciram prevê que vamos ter mais chuvas nas próximas semanas. Torço não precisar escrever novo relato.
Florianópolis, 29 de setembro de 2009.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Dário e Dilma, sem miopia e com pré-sal

Duas figuras estarão circulando hoje na cena política na Capital. A super ministra Dilma e – olha quem apareceu...! – o prefeito Dário Berger. Ela estará na Assembléia Legislativa participando de um seminário sobre o pré-sal catarinense. Acreditem, aqui também tem! Tomara que não chegue mais nenhum projeto-relâmpago na Câmara para privatizar também o tal “ouro negro”. Já ele, está de volta, depois de uma operação para tratar de uma miopia e reaparece do mesmo jeito de foi, silenciosamente. Nem no site da Prefeitura está registrado o retorno de Berger, que, aliás, aconteceu dia 18, jura o Fenelon Damiani.
Não queria fazer essa ironia, já que a “deixa” é tão previsível, mas neste País nada parece ser óbvio. Então vai lá: está resolvido o problema de miopia do prefeito. Nos olhos..., pelo menos. Vamos continuar observando.

Nem todo “conselho” é bom

Manobra no Conselho Municipal de Saneamento - autorizado lançamento de efluente de estação de esgoto na Baía Sul.
O colega Celso Martins, sempre alerta, traz mais uma vez o assunto ambiental lá do seu Sambaqui. Vale dar uma conferida no seu Blog.
Importante que cada cidadão repudie sempre as presepadas contra a natureza que ainda existe. E não me venham com explicações técnicas e desenvolvimentistas. Nada explica essa picaretagem contra o Planeta.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O poste fez xixi no cachorro

Quando me contaram hoje à tarde por colegas de redação achei que fosse gozação. Agora, em casa, resolvi fazer uma busca e vejam o que eu encontrei.
Traficantes comunicaram aos moradores de Santa Cruz do Sul/RS que vão deixar de vender crack a partir do dia 10 de dezembro. Avisaram também que vão impedir que outros grupos ofereçam a droga na região. Traficarão somente maconha e cocaína.
Em entrevista ao jornal Gazeta do Sul um entregador de drogas revelou que a onda de furtos e roubos decorrentes do consumo do crack estava "prejudicando os negócios". Os traficantes estariam preocupados com o desgaste da própria imagem e com a excessiva exposição, que poderia atrair a atenção da Polícia.
Imagino o constrangimento do major Valmir José dos Reis, comandante do 23º Batalhão da Brigada Militar local. Ele disse à Gazeta que não acredita em "promessa de traficantes".
Alguém duvida que o crack vá desaparecer da cidade? "Crack, nem pensar!"

O PAC da covardia!


Foi revoltante o relato que ouvi ontem. Uma senhora me contou o drama que está vivendo. Ela está grávida, tem dois filhos e não tem marido. Ela é uma das moradoras do Maciço do Morro da Cruz e ocupa uma área irregular. A prefeitura esteve lá na segunda e espalhou o terror entre as famílias e avisou que até o final da semana voltará para botar tudo abaixo.
Como consolo as “otoridade” vão fornecer por três meses o que chamam de “ajuda aluguel”, no valor de R$ 300,00. Qualquer um sabe que este dinheiro só dá pra pagar um aluguel num barraco precário, como o dela própria em outra área invadida da cidade, como ela. Ou seja, o terrorismo imposto aqueles moradores carentes só vai fazer, no máximo, o problema mudar de lugar. Mas, dizem que é o PAC.
Queria ver essa gente de máquina ligada, demolindo barracos nos morros em época de eleição, municipal principalmente. Covardes, infames, mentirosos!! Me lembrei dos tempos de guri, quando a gente via um marmanjão batendo num menor: "vai fazer isso com alguém do teu tamanho, seu prevalecido!" PAC que pariu!
Está nos jornais que a Prefeitura está construindo 400 casas para abrigar estas famílias carentes. Então eu me pergunto, porque não terminam as casas e depois transferem as pessoas, com bom senso, educação e respeito as pessoas?
Bom senso, educação e respeito, ... esses valores raros entre nós...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quase deu Procon


Dona Angela foi comedida. Fiquei um pouco frustrado, confesso. Talvez não tenha feito boas perguntas e isso pode ter sido o problema. A deputada do PP e eu, talvez, estivéssemos pouco inspirados. Acontece. Os leitores do Blog poderiam me denunciar no Procon por propaganda enganosa. A entrevista que anunciei como um rompimento do silêncio não aconteceu.
Como consolo, apenas uma declaração morna sobre a Zona Azul. Como criadora da modalidade, disse que se há “desvios” e “indicações políticas” – como afirmou o vice-prefeito e secretário dos transportes, João Batista Nunes, “isso está ocorrendo agora, na minha época isso nunca aconteceu”, garantiu Dona Ângela.
A ex-prefeita visivelmente não quis polemizar com a senadora Ideli Salvatti. A eleição do ano que vem terá momentos curiosos. Ângela e Ideli vão disputar a popularidade do presidente Lula, já que o PP participa do Governo Federal e o apóia. Ninguém se espante se Lula, no primeiro turno, não aparecer no Estado. Ele conta com os votos do PMDB para eleger Dilma, os mesmos que engrossou suas duas eleições.
O único momento que Dona Ângela mostrou o conhecido estilo foi quando lhe provoquei sobre as dificuldades de passar pela aprovação interna de seu partido. – Isso é conseqüência da derrota de Esperidião para Dário? – perguntei. “Não, não, muito pelo contrário, quem fez mais de 40% dos votos, sozinho numa eleição, tem que se orgulhar...”, lembrou a pré-candidata.

Ângela vai romper silêncio


Acabei de confirmar. Dona Ângela será a pauta de logo mais, no Conexão da Tarde, a partir das 2 da tarde na Guarujá, numa entrevista exclusiva.
Depois muitas citações e agulhadas disparadas pela administração Berger, toda vez que falamos de transporte coletivo, mobilidade urbana e congêneres. A deputada do PP e ex-prefeita tem permanecido quieta. Hoje promete. Ela vai romper o silêncio e esquentar um pouco a chapa desta conjunturazinha enjoada e previsível no Estado.
É bom que Dário esteja bem do aparelho auditivo, já que o visual lhe obrigou a uma licença médica. Ângela Amin, se não me engano, irá engrossar a necessidade de boas explicações do prefeito na sua volta daqui uns dias. Quem ouvir verá.

Jornalismo de entretenimento na Guarujá

Tem sido muito interessante a resposta que temos no Revista Guarujá, todo sábado, das 9 ao meio dia. É um programa de jornalismo de entretenimento, com quadros e esquetes que produzimos ao longo da semana, com a parceria da Rede Eldorado de São Paulo.
O rádio precisa ter estes espaços, onde a gente ri da gente mesmo e tira uma onda com esta vida, tantas vezes, muito azeda. Fundamental, vez por outra, dar de ombros pra tudo isso e relativizar essa factualidade toda com uma boa gargalhada ou, pelo menos, numa dose dupla - on the rocks, de ironia.
Minha participação nisso se dá no “Dedo de Prosa com Rui Guimarães” e numa crônica semanal. Com o Rui, faço uma edição de uns 6, 7 minutos a partir e um papo descontraído, gravado com ele durante a semana. A cada três semanas gravamos uma hora de conversa e rimos um bocado. Eu fico só estimulando o Rui a contar causos e só ele usa o microfone. Depois recorto trechos e “trilho” sons e músicas que tem tudo a ver com as histórias do grande Rui. Saem verdadeiras pérolas desse estilão mineiro dele, um pequeno show da malandragem refinada e inteligente do velho Rui. Esta é do sábado passado.


Na crônica, a idéia é fazer um resumo das notícias da semana, levando em conta o inusitado e o hilário. Uso tudo que foi pro ar na programação da Guarujá e incluo trilhas e efeitos e o negócio vira um bom compacto do dia-a-dia nada ortodoxo, como digo. O esquete é inspirado naquela crônica eletrônica que o Alexandre Garcia fazia no Fantástico, nos anos 80. Acho que muita gente lembra. Era bom demais.
Já faz duas semanas que posto a crônica aqui. No alto do Blog, à direita, as últimas do sábado.

domingo, 15 de novembro de 2009

“Papo com Jazz”

Na sexta passada, saí da Rádio tarde, como de costume. Passava das dez da noite. No estacionamento das motos, entre as mesas do Kibelândia, encontrei o Les Paul, um dos mais brilhantes blogueiros da cidade. Tenho um carinho especial com este blog. Um bom gosto rebelde, criativo, transgressor, que agrada e atrai. É o velho Rock And Roll que sempre corre na veia da gente, desde 60.
Comentei com ele, em primeira mão, que eu e o Beto Laus, o Comendador-Mor, estamos planejando e ensaiando um programa de rádio que promete. Já tem até nome provisório: “Papo com Jazz”. Durante uma ou duas horas, conversamos sobre tudo, sem reserva nenhuma. Podemos convidar amigos. O clima é de um “pub”, uisquinho rolando, a boa conversa e tudo isso amarrado num playlist cuidadoso, com jazz e blues.
Inicialmente pensamos em gravar durante a semana, para ir ao ar no sábado, a partir das dez da noite, com reapresentação no domingo, talvez, na Guarujá, nas ondas de rádio ou pela Web. O Fábio Comelli se entusiasmou com a idéia e liberou que fizéssemos um piloto experimental.
Dias desses resolvemos gravar uns minutos, só pra ver no que daria, em forma de uma entrevista, sem o formato exato, só o papo descontraído mesmo. Foi ótimo. Rimos muito e o clima rolou fácil. A coisa pode acontecer mesmo.
Assanhado com a idéia, o Les Paul me pergunta “quando começam os colóquios”.
Qualquer hora dessas, meu velho...
Deixo aqui uma canja do papo com o Beto. O clima do “Papo com Jazz” vai ser este.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Paquidermes agridem jornalistas


A senhora Maria Regina Garcia, diretora do Sindisaúde - o sindicato dos servidores da Saúde (sic..., saúde?) do Estado, avançou ontem à tarde sobre o repórter-fotógrafo do Notícias do Dia, Marcelo Bittencourt com tapas, chutes e puxões de todo tipo. A dublê de sindicalista queria impedir que fosse registrada a precariedade do atendimento de pessoas acidentadas no Hospital Regional São José. No momento da agressão, um homem com o osso do braço deslocado, abaixo de morfina para estancar a dor, procurava por atendimento. A confusão se deu em dois incidentes. Enquanto Bittencourt driblava os ataques enfurecidos da mulher, a repórter também do Notícias e da Rádio Guarujá, Carol Gonzaga, também era agredida por outra ativista despreparada e fora de controle. Carol levou um tapa no rosto que lhe tirou um dos brincos, além de uma ouvir uma série de ameaças e impropérios. Carol e Marcelo mantiveram-se no local e registraram tudo, como manda o bom jornalismo. O fato está nas páginas do diário, edição de hoje.
A presidente do Sindisaúde, Edileuza Fortuna, está afastada do cargo. Ela sempre foi uma dirigente sindical educada e com bom relacionamento com a imprensa. Os funcionários da Saúde em SC tem razão. Ganham pouco, é uma vergonha o que o Governo paga. A greve é uma ferramenta de luta de todo trabalhador e a população, na maioria das vezes, entende o valor da “briga” e, historicamente, oferece seu sofrimento como solidariedade.
Mas quando a truculência, a deseducação e a radicalidade ocupam o lugar do bom senso, toda compreensão cai por terra e a hostilidade passa a ser a grande vedete.
Ainda tenho certeza que estes poucos pseudo-dirigentes histéricos sejam uma exceção no movimento da Saúde. O Sindisaúde saberá o que fazer eles.
Como coordenador de jornalismo da Rádio Guarujá, vou solicitar que o Sindicato do Jornalistas de SC e a Fenaj se pronuncie, repudiando tal comportamento. Acredito que o Notícias do Dia também fará o mesmo.
Para quem já possa ter dúvidas, adianto que deste lado permaneceremos na trincheira do bom jornalismo, ouvindo, investigando e relatando os fatos. Bofetões, baixarias, ameaças, uso da força em qualquer sentido, são apenas estímulos ao nosso trabalho. O jornalismo brasileiro da nossa geração foi forjado abaixo de temporais bem piores. Estamos preparados e serenos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ideli e Bornhausen medindo forças


Entrevistei ontem a senadora petista Ideli Salvatti. Hoje foi o deputado federal democrata Paulo Bornhausen. As duas assessorias trabalharam firme para “emplacar” os dois. A senadora queria capitalizar os R$ 4 bilhões para a Educação, ainda este ano (R$ 7 bi no ano que vem), resultado de sua PEC (Projeto de Emenda Constitucional). Disse que chorou, comemorou e até foguetes soltou. Fiquei curioso em perguntar se os foguetes eram aqueles sinalizadores de emergência, já que a comemoração foi na exata noite do apagão, a mais nova pedra no sapato de Lula. Ela garantiu – sem metáforas - que em Brasília não faltou luz. Na entrevista, Ideli pegou uma carona para 2010 e não poupou o governador Luiz Henrique. Jogou no colo dele os atrasos na dragagem do Porto de Itajaí, onde se discute a profundidade certa do seu calado. “É difícil convencer as pessoas que pra gente fazer um buraco de 14 metros você tem que passar primeiro pelos 12 metros , e tem um povo que às vezes é meio teimoso...”, ironizou a senadora.
Coincidência ou não, um dia depois de Ideli, uma boa assessoria nos facilitou um papo – um pouco requentado, é verdade, com o deputado Bornhausen. Virou uma entrevista interessante. Ele topou as provocações e devolveu com boa esgrima as trapalhadas lá do Porto para o colo da senadora. Foi ligeiro na esquiva, quando lhe perguntei se as farpas, de lado a lado, já eram os ânimos afiados de 2010. Bornhausen evitou mais confrontos com Ideli, mas aproveitou o link pra mandar um recado com cópia para o Centro Administrativo: “ando é afinado com o meu candidato ao governo, que é o senador Raimundo Colombo”, completou.
Essas eleições prometem.

domingo, 8 de novembro de 2009

407 mil delinqüentes engraçadinhos no 192

De cada três chamados que o SAMU recebe aqui na Grande Florianópolis, um é trote, ou seja, alarme falso, uma brincadeira de péssimo gosto, de adultos, adolescentes e crianças.
O SAMU (Serviço Móvel da Urgência), que atende no 192 em muitas cidades do País, está fazendo 4 anos de atividade. As informações são da sua coordenadora no Estado, Cristina Pires, em entrevista que fiz na Guarujá. Dos 1,2 milhão de ligações, 407 mil são de idiotas. Eles tem o requintado cuidado de, na maioria das vezes, usarem “orelhões” para não serem identificados. Quando são, ganham como punição da Justiça o fornecimento de bisonhas cestas básicas a comunidades carentes. Pouco para um protótipo de delinqüente que se acha engraçadinho.

O nosso antônimo fiscal

Mais de 110 mil empresas no País tem dívidas com a União. São pesados impostos que formam a chamada carga tributária nacional, responsável por mais de 35% do BIP.
Uma curiosidade: 29% das empresas que operam aqui, listadas na Bovespa – que estrelam o mundo de celebridades da Bovespa, tem algum tipo de irregularidade junto ao Fisco.
Assuntos tratados na sexta última, numa entrevista que fiz com o professor e advogado tributarista Felipe Fabro. Um jovem, fala mansa, determinada, precisa, que passa confiança. Uma conversa clara, que destrinchou bem aspectos interessantes de um assunto tão árido para a maioria.
Perguntei qual o país modelo, do qual se poderia invejar o sistema tributário. A Alemanha, respondeu sem hesitar o especialista. E o segundo? Não importa, porque do segundo em diante todos se assemelham e apresentam problemas sérios. Os motivos desta invejada solidão alemã? Cultura de sobriedade, índice baixo de corrupção, confiabilidade dos setores produtivos nas administrações públicas e boa educação, de forma geral, como tradição.
Triste dizer, mas as características germânicas são nossas exatas antonímias.
Pra não ser tão ácido, vamos levar em conta a nossa tenra idade e as vezes que somos maiores do que a terra de Einstein.
A boa ilustração do post

Às favas o sentido e o conteúdo!

“O ser humano precisa aceitar que a vida é sem sentido e vazia”. A frase é do Woody Allen, em grande forma intelectual. Ele não admite ser um pessimista. Entende que é um realista. Mas quem disse que ter a vida preenchida com alguma coisa e ainda com um sentido é garantia de que tudo esteja bem? Tendo a ficar com as ilimitadas possibilidades da imaginação, livre de qualquer reflexão “woodyana”, pessimista, realista ou qualquer outra coisa que valha.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A ribalta de Nunes

Entrevistei na Guarujá por quase uma hora o secretário municipal dos Transportes e Vice-prefeito da Capital João Batista Nunes. Ele veio com seus técnicos da Secretaria e defenderam os enxugamentos no sistema de transporte coletivo da cidade. Aponto aqui algumas de suas considerações mais importantes e polêmicas:
- Em 20 anos de concessão o município já gastou com subsídios cerca de 100 milhões de reais;
- Enxugar horários de linhas e até linhas que circulam com poucos passageiros garantirá, em médio prazo, uma tarifa mais barata e mais horários nos momentos de pico;
A idéia do secretário é preparar o sistema para a nova concessão que está em discussão na Câmara dos Vereadores, com a mudança dos critérios da planilha que rege o valor das tarifas, que hoje segue um cálculo por quilômetro rodado apenas. A tentativa é fazer um mix entre o que é rodado com o volume de passageiros;
- O secretário dimensiona como o responsável pelas badernas na cidade o assessor de comunicação do Sintraturb e adianta que dará tratamento adequado a ele. Sabe-se lá qual;
- O Vice-prefeito avisa que tomaria atitudes ainda mais ousadas se fosse mesmo o prefeito da Cidade. O comentário se insere na utilização maior do bilhete eletrônico;
- João Batista Nunes está convencido que o sistema reordenado tem capacidade de absorver os cobradores, recapacitando-os para outras funções nas empresas concessionárias;
- O Vice não confirma, mas está clara a sua certeza de assumir de forma definitiva o governo municipal em 2010.
O secretário tá se achando mesmo na ribalta e Dário, na coxia, só dirige a cena.

Que nojo disso tudo

“Santa Catarina é referência e modelo de segurança no País. Só se ouve falar mal da segurança de Santa Catarina aqui em Santa Catarina.” A declaração é de agora pouco, do secretário de Segurança do estado, deputado Ronaldo Benedet, na Assembléia Legislativa. Estão tratando das imagens vergonhosas de 2008, só divulgadas agora, sabe-se lá por que razão.
Numa rápida pesquisa no Google, achei estas informações. Está no site Pastoral Carcerária: “Santa Catarina sobrevive uma insegurança pública. Tem 12.500 presos e apenas 6.475 vagas, um déficit de 4.633 vagas. Há no Estado 10 mil mandados de prisão a cumprir. O Governo do Estado, desconsiderando Art. 88, b da LEP7210/84, que limita 6m² para cada preso cumprir pena. Além disso, é comum, presos provisórios em regime fechado com presos condenados, confirmando a infração do art 84 da mesma lei. Superlotação é violação de direitos humanos e dos direitos previstos na Lei de Execução Penal 7210/84.
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XLIX, assegura aos presos o respeito à dignidade física e moral. (...) Dúvida não resta, portanto, de que é do Estado o dever de manter condições minimamente aceitáveis de encarceramento, obrigação essa que não vem sendo respeitada em Santa Catarina. O Estado é o único Estado no Brasil que ainda não implantou a Defensoria Pública. No seu lugar, a Defensoria Dativa nada faz diante do descaso da superlotação nas Unidades Prisionais. A Defensoria Pública é uma das instituições jurídicas garantidas pela Constituição Federal e cuja função vai além de prestar assistência judicial aos encarcerados. Ela atua de forma conciliadora, auxiliando a reduzir demandas desnecessárias ao judiciário. A Defensoria Pública é considerada, ao lado do Ministério Público e da Advocacia Pública, essencial à Justiça, devendo orientar e defender, em todos os níveis e situações, os menos favorecidos, conforme dispõe o art 134 da Constituição Federal. Equivocadamente, a Constituição do Estado de Santa Catarina regulou a Defensoria Pública como sendo a exercida pela advocacia dativa (Advogados gratuitos da OAB/SC) e assistência judiciária, conforme seu artigo 104.
Em Santa Catarina , cada preso custa R$ 1.400,00 por ano. A comida é de péssima qualidade, chegando muitas vezes estragada ou crua. O Estado não fornece uniformes, os familiares têm que trazer as roupas e alimentos. Houve diversas denúncias de maus tratos a presos, por motivos banais como cantar na cela ou comemorar um gol marcado pelo time do preso (Fato ocorrido no Complexo Penitenciário de Florianópolis em 2007). Presos já foram transferidos, e outros submetidos a punições disciplinares sem autorização do juiz e sem o devido processo legal. De acordo com a direção do presídio, há um assistente social e três psicólogos para atender os internos. Juizes e promotores dificilmente inspecionam as unidades prisionais.
As queixas relativas à superlotação e falta de assistência jurídica são imensas. “Você sabe o que é dormir de ‘valete’”? A expressão é usada pelos detentos para explicar que dois são obrigados a dormir na mesma cama de solteiro, um dorme com a cabeça para o encosto da cama, e o outro, ao contrário, com os pés em direção ao mesmo encosto, parecendo a carta do valete no baralho, com uma figura em posição normal e a outra de ponta-cabeça. Tal posição também é chamada de “69”.
A falta de assistência médica, os castigos constantes e o comportamento de agentes que resolvem qualquer problema na “base da porrada” são expressões que a Pastoral Carcerária ouve no cotidiano do trabalho realizado. Os detentos dizem e a Pastoral Carcerária comprovou que há até uma cela “especial” para serem espancados ...”
Se quiser ler mais, acesse Pastoral Carcerária.
Os governistas estão querendo, equivocadamente, explicar os fatos – inexplicáveis – com um discurso mirado no retrovisor da história. Citam que os governos passados, que não fizeram nada. Citam-se para dizer o quanto fizeram. A discussão não é esta! As providências exigidas, a auto-crítica exigida e a indignação exigida é com relação à tortura e espancamentos corriqueiros no Estado. Abrir sindicância com prazo de 30 dias e afastamento de uma pessoa é muito pouco. É quase um deboche!
O problema é político, a velha e nojenta disputa política. Para se defender interesses pessoais e corporativos não se pensa duas vezes em usar os miseráveis presos do Estado como se fossem sacos de esterco.
Que nojo estou! Constrangimento absoluto como ser humano! Que vergonha!

Na Telefunken o tri!

Passava pelas ruas do centro da cidade, ontem, e me deparei com esta relíquia. Encontrei com meu passado. Neste aparelho Telefunken assisti com 9 anos de idade a Copa de 70. Em cores, Félix (1), Brito (2), Piazza (3), Carlos Alberto (4), Clodoaldo (5), Everaldo (6), Jairzinho (7), Gerson (8), Tostão (9), Pelé (10) e Rivelino (11). Escrevo esta escalação da Seleção, tri-campeã no México, totalmente de improviso, sem pestanejar. Quem não teve um time de botão com estes nomes?
Nem sob tortura (é melhor não falar muito nisso, pra não inticar com a paciência do pessoal do vídeo aquele de domingo...) digo aqui em qual “bric” vi este belo aparelho quase intacto. E notem o detalhe: sobre ela há um importante acessório, muito disputado na época. Uma espetacular e mágica lente de aumento, colocada em frente do tubo de imagem. Ficávamos estarrecidos diante daquele verdadeiro “cinemascope”. Anos mais tarde, em 1975, víamos nela “Gabriela”, pendurada no alto de um telhado, deixando “Seu Nacibe” e demais homens de Ilhéus/BA desesperados. Que maravilha!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os estudos do secretário amanhã

Hilária a entrevista com o secretário dos Transportes e Vice-prefeito de Florianópolis, João Batista Nunes. Ele falou sobre os incidentes de hoje pela manhã, os quebra-quebras no Ticen e a “necessidade de enxugar” os horários de linhas ônibus na Capital.
O secretário teve dificuldade de explicar porque a Prefeitura não abre os tais estudos que levam a esta conclusão esdrúxula de extinguir horários e não criar mais. Florianópolis deve ser a única cidade no país que apresenta este quadro de redução de demanda. João Batista prometeu voltar amanhã, às 4 da tarde para mais uma entrevista, desta vez mais demorada, para defender melhor sua posição.
O secretário se apressou em dizer: “vou junto com meus técnicos, faço questão que você os conheça...” Tá combinado.

O livro de Colombo

Um momento desses engraçados, ontem no Conexão da Tarde, na Rádio Guarujá. Iniciava a entrevista com o senador Raimundo Colombo e a informação que recebi da produção veio um pouco truncada. Dizia sobre o livro do senador que está sendo lançado: “O Povo Sem Rosto e Endereço”. Achei curioso o título e mandei bala: - E então senador, nos fale um pouco do livro... E repeti o nome da obra. E o senador, um pouco reticente: - Olha, Marcelo, o nome é exatamente o contrário, “O Povo Tem Rosto e Endereço”, isso que você falou é lá no Senado, onde a coisa vai mal, emendou Colombo. Acontece.
Na conversa, o senador revelou que se decepcionou com a Casa e se há uma certeza na sua pretensão é não concorrer mais ao legislativo. Quer somente prestar serviços no Executivo. Papo de pré-candidato ao Governo, na esfera que for possível.

Silêncios por aqui

Peço, mais uma vez, a compreensão dos leitores do Blog. Ando ausente aqui. Muito trabalho. Jornalista não descansa como todo mundo. Feriado é de pauleira pura pra nós. Ninguém deixa de ler, ouvir e ler nesses dias. Pelo contrário. E os fatos transbordam. Cá estamos.

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