quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Rita, que recuperou meu dia, com seus pés

Ganhei meu dia, talvez, meu mês, hoje. Entrevistei na Guarujá a artista plástica Rita Boz. Ela pinta com os pés. Aliás, faz tudo com os pés, por que não tem braços, vítima que foi do Talidomida.
A Rita é uma parada, uma lição pra todos nós. Num dia que fiquei me recuperando da barbaridade de ontem no Congresso Nacional (caso Jaqueline Roriz), a Rita me encheu o coração de boas energias.
Vale conferir a entrevista, em duas partes, no Canal do YouTube, ou aqui mesmo.

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Homem de sorte lá de Brasília

Ouvi nas minhas andanças e poderia ser em qualquer cidade do interior, onde a franqueza e a honestidade ainda reinam soltas.
Um velho matuto, calmo, muito firme nos seus princípios, bem informado e de poucas palavras com quem é de fora, recebeu na quadra de bocha um desses políticos de vergonha reduzida, sempre envolvido nos contratempos de CPI’s, em Brasília.
Já na entrada, o cara pálida se alastrava: - Meu grande irmão, mas como vai esta figura...?! O velho lhe olhou, de alto a baixo e lascou sem perdão: - Não me consta que vossa excelência seja meu irmão, mas mesmo assim é um homem de sorte, por que o meu velho pai era capaz de matar até um filho se ele fosse ladrão...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

De joelhos, o mestre faz graça e nos emociona

Tenho tido o privilégio de dividir a apresentação do Conexão da Manhã, pela Guarujá, com o Walter Souza. O Walter, além de tudo que ele é - esse monstro sagrado da tv e do rádio catarinense (71 anos de vida e 50 de comunicação, acho que é isso...), o mestre é um figuraço. Dono de um bom humor incorrigível, tem me obrigado a conte-lo, invertendo os papéis, parecendo, muitas vezes, um contraponto careta da minha parte, chato quase sempre, mas imprescindível.
O Walter é um guri irrequieto, pronto pra qualquer piada. Ele quase perde o amigo mas não o trocadilho. Ele arrisca muito, na verdade. Fica entre o hilário e o irônico e nos lembra, a todo momento, que vale a pena enfrentar a vida e os seus reveses de peito aberto e sem medo. Sei bem que o mestre não está investido de toda a alegria que ele emana no ambiente de trabalho. Há um lamento, profundo e de grande amor, que ele quase nos confunde e esconde. O Walter é um raro, é um guerreiro. Talvez ele não saiba o quanto.
Dia desses registrei um momento pitoresco que ele nos reservou. Na arrancada do programa, ele debocha da falta de cadeiras no estúdio. Cede a sua para um colega que está no ar e fica de joelhos, fazendo graça como um menino travesso. O gesto pode ser visto, também, como uma homenagem, uma devoção aos microfones que já passaram por ele e o respeito que ele tem pelo público e seus colegas. Taí, o Walter, de joelhos, orando a vida, na verdade mesmo!
Tá valendo, mestre!!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

As neuras femininas e o que mais elas tem...

“A dor já vem com data de vencimento marcada no fundo poço.” Este é um fragmento do “O que ela tem que eu não tenho?”, da escritora Luciana Von Borries, lançado recentemente pela Prumo Editora.
É uma tentativa eficiente de explicar um pouco o mundo feminino diante do primitivismo da grande maioria dos homens. – Alô, é você? Quero te dizer que acabou...! – Mas, como, querida? Me explica melhor isso, não pode ser..., eu não conseguiria viver sem ti, você é a coisa mais importante pra mim...! – Pois é, e você nunca me disso isso, seu burro!!!!
Coisas assim revelam o que elas tem...
Curta a entrevista que fiz hoje com a Luciana.

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Os exterminadores do passado

Um livro de viés antropológico, do professor e historiador Maurício da Silva Selau, revela que o governo brasileiro incentivou o extermínio dos índios Xokleng em toda a extensão litorânea catarinense, com ênfase no Sul.
Foram os imigrantes italianos que tomaram a iniciativa de contratar matadores do povo nativo. É uma idéia que não cabe na cabeça de ninguém, mas não estamos muito longe deste fato histórico horrendo, há pouco mais de 150 anos.
Os imigrantes ganhavam direito oficial para se instalarem nas terras brasileiras. No entanto, não era incomum que estes camponeses fossem atacados a flechadas, na mata e nos campos. Eram os Xokleng, que lutavam pela hegemonia das terras, os verdadeiros proprietários, não reconhecidos pelo governo. A caça a um porco selvagem, a uma capivara, comum para os índios, era considerada um roubo pelos imigrantes que ali chegavam os “novos” donos. O conflito era certo. Na pólvora contra a flecha, adivinhem quem acabou na pior?!
A carnificina foi tamanha que em pouco mais de um século, não restou sequer um representante vivo Xokleng. Foram literalmente exterminados!
Uma história real, assustadora e que faz parte da nossa história, nem sempre feita de boas ações. É o que revela a entrevista com o professor Selau, disponível aqui e no Canal do You Tube, em duas partes, “quentinha”, feita hoje na Guarujá.

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domingo, 21 de agosto de 2011

De volta, com Bisol

Andei um pouco parado. Só um pouco. Muita pressão, arterial, principalmente. Reduzi tudo, ou pelo menos ando tentando fazer isso, em tudo que faço. Tudo mesmo. Mas não estou paralisado. Fiquei dez dias longe da Guarujá. Espero que tenham notado! Nestes dias andei por aí, conversando comigo mesmo e prestando atenção nos que me cercam. Não consegui colocar a leitura em dia. Procurei antigos amigos, camaradas e me oxigenei bastante. Foi bom. Abandonei quase integralmente a Internet. Pouca tevê, no entanto, deu pra rever um antigo mestre, o José Paulo Bisol, na TV Senado. Ele é uma grande figura. Tão grande que resolveu abandonar a política, pequena demais, ultimamente.
Bisol, pra quem não lembra e não sabe, está aposentado, mas foi advogado, juiz, desembargador, homem de rádio e televisão, duas vezes pré-candidato a vice-presidente de Lula, e ex-senador.
Curta as boas tiradas deste raro.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os quadrantes da Guarujá

Da recepção, do estúdio do ar, do estúdio B, da redação. Há muitos ângulos para se ver a cidade, do décimo andar do Edifício Tiradentes. Há outros, que o coração e a vontade se resguardam.

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