quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Abaixo da linha da cintura

A campanha eleitoral deve estar tirando do sério o presidente do PMDB de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira. Estava irreconhecível, ontem, na entrevista que me concedeu no Jornal da Noite/Rádio Guarujá. O tema era provocativo. Uma ação do deputado do PT Padre Pedro Baldissera pede ao Supremo a suspensão da pensão vitalícia de R$ 24 mil, a qual os ex-governadores têm direito pela Constituição Estadual e isto inclui Eduardo Pinho, ex-governador. Visivelmente irritado com o assunto, afirmou que o valor está equivocado, é menos da metade disso e que está dentro da lei e nenhum pouco constrangido. Um experiente político, como Eduardo Pinho é, mostraria fácil desenvoltura para enfrentar com elegância um tema árido como este. Não foi assim. Pelo contrário. Resolveu adotar respostas abaixo da linha de cintura. Descontrolado e desconexo, trouxe à baila uma reunião que tivemos na Celesc, quando fui buscar uma oportunidade de trabalho, como qualquer profissional faria diante do presidente de uma grande empresa. Chamou a oportunidade de “ajuda”, tentando confundir a informação e deixando dúvidas sobre a transparência do que nada houve ou resultou, senão, apenas, uma conversa sobre a conjuntura política e promessas. Na busca do meu constrangimento, o senhor Eduardo só conseguiu encontrar uma estratégia pequena e infeliz, que nada combina com a altura política do dirigente peemedebista. Para que não haja nenhuma sombra de dúvida, escrevo aqui o que já disse no ar: não devo, nunca devi nada ao senhor Eduardo Pinho e nunca tive qualquer envolvimento pessoal com ele, além das afinidades ideológicas, de respeito político e ético que mantive nas últimas décadas. Nada que uns bons minutos de “corner” não recuperem o fôlego de uma estocada assim. Média distância daqui pra frente.

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