quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

As chuvas na salada

É de impressionar a quantidade de orti-fruti-granjeiros que não produzimos aqui. Me disse ontem o presidente da CEASA/SC, Ari Martendal, que mais de 80% dos produtos agrícolas que a instituição distribui são de outros estados. Alguns vêm até do Pará. Abacaxi, manga, mamão, uva, melancia, melão, pêssego, morango, laranja, batata, cebola, tomate, beterraba, cenoura…, nada é daqui! Martendal explica o fato, decorrente do tipo de agricultura que temos, familiar, de pequenas propriedades rurais, o que dificulta as plantações em larga escala, com uso de tecnologias sofisticadas, irrigações artificiais, estufas e cultivares em “clusters”. Assim, ficamos num modelo bem mais artesanal, de produção sazonal, quase de subsistência. A entrevista com o ex-prefeito de Antonio Carlos, no Jornal da Noite/Guarujá tinha o endereço nas enchentes e os estragos no cinturão verde na Grande Florianópolis. Martendal conta que desde o início de novembro ninguém planta nada em virtude das chuvas. E avisa o pior: em uma semana, os preços desses produtos terão reajustes de preços de no mínimo 50%. Mesmo os básicos (alface, chicória, salsa, cebolinha – os chamados verdes, estes daqui) terão que vir dos estados vizinhos e com qualidade menor.

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