quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Escorregada fatal e comum no ar

Nessa época de fechamento de “Operação Carnaval”, quando policiais e imprensa falam tanto de acidentes e comparam os números com os do ano passado, um escorregão muito comum bate como uma bigorna desafinada em nossos ouvidos. É a tal da “vítima fatal”. Já vi gente boa, famosa, muito competente usar a expressão. Então, pessoal, vamos cuidar com o vernáculo.
O adjetivo "fatal" - aquilo que provoca a morte - é pouco adequado para qualificar o substantivo "vítima". Assim, o que pode ser fatal é o acidente, não a vítima. Simplificar sempre é o melhor caminho. Melhor, usar o termo "mortos" no lugar de "vítimas fatais".
Tão tá!

2 comentários:

LesPaul disse...

Caro Marcelo, a vítima era uma loura voluptuosa de gênero indefinido, pinta estilo Marylin Monroe no canto dos carnudoslábios vermelhos, meia arrastão com alguns rasgos oriundos da refrega que começava todos os dias no início da tarde, ali nas cercanias do Mercado Público. Não parou até ser encontrada nos fundos do muquifo aonde ganhava míseras migalhas em troca de seus insalubres serviços. Afinal, a vítima era ou não era FATAL?

Marcelo Fernandes Corrêa disse...

A grande verdade, meu caro LesPaul é que nada posso fazer, neste caso. Me rendo e me entrego a todas as licenças gramaticais e poéticas. A vítima, neste caso, é realmente fatal. E ponto final!
Um abraço, velho!

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