segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A "zona” que virou

O prefeito Dário Berger, vez em quando, tira a gente do sério. Age, como não é de seu costume, subestimando a paciência da mídia e da população, ao exagerar na forma “patroladora” de fazer política e tomar decisões, quase nos parecendo crer que desconheça o que é uma articulação política.
É bem o caso do projeto que aterrissou na Câmara dos Vereadores da Capital semana passada, feito um pára-quedas, o qual pretende privatizar a empresa pública Zona Azul. O constrangimento é tamanho, que nem mesmo os parlamentares da base do governo municipal sabem explicar de onde veio a idéia. Sendo assim, vamos, então, evitar comentários sobre o que pensa a bancada de oposição.
Os trabalhadores da Zona Azul estão em greve, desde sexta passada. Ninguém sabe dizer ao certo com quem o prefeito conversou sobre o assunto para ter esta inspiração antes de sua viagem ao exterior, deixando com o seu vice, João Batista Nunes, este pepino na mão. O assunto – de tão mal encaminhado, tirou até o presidente Gean Loureiro do circuito. Ele sumiu esta tarde quando o procuramos para falar do tema.
Nem é o caso de se entrar no mérito da privatização da Zona. Uma “zona” mesmo virou a sua tramitação no Legislativo, urgente e bizarra. Ninguém sabe de nada.
Pra quem pretende ser a “carta da manga” do partido para entrar na disputa eleitoral de 2010, a truculência deste episódio só fará seus pares pensar com mais cautela que tipo de solução estará se criando.

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