sábado, 12 de dezembro de 2009

“Guard rail” do desrespeito

Passe agora pela SC 401, sentido centro-bairro, e fiquei com pena dos turistas e motoristas em geral que vão no sentido contrário. Um engarrafamento que começa em frente ao Cemitério Jardim da Paz e vai até onde os olhos podem enxergar. Imagino que a fila dupla já deve estar perto lá do Centro Administrativo. Coincidência ou não, É bem ali que reside o problema. Explico: o motivo do trânsito caótico é que uma empreiteira está fazendo a manutenção dos “guard rail’s. Mais de uma dezena de operários soldam as peças, como se não estivéssemos em plena Operação Fim de Ano, época em se verifica o maior número de carros na cidade e, principalmente na SC 401, destino de mais de 70% dos nossos turistas.
Como a estrada é estadual a responsabilidade é do Governo do Estado, precisamente o Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), sob o comando do engenheiro Romualdo França. Agora mesmo estive visitando o site do Deinfra (http://www.deinfra.sc.gov.br/mapavivo), mas um tal de “mapa vivo” está tentando abrir com informações e desconfio que o pessoal vai terminar os reparos nos “guard rail’s” e o “mapa” não terá aberto ainda. É mais uma lenda do “faz de conta que funciona...”
Gostaria muito que o senhor diretor do Departamento divulgasse, pelo menos no site oficial, de forma clara e respeitosa, por que resolveu fazer este “serviçinho” logo no sábado, às portas da temporada de verão. Sou jornalista, trabalho numa rádio da cidade, recebo mais de 200 email’s diários e nada chegou do Deinfra sobre esta manutenção despropositada. Talvez seja para evitar críticas prévias o informe não ocorreu. Ou será que esta manutenção é para o governador ao saber durante a semana que uma obra que poderia ser feita em qualquer mês do ano, menos durante a alta temporada e num final de semana? Ah, já ia me esquecendo, o governador vai para o Centro Administrativo de helicóptero e não ficaria engarrafado.
O que mais revolta o cidadão é a clara demonstração de que o estado - como gestor das coisas do púbico, não toma conhecimento dele, toma decisões e ignora olimpicamente que existimos e que somos a razão de ser dele. Parece que administram coisas, cumprem tarefas como autômatos, esquecem que estamos no meio disso tudo, a mercê desta insensibilidade patológica.
Seriam melhor compreendidos se este comportamento fosse só um desvio doente de conduta, mas é puro desrespeito, desdém mesmo. A prova é que no ano que vem, lá por volta do mês agosto, setembro, ganham as ruas, espaços gratuitos na TV e no radio, nos outdoors e se transformam nas criaturas mais singelas, educadas e cheias de idéias mirabolantes para fazer o que não fazem durante seus mandados passados.
O pior é que a gente acredita, ou somos iguais, em ética e hipocrisia. Cá estamos, neste caos
moral!
Agora me lembrei do Lula. Dá ou não dá vontade de mandar toda esta “m...” às favas?!

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