sábado, 12 de dezembro de 2009

Post de m...

Me lembro que no ano passado, quando usei aqui uma palavrão - o mesmo usado pelo presidente Lula ontem, diante de câmeras e microfones, recebi como comentário um puxão de orelha do amigo e procurador do Estado Manoel Cordeiro. Tomei aquilo como uma crítica construtiva e adotei uma postura de não mais usar palavras chulas, mesmo que ela muitas vezes sejam muito adequadas à situações determinadas.
Ontem, vi que os primeiros textos nos sites, rádio e televisão, os colegas usaram o recursos das reticências (“m...”). Todo mundo entende e foge-se do grotesco escatológico. No ar, ainda ontem, fiquei pensando se deveria ousar e dizer a tal m... por extenso. Não fiz. Segui o “m...”, mas fiquei com uma vontade danada de transgredir. Quando me senti assim me dei conta que o Lula, talvez, tenha tido este sentimento também, mas resolveu jogar pra fora. Pode ter feito errado, mas correu o risco, o que me atrai. Não gostei do que ele fez, mas admito que alguma coisa me provoca uma aprovação a Lula. Ele ousou.
Hoje, vejo que boa parte da mídia – até a mais tradicional, como o Estadão, resolveu assumir a citação por extenso do palavrão presidencial. Me causou espécie. Achei agressivo ler aquilo, naquele lugar. De novo do ar, diante do monitor e do microfone, não me senti a vontade em ler a palavra crua. Continuei usando a “m...”
Não gostaria de ler ou ouvir esta “m...” por aí, banalizada. Pode até ser um falso moralismo, dizemos o dia todo coisas piores. Vou pensar mais no assunto e decidir mais tarde o que fazer com esta m...

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