terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Nega mais bonita dessa Ala

Recebi logo pela manhã a notícia do falecimento da Nega Tide.
Fiquei pensando o dia todo nela, entre tarefas domésticas e de lazer nas férias que curto. A todo momento me vinha a figura da Tide. Sorridente, sempre pronta pra briga, pra festa, pra boa conversa, pra boa batalha.
Ela soube viver bem sua vida, cheia de brilhos, do bom samba no pé, da apoteose na Nego Querido e em todas as passarelas que ela pode mostrar como se leva um bom enredo de vida e história.
Ela era exuberante sempre, mesmo mais velha. Deslumbrou de amores, paixões e tesões muita gente boa desta cidade, Estado e País. Uns nem tão bons assim. Oportunistas, aproveitadores de sua generosidade e da forma franca que ela costumeiramente usava para se relacionar com qualquer um.
A última vez que vi a Nega Tide foi na posse de Dário Berger, esta da reeleição. Ela estava filiada ao PMDB. Chegou a ser candidata a vereadora em 2000, mas não teve êxito. O partido não lhe deu a sustentação necessária, como de resto a todos seus candidatos naquela eleição.
Na sua partida fico com uma imagem bonita da Tide. Em 1998, eu e minha mulher passamos o Carnaval com ela, numa agradável e entusiasmada noite no Pirão, no Mercado Público. Muita cerveja, samba, marchinhas e as boas conversas que ela puxava.
Hoje, me peguei várias vezes cantarolando "Quem Te Viu, Quem Te vê", do Chico. Tudo a ver com a Nega. Tá ficando bom lá em cima...

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