Só agora estou lendo “Chico Buarque”, de Wagner Homem, o curador do site oficial do Chico. Através dele – ao longo de onze anos, o autor – que não é do mundo do jornalismo, nem da música (segundo ele mesmo, “deformado em Administração e profissional em TI), copilou esta obra, com boas histórias das muitas letras da nossa unanimidade da MPB.
Pinço uma pérola da ética do Chico: nas muitas parcerias que teve com Tom, o nosso maestro Brasileiro sempre foi meticuloso e costumava esgotar a paciência de seus letristas com mudanças e aperfeiçoamentos. Conta-se que “Garota de Ipanema” quase leva Vinícius à loucura de tantas mexidas que sofreu. Com Chico não foi diferente. Por isso, as composições com Tom sempre tinham um tempo grande de maturação. Coisa de maestro.
Em 1994, quando morreu Tom, Chico tinha consigo diversas músicas dele, prontas para receber letras. Chico não achou justo terminá-las sem os cuidados do mestre. Devolveu todas aos seus filhos.
Num ano eleitoral, com esta política cheia de canastrões, um exemplo de ética. Tão rara.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Ética tão rara
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Um comentário:
Fico feliz que tenhas curtido o nosso presente. Beijocas, pai.
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