domingo, 23 de maio de 2010

Baudelaire, não Bodelaire

A primeira vez que ouvi falar em Baudelair, Charles Pierre Baudelaire, foi num comentário de meu pai. Acho que tinha uns 16 anos. Meu pai contava que o escritor e pensador era uma anarquista, um rebelde de seu tempo. Na época não sabiam exatamente se ele era uma "satânico" ou um "satírico". A Igreja Católica, poderosa como sempre, resolveu que ele era um "satânico". Gozava demais da cara dos beatos de plantão.
Aquela informação dada por meu pai me interessou. Andava no limiar do descobrimento do Che Guevara e do MR-8, que me salvaram a juventude.
Estou mergulhando no mundo amargo, sensível e realístico de Baudelaire. Achei um livro seu, "PEQUENOS POEMAS EM PROSA" - Petits Poèmes En Prose - num sebo - aliás, sou um maníaco confesso por sebos, por coisas antigas....
A razão deste post é que o meu pai me disse há pouco, pelo telefone, que escrevi errado o nome do Baudelaire. Digitei "Bodelaire", nas passagens seguintes, mas na primeira citação ao mestre escrevi certo seu nome, como manda o bom francês. Mas pai é pai. São imperdoáveis, como devem ser, diga-se de passagem. Ele me corrigiu: "- Olha isso é um blog, todo mundo lê, é melhor corrigir...". Eis o post e a correção que já fiz, rapidinho...
Resta dizer que estou me apaixonando pela terceira ou quarta vez por este Baudelaire incorrigível. Adoro ele, o Baidelaire. E o meu pai continua o melhor, há quase meio século que vivo.

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