sexta-feira, 6 de abril de 2012

Passionalidades à solta no Caso Monteiro

O episódio do afastamento do Delegado da Deic, Claudio Monteiro foi um festival de exageros e insensibilidades, tudo consequência de uma passionalidade só permitida a quem não tem responsabilidade.
Os advogados chamam isso de "senso comum", aquilo que é avaliado sob a emoção do inconsciente coletivo, quase sempre recheado de equívocos, carentes de avaliações mais atentas e precisas. Pra se ter uma ideia, teve até colega que sugeriu que o delegado teria estimulado a pena de morte no País. Foi demais!
O delegado Monteiro não deveria ter dito o que disse ("...se vierem para SC, podem ter certeza: vão ser presos ou mortos. Porque se vier para o confronto, nós vamos matar..."). No entanto, não houve, nem em comentários, nem na decisão tomada pelo comando da Polícia Civil/SC, a contextualização do que foi dito. Daí, as trapalhadas.
Óbvio que o delegado tinha que ser punido, chamado a atenção, mas não da forma que vimos.
Há quem garanta que os motivos da exoneração são outros, o que torna a medida de afastamento uma tremenda falta de tato, uma grosseria política, um tiro no pé. Se existem outros fatos, ou se lava a roupa em casa, ou se traga tudo à luz, sem confusões e sem boatos e na hora certa.
Feito do jeito que foi, a opinião pública tomou sua oposição e ficou do outro lado na rua, protestando e, de novo, temos um quadro realimentado pela passionalidade, longe do bom senso.
Perdemos todos, o delegado, o Estado, a sociedade, o jornalismo. Ops! Os bandidos ganharam...

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