sábado, 3 de janeiro de 2009

O centro da Terra


Leio por aí que o homem anda furungando tanto o Planeta que dia desses encontraram, a cerca de 2 quilômetros para baixo da terra, vestígios do magma, essa massa de fogo que constitui o centro da Terra. Deve ter uma explicação parecida com esta da camada de pré-sal. Nosso centro terrestre não deve estar tão perto assim, mas encontramos uma reentrância e lá estava a lama vermelha.
Me lembrei, imediatamente, do “Journey to the Centre of the Earth” (Viagem ao Centro da Terra), do mago dos teclados Rick Wakeman, da década de 70. Aquilo era uma poesia musicada, uma metáfora, em tom de sinfonia, linda, majestosa, por suas harmonias, que nos causava ainda hoje uma sensação de grandeza interior, de como o homem é capaz de produzir a beleza, a arte única e precisa. Tive o privilégio de assistir este show, com uns 15 anos de idade, no Ginásio do Gigantinho, em Porto Alegre. O que vi e ouvi foi inesquecível!
Diante desta notícia, do encontro do magma, lembrei de Wakeman, mas a sensação que me veio foi a de medo, de pânico até, se pensarmos melhor o que isso pode significar.
Penso que o homem precisa reaprender a fantasiar, sem que isso tenha que se converter, exatamente, em realidade. Lennon não pode ter razão. Sonhos precisam continuar existindo.
Ouvi, um dia, de um psicoterapeuta que é preciso ter cuidado com a execução de fantasias. Todas aquelas luzes e cores que imaginamos, podem não acender, algumas. Este risco, muitas vezes, é perigoso demais. Cuidemo-nos, portanto.

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