quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dário - “The Professional”


A entrevista com Dário durou mais de uma hora e meia. Já o havia entrevistado outras vezes, há uns anos. Ele se profissionalizou e aprimorou a sua dialética. Como repórter, confesso que hoje é difícil pegá-lo numa contradição. Toda vez que isso acontece ele se sai com humildade de candidato, mas, em seguida, retoma golpes fortes sobre seus adversários com a imodéstia (gostei da palavra usada pelo Damião) das urnas. É um pugilista clássico. Quando defende-se nunca sai de uma esquiva ou de um clinche sem magoar o rim do desafiante. Aprendeu isso há pouco, talvez com seu principal adversário.
Sobre a polêmica da convocação extraordinária dos vereadores, reconheceu que “queimou etapas” e pagou o custo político para ver aprovados os principais projetos, o previdenciário e a reforma administrativa. Da forma regimental, respeitando o rito ordinário perderia tempo (meses, tramitando nas comissões, pedidos de vista...) e, quem sabe, a votação em plenário. Está confiante que reverterá juridicamente, em pouco tempo, os desgastes “extraordinários” que sofreu.
Perguntado sobre o futuro político, dissimulou, mas não conseguiu esconder a sedução de uma campanha para governador em 2010. É provável que o doutor Eduardo Pinho Moreira tenha problemas.
Dário prometeu voltar outras vezes. Vou cobrar e preparar um cardápio mais atento de perguntas e assuntos. Me agradou sua atitude. Se fez presente. Talvez ele recupere este hábito para alguns de seus atuais correligionários.

3 comentários:

LesPaul disse...

Parabéns pra você Marcelo. Pro prefeito, infelizmente não. O discurso é aquele de campanha. Quanto a ter melhorado, depois de duas campanhas sob as luzes do Fábio Veiga ele tem que aprender a jogar. O lombo vai criando cascão.

Marcelo Fernandes Corrêa disse...

Caro Les Paul,
Tens razão. O Dário é um desses políticos que não conseguem relaxar, difrente da ex-ministra Marta. É um estilo "full time". Quanto ao "melhorar", penso que ele aprendeu muito mais com o proprio Esperidião do que com seu marketeiro. Aliás, não acredito no uso desse tipo de profissional na política. Mas isso é outra conversa, que vem lá dos tempos da militância real, do tempo que os partidos tinham os velhos "pagés" e a gente confiava neles como nos pais. A fila andou, sabe-se lá pra onde...
Um abraço, meu velho.

LesPaul disse...

PS. Tio Acrópio mandou me dizer que agradece por teres lido algumas de suas considerações...

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