domingo, 22 de fevereiro de 2009

“Unidos do Vai de Qualquer Jeito!” - o bloco da Prefeitura


Me esculpem, mas não posso me calar, mesmo diante de tanto esforço dos componentes e dirigentes das escolas e dos resultados positivos alcançados, os quais me encantaram tanto na Passarela. A infra-estrutura que a Prefeitura de Florianópolis colocou à disposição de todos foi uma vergonha, pra dizer o mínimo! Uma enjambração só! Aqueles banheiros químicos sujos e cambaleantes, a falta de funcionários para atender o público, a truculência tradicional da Guarda Municipal e a falta de educação quase uniforme de seus integrantes, os precários acessos às arquibancadas sem calçamento algum, barro, poças d’água, periculosidade, insalubridade e um desconforto geral, são as tônicas na inacabada Nego Quirido.
Não é nem bom falar das cabines reservadas para as emissoras. Aquilo não parece com nada que se possa chamar de local de trabalho. Falta de segurança, sujeira, visibilidade precária, localização inadequada, dificuldade absoluta de funcionalidade com a pista, são alguns dos itens lamentáveis. Pra se ter uma idéia, o profissional que quisesse sair das “cabines” lá de cima e encontrar um colega repórter na pista, tinha que andar no barro, em poças e na chuva, por cerca de 400 metros, pelo lado de fora da Passarela. Havia uma alternativa. Dar uns chutes num portão de ferro, logo na descida da escada principal, para ser percebido pelo atendente de um bar do lado de dentro e torcer que ele viesse até à porta para tirar um sarrafo atravessado na maçaneta da fechadura e nos deixar entrar de forma mais rápida. Nenhum segurança, nenhum porteiro, ninguém da Prefeitura, sequer um Guarda Municipal mal educado ou arrogante para nos atender!
Um assunto à parte foi o credenciamento, confuso e improvisado. O crachá entregue aos jornalistas e técnicos era de papelão, mal impresso e carimbado. Na primeira hora de desfile, com a chuva, ele simplesmente se despedaçou e desapareceu. Menos mal. A assessoria era tão precária que ninguém teve problema para trafegar pela avenida sem a credencial.
Numa das entrevistas que fizemos com o governador, faceiro e bem protegido da chuva em seu camarote, tivemos que ouvir um exposição enfadonha e repetida dos investimentos feitos na Nego Quirido. Foi duro ouvir! O prefeito Dário Berger, também muito sorridente no andar de baixo, num outro camarote, ficou devendo as promessas de uma Passarela minimamente acabada e equipada. Ontem, o que vimos passar foram os blocos “Unidos do Tapume” e “Vai Desse Jeito Mesmo!”, os dois patrocinados por Dário e o secretário do Turismo, Mário Cavalazzi. No quesito improvisação, a Prefeitura foi nota 10. No quesito respeito com o público e com a imprensa, nota zero!
Sei do esforço do prefeito e do secretário. Queriam o melhor, mas não conseguiram.
Ano que vem tem mais.

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