
Li quase numa tacada só e “viajei”, curioso, indignado e emocionado, lendo o livro de Stefânia Forner, “Chapatis e Dosas: meus dias na Índia”. É um relato corajoso, sensível e fiel da viagem que a autora fez à Índia, durante oito meses, para realizar estudos sobre a Aids naquele país. Ela é formada em Farmácia, faz seu mestrado e já avisa que vai ao doutorado para ser professora. Nasceu
Apesar de apenas 26 anos de idade, Stefânia escreve com objetividade e elegância raras e consegue envolver o leitor, que se identifica e se apaixona facilmente com seu olhar sobre o fascinante e sofrido mundo indiano. Registra fatos com uma refinada visão crítica, ética e precisa, trazendo, ainda, um traço delicado e discreto de um romantismo pouco visto entre os novos talentos.
Reproduzo aqui o trecho que mais gostei. É parte do relato que faz da sua visita ao famoso Taj Mahal, na cidade de Agra. Apaixonem-se:
“...Fiquei perplexa pela beleza da obra de arte que estava na minha frente. Passeamos pelos jardins e ficamos três horas olhando o monumento que mudava de cor conforme muda a luz do dia. O Taj Mahal foi construído pelo imperador Shan Jahan na beira do Rio Yamuna e é um mausoléu para sua segunda esposa, Mumtaz Mahal, que faleceu no parto de seu 14° filho, em
O mausoléu é feito de mármore branco e pedras semi-preciosas, as quais são responsáveis pela mudança de cor conforme a luz do dia e o movimento do sol; possui inscrições do Alcorão e sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício possui duas mesquitas ao lado; é considerado a maior prova de amor do mundo, porém sua estrutura está fragilizada, o que levou o governo indiano a proibir qualquer indústria de se estabelecer em Agra e que carros andem perto da área
Antes de ler o livro, entrevistei Stefânia Forner na
“A viagem entre Visakhapatnam e Florianópolis levou quatro dias – entre os dias três e sete de setembro. Foi uma longa viagem entre esperas e escalas; quando cheguei ao meu país de origem, percebi que não sabia mais exatamente quem era, mas tinha a certeza de que foi uma jornada que me fez ser não uma pessoa melhor ou pior, apenas diferente.”
Pra quem se interessou e quer ler “Chapatis e Dosas: meus dias na índia”, pode-se achá-lo no Blog www.meusdiasnaindia.com.br, onde também encontra-se muitas fotos da viagem.
Um comentário:
Marcelo, muito obrigada pelos elogios e pelas palavras.
Fico feliz que tenha gostado do livro! Um grande abraço! Stefânia
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