O Edo Scheitt, que mora em San Diego da Califórnia/EUA, meu cunhado, mandou dia desses uma reflexão bem a propósito das dificuldades que temos, muitas vezes, com a criação de nossos filhos, mesmo depois de adultos.
Ele usa a metáfora de árvores que nascem, crescem e ganham formas diversas e, invariavelmente, à revelia do que planejamos para eles.
Se bem entendi o que quis dizer o Edo, é onde entra a arte de uma boa poda. Não se pode calcular ou desenhar os galhos, ramos e folhas que esta árvore terá ao longo de sua existência. Sequer prever o quanto ela irá ou não crescer.
O tempo traz paciência e sabedoria para observar as tendências da sua evolução. Com podas bem estudadas, usando de sensibilidade e equilíbrio, vamos reforçar suas bases, qualificar formas e conteúdos e, mesmo sem controle sobre a profundidade de suas raízes e suas folhas expostas, sabe-se lá a que altura, passamos a reconhecer valores e evoluções que sequer prevíamos.
Descobrimos nos seus redemoinhos de galhos e ramos uma beleza própria, criativa, produto da sua vivência íntima, rebelde e inexplicavelmente íntegra, desapegada e protagonista.
O Edo tem razão: nossos filhos são árvores de incontáveis possibilidades. Podas oportunas irão desafiá-las a nos surpreender sempre.
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