Ouvi atentamente a entrevista do presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense, Nestor Lodetti, no “Campo Crítico” de hoje, na Rádio Guarujá. Perdi um pouco a calma com o meu amigo e presidente e fui, de certo, um pouco grosseiro com ele. Peço-lhe perdão publicamente. Acho que entenderá, como nobre alvinegro que é.
Pra mim ficou claro que a exposição feita ontem pelo comandante da Participações foi uma jogada cênica, com a única finalidade de dar um susto nos conselheiros e corneteiros de plantão (como este blogueiro, por exemplo). Ontem à noite, espalhou-se a informação de que estaria se retirando do Clube ou, pelo menos, do futebol. Hoje, durante a manhã, veio a segunda versão mais branda, de que estariam procurando uma parceria para administrar o futebol. Dia desses disse aqui: “não pede demissão, porque a torcida é capaz de aceitar”. O tiro saiu pela culatra.
A cena feita foi bisonha. O empresário da Participações precisa aceitar críticas, descer do seu trono, reconhecer seus erros e responder à torcida no campo, com um time decente e não com beiços e ameaças de debandada. Se o time estiver no G4, com boas chances de voltar à Série A, terão aplausos e reconhecimento. Se continuarmos nessa pobreza, com dirigentes na Série B, se comportando como se na A estivesse, vão ter críticas, protestos e faixas. Com cara feia, magoado e fazendo ameaças.
Há quem tenha se impressionado com a atitude transparente da Participações ao deixar a porta aberta durante o encontro com os conselheiros. Puro marketing. Trocaria esta porta aberta com aquela fechada, lá do CT do Cambirela, que impede repórteres de acompanhar os treinos misteriosos daquele timaço.
Ficou claro que tudo não passou de um “blefe”. Vão continuar por lá e a novidade é que irão contratar uns dublês para agüentarem a indignação da torcida.
Cantemos Leo Jaime: “Ôôôô, nada mudou...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário