“A sinceridade pública é ridícula”. A frase é do meu pai. Ele disse que ouviu de alguém. Procurei no Google pra saber de quem. Não achei. Acho que é modéstia dele. A frase é cheia de sabedoria e isso é a cara dele. Fazer e dizer coisas importantes sem reivindicar a autoria. Coisa de sábio.
O que ele quis dizer é pra não sermos tão francos, como muitas vezes sou por aqui. Vou guardar isso como uma dica de alerta.
Me lembrei do Caetano: “de perto ninguém é normal”, que releu Tolstoi sobre os círculos familiares. Ninguém costuma confessar suas manias, suas vontades, seus prazeres, sexuais ou não. Invariavelmente, são bizarros, escandalosos para o olhar público, fonte de pesados comentários entre amigos e inimigos.
Então, nunca diga por aí que você adora cozinhar pelado, por exemplo. Definitivamente, esqueça de comentar com alguém que você curte um montão assistir o Chaves e morre de rir quando ele diz “isso, isso, isso...”
Bem, algumas coisas também bastante bizarras são as exceções na ridícula sinceridade pública. Diga em quem você votou para o “paredão” do BBB10. Você foi mais longe e assinou o canal full time pra ver a performance completa do Bial e seus pupilos? Relaxe. De perto todo mundo é igual. Ou não?
Tomara que não!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O que somos e o que não somos
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