quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Andrino, barrado no baile

Entrevistei hoje o deputado Edson Andrino. Ele está muito magoado com o Diretório Municipal de seu partido. Dizem que irão lançar Dário candidato a vice de Raimundo Colombo. Ele não foi convidado para uma reunião que acontece hoje. Pior: disseram-lhe que seria barrado, por que não faz parte da direção. É como deixar o padre do lado de fora da missa.
Talvez o anúncio dos peemedebistas da Capital, num primeiro momento, seja para uma cabeça de chapa. Mas como a briga interna será grande, na verdade o endereço é a vice, com os Democratas.
O PMDB é assim. Vive de hecatombes, desde que derrubou a ditadura e não soube mais o que fazer com a retomada democrática. Avalia Andrino que um dos erros históricos foi ter participado do Colégio Eleitoral, em 1985. Ele acha que se a resistência durasse um pouco mais, a ditadura se não iria suportar a candidatura de Ulisses Guimarães. Aquela era a hora certa dele.
Mas foi diferente. O PMDB incorporou o PP de Tancredo Neves, trouxe mais gente para dentro da sigla e para uma coligação chamada de Aliança Nacional Democrática, abrigando figuras como Sarney e Aureliano Chaves. Foi um saco grande, cheio de coisas estranhas e diferentes. Depois daquilo os peemedebistas nunca mais acharam direito os cadernos e o Doutor Ulisses amargou uma eleição, quatro anos depois, ficando em sétimo lugar.
Andrino, como um dos históricos, criadores do velho MDB, teme que o partido não tenha candidato ao governo do Estado, já na esfera nacional, um candidatura própria já foi pro vinagre. Nestas eleições, apesar de não acreditar, reconhece que é até possível que Luiz Henrique seja obrigado a ficar no cargo, abrindo mão de uma cadeira garantida no Senado, para salvar a "lavoura", que poderá ser entregue à Angela Amim ou à Ideli Salvatti, beneficiárias dos erros e do festival de trapalhadas da "polialiança".
São algumas avaliações. As da hora. Vamos ver.

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