Ele é simples como o erudito, sem frases feitas, sem a estética que estamos acostumados. A cerimônia fica por conta do freguês.
Contou uma boa, para exemplificar como vai se comportar nos debates se permitirem que ele participe. Certa vez, Orestes Quércia lhe fez a seguinte colocação: - Eu construí 450 mil casas em São Paulo e você, quantas irá construir se eleito? Plínio respondeu que "nenhuma". A resposta tinha um desdobramento, é claro. - Não será preciso construir uma casa sequer, se resolvermos ocupar todos os imóveis públicos do Estado que estão desocupados ou abandonados. Daremos o direito das pessoas morarem nestas habitações, explicou o deputado federal do PT na época.
A massa não vai votar no Plínio e ele não vai figurar nas pesquisas mostradas pelo Bonner ou Casoy. Ele sabe disso. Mas é uma certeza que ele vai fazer as pessoas pensarem. Isso já é bastante num país que engatinha.
Um comentário:
Uma pena que uma pessoa séria como ele não tenha nem sequer o nome citado nas pesquisas. A Marina Silva é tratada como personagem folclórica. Uma amiga chegou a dizer: "Acho que vou votar na Marina no primeiro turno e no Serra no segundo." Porra, se você não acredita que seu candidato poderia estar no segundo turno, pra que votar nele então? Se a mídia em geral tivesse menos complexo de americano, deveria parar de tratar a eleição brasileira como se fosse un confronto entre republicanos e democratas e cair na real que nosso sistema político, para o bem e para o mal, é pluripartidário.
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