Mais uma entrevista coletiva do governador Raimundo Colombo, após uma reunião de negociação com os professores que estão em greve há 16 dias.
Raimundo Colombo acompanhado do secretário Educação, Marcos Tebaldi, do vice, do secretário de Comunicação, Derli e demais assessores, explica que "descomprimiu" a tabela, resolvendo parte do problema do plano de cargos e salários dos professores, levantado pelos dirigentes do Sinte/SC. No entanto, o governador reconhece que o governo não está oferecendo nenhum valor global a mais em dinheiro, apenas redistribuindo a mesma quantidade de recursos para outras camadas da categoria. Esta é a descompressão.
Professores vão avaliar a nova proposta e responder amanhã. Numa primeira avaliação, entendo que os dirigentes do Sinte estão, agora, com a batata quente no colo. Sabem que a greve está próxima da curva tradicional de uma paralisação. Mais uns dias, o movimento tende a perder força política na sociedade (entre os pais, principalmente). Resta, talvez, avaliar bem a proposta (que não é exatamente boa – quem sabe até longe disso...), mas pode justificar o movimento que é bom até aqui e dar sequência a um processo negocial ao longo do mandato de Colombo.
Da parte do governo, há um claro reconhecimento da força os professores e do Sinte/SC e que nada vai se ganhar na base de MP. Aliás, até no plenário – se o governo apertar demais – é capaz de arrumar rebeldes e “dublês” de Sargento Amauri. O gesto de Colombo é abrir diálogo e não deixar o movimento dos professores contaminar os demais servidores, principalmente, na Saúde e Segurança. O chefe do Executivo já sabe dos perigos que corre.
Fiquei com a nítida impressão que o governador está um pouco assustado na sua estréia em greves, mas tem bom fôlego.
A coletiva está na íntegra. O registro foi feito aproximadamente às 18:30h, no gabinete do governador, no Centro Administrativo, dia 02.05.11, quinta-feira.
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