segunda-feira, 29 de agosto de 2011

De joelhos, o mestre faz graça e nos emociona

Tenho tido o privilégio de dividir a apresentação do Conexão da Manhã, pela Guarujá, com o Walter Souza. O Walter, além de tudo que ele é - esse monstro sagrado da tv e do rádio catarinense (71 anos de vida e 50 de comunicação, acho que é isso...), o mestre é um figuraço. Dono de um bom humor incorrigível, tem me obrigado a conte-lo, invertendo os papéis, parecendo, muitas vezes, um contraponto careta da minha parte, chato quase sempre, mas imprescindível.
O Walter é um guri irrequieto, pronto pra qualquer piada. Ele quase perde o amigo mas não o trocadilho. Ele arrisca muito, na verdade. Fica entre o hilário e o irônico e nos lembra, a todo momento, que vale a pena enfrentar a vida e os seus reveses de peito aberto e sem medo. Sei bem que o mestre não está investido de toda a alegria que ele emana no ambiente de trabalho. Há um lamento, profundo e de grande amor, que ele quase nos confunde e esconde. O Walter é um raro, é um guerreiro. Talvez ele não saiba o quanto.
Dia desses registrei um momento pitoresco que ele nos reservou. Na arrancada do programa, ele debocha da falta de cadeiras no estúdio. Cede a sua para um colega que está no ar e fica de joelhos, fazendo graça como um menino travesso. O gesto pode ser visto, também, como uma homenagem, uma devoção aos microfones que já passaram por ele e o respeito que ele tem pelo público e seus colegas. Taí, o Walter, de joelhos, orando a vida, na verdade mesmo!
Tá valendo, mestre!!

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