terça-feira, 12 de agosto de 2008

Que falta faz Sepé Tiarajú

O assunto não é daqui, mas vai interessar aos gaúchos, que são muitos em Florianópolis. Fiquei impressionado e indignado ao visitar Porto Alegre, cidade onde nasci e vivi até 1985. Para quem chega, pelo Norte, chama a atenção uma ausência: o "Laçador". Esta estátua sempre foi, desde que me conheço por gente (e muitas décadas antes), o marco inicial de Porto Alegre. Pois bem. O gaúcho mais conhecido do Rio Grande do Sul foi deslocado para outro lugar – sei lá pr’onde – para a construção de um prosaico viaduto, horroroso, como todos são. Pelo que sei e pelo que não li em jornal algum de lá, o fato não feriu o orgulho e a memória de gaúcho algum. Não se ouviu sequer um “alto lá!” Já se defendeu melhor as tradições no Estado … Fiquei sabendo de outra: o Estaleiro Só, localizado às margens do Rio Guaíba, na Zona Sul, que empregava mais de 2 mil operários na década de 70 e era um ícone do desenvolvimento e da classe operária portoalegrense, vai sumir. Abandonado há mais de 30 anos, afogado em processos de falência e corrupção, parece que vai virar um luxuoso condomínio, para poucos, à beira Rio. A propósito, o Rio Guaíba não é mais rio. Os gaúchos da Capital deixaram que algum técno-burocrata sem graça mudasse até isso. O Guaíba agora é lagoa. Não me venham mais falar de movimentos tradicionalistas! Aproveitem bem Jurerê Internacional, enquanto Porto Alegre desaparece.

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