sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Essas coisas leves da vida

Eram 8 e 22, agora pouco, e eu entrava na Rua Nunes Machado para deixar a moto no estacionamento, em frente à Kibelândia, como sempre. Bem na esquina, quase vazia àquela hora, o velho guardador de carros, o flanelinha, um velho conhecido de anos, estava de braços abertos, como o Redentor, me olhando. Não entendi que era pra mim de tão singela a saudação de manhã. Cheguei a olhar pra trás, mas era pra mim mesmo. Fiquei envergonhado pela desconfiança. Como estamos desacostumados com os bons gestos e com a fraternidade, aquela de antigamente, ainda corriqueira no interior.
Estacionei e passei por ele. Aí ele tripudiou: “Bom dia, senhor! Tenha um bom dia, querido”. Só me restou devolver o “bom dia”, constrangido.
Alguns diriam que aquela cena toda é o prenúncio da abordagem de uma gorjeta. Pode ser. Mas os braços abertos e o bom dia são reais e de boas energias.
Bom que a gente pense nessas coisas e reavalie esses pequenos valores que compõem um dia mais leve.
Estou de olho!

2 comentários:

joares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
joares disse...

Bom, vou deixar meu comentário, não posso dizer que é como de costume, mas mesmo assim tá valendo, quem sabe em outros tempos venha fazer parte da vida desse blogueiro gente fina comentando um pouco sobre os assuntos que venham ser dignos de comentários, não que não sejam, mas alguns merecem uma segunda opinião, mas vamos ao que interessa. Gestos como esses são muito raros hoje em dia, pois quando alguém vem ao nosso encontro que não conhecemos com braços abertos, já pensamos que é pra pedir alguma coisa, ou tá fora da casinha, mas nos enganamos com as aparências de algumas pessoas, por que no mundo de hoje, quem anda bem vestido é bacana, mas nem sempre é assim, pois algumas pessoas com pouco que tem, sabem fazer gestos dignos de aplausos e de merecimento de nossa atenção, digo isso por experiência própria, pois meu pai é JUIZ e minha mãe é PROMOTORA, ambos cargos dignos, com reconhecimento pelo público e nem por isso me acho um bacana, quando meu pai que é JUIZ de futebol, está no campo ele ouve coisas horríveis, mesmo assim segue arrisca sua função para que não prejudique ninguém, e minha é PROMOTORA e trabalha no mercado, as vezes as pessoas não gostam do produto que ela tá promovendo, e também não sai da linha com ninguém, respeito acima de tudo, isso é ser digno de um bom respeito, por hoje é só, abraços meu amigo Marcelo Fernandes, e quem sabe outro dia apareço por aqui pra comentar outro assunto, até.

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