terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Rita Maria: sujo, quebrado, abandonado, ineficiente...

Não se pode elogiar. Ontem mesmo, passeando pelas ruas principais do centro de Porto Alegre, me horrorizei com o estado lastimável das ruas da capital gaúcha. A sujeira e a falta de cuidados (tanto da sociedade, como do estado) me levaram a fazer aqui, logo que consegui chegar a um shopping – um oásis da civilização “moderna” – uma verdadeira declaração de amor e saudade de Florianópolis, um verdadeiro céu, comparada às velhas e surradas ruas do centro portoalegrense.
Pois é, não se pode elogiar. Cheguei hoje em Florianópolis, eram 7 da manhã. A cena que vi no Terminal Rita Maria, durante uns vinte minutos que ali fiquei, me deixou envergonhado, indignado, como morador, com cidadão daqui.
A sujeira é generalizada. Tudo é sujo, descascado, caindo aos pedaços, sem pintura. Muitos dos banheiros estão interditados, fechados. Os que funcionam (funcionam?), imundos, cuidados (sic) por gente maltrapilha, despreparada, pra dizer o mínimo.
O sujeito que precisar de um carrinho para carregar suas malas não vai conseguir. Não há carrinhos. Ou melhor, os poucos carrinhos, velhos e tortos, estão sob o controle de “funcionários” – sabe-se lá de quem, que cobram para levar ou emprestar aquele raro e público equipamento. Um desses espertos chegou ao requinte de pintar o carrinho de azul e colocar seu nome. Portava até um crachá, o que lhe dava um ar de carregador oficial da rodoviária.
Chegando aos táxis, outra cena de guerra e um festival de falta de educação. Os motoristas, em muitos casos humilham seus “clientes”. Gente pobre, que chega com malas, sacolas, e crianças de colo, além de pagarem uma das bandeiradas mais caras do Brasil, enfrentam as grosserias e desdém desses maus e arrogantes profissionais, que não são maioria, mas em número expressivo, que intimidariam qualquer gestor sério daquela repartição pública.
Para completar o quadro, não temos Polícia, pelo menos àquela hora. Se um vigarista ou um batedor de carteira principiante resolver dar um “atraque” nos sonolentos passageiros que chegam ali, certamente, serão presas fáceis. Não há ninguém por perto, nem no horizonte mais distante das vistas.
Me lembro, isso já faz uns bons anos, já vivi esta cena. Cheguei a armar um “barraco” contra o pessoal responsável dali, quando reclamava da falta dos carrinhos. Fui desrespeitado, humilhado e debochado pelos aqueles “servidores públicos”. Vejo que nada foi feito, nada mudou. Continuam lá, protagonistas daquele “estado de sítio” que vive o terminal rodoviário de Florianópolis, “capital turística do Mercosul”, que pretende ser uma das sedes da Copa de Mundo de 2014.
Ah, é claro, nem o Comitê – tão famoso, que esteve por aqui, nem os turistas mais endinheirados que chegam, desembarcam por ali. Preparem pelo menos uns tapumes em volta do Rita Maria, para os visitantes não verem aquela vergonha que ali está.

2 comentários:

Mário Medaglia disse...

Amigo Marcelo: há quanto tempo não passavas pela rodoviária. Aquilo lá está assim há séculos. É um dos portais a cidade e deixaram aquele jeito. O estacionamento, que utilizo toda vez que vou ao Chia,o meu barbeiro (a melhor coisa que tem naquela espelunca),caio na buraqueira. O tapee preto não passou por lá. Nem sei se isso é ruim. Basta ver o estado da Agronômica e da Trindade com as obras do alcaide Dário.

Marcelo Fernandes Corrêa disse...

É verdade, Mário, não ia ao Rota Maria há tempo. A tua observação só aumenta a minha indignação. Me lembro - como sabes - a nossa rodoviária rivalizava em beleza e eficiência, com a de Curitiba. Infelizmente, hoje, estamos à léguas dos curitibanos.
Agora pouco recebi um comentário do Paulo Arenhart, nosso colega e um dos assessores do Dário. Tomara que ele leve estes nossos comentários ao homem. Ecespero que sirva para alguma coisa a nossa observação/opinião por aqui.
Volto ao assunto, meu irmão.
sempre bom te ver por aqui. é um privilégio, sem demagogia, pode acreditar.
um forte braço.

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