quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Império de mais nada


Essa é pra descontrair. Me lembro que no início da década de 80, tempo em que a ditadura agonizava sob a batuta desafinada do general Figueiredo, a censura começava a fazer o seu arakiri e deixava passar alguns filmes, considerados pornográficos e imorais. Foi o caso do revolucionário “Laranja Mecânica”, liberado pela Censura Federal (tinha até um slide do governo), mas deu-se ao requinte de mandar colocar bolinhas pretas sobre o nu frontal dos atores. Nos sentíamos uns idiotas.
Outro exemplar foi o “Império dos Sentidos”, dirigido por Nagisa Oshima, que vinha nos cartazes estampado “LIBERADO NA ÍNTEGRA”, provocava filas nos cinemas que naquela época se localizavam nas ruas, não em shoppings. Lembro do constrangimento de todos, aguardando para entrar e na fila da pipoca.
Dia desses me deparo com uma balaio das Americanas, em oferta, o “Império”, bem na porta da loja, sem tarjas, sem censuras, nem vergonha de ninguém. Depois dele vieram tantos e de tantos tipos mais ousados que hoje ninguém mais se espanta com ovos tão bizarramente temperados.

2 comentários:

J.L.CIBILS disse...

Este eu asisti, era menor mas dei um cambalacho na bilheteria, este filme foi um sucesso, eu passava ferias na casa de meus avos em Porto Alegre.
É um classico, show de bola, alem da pornografia, ele tem um lado poetico bem interesante.

Marcelo Fernandes Corrêa disse...

É verdade JL,
Me lembro que a gente tinha que apresentar a carteira de identidade para o porteiro, para provar a maioridade. Asasisti este filme, algumas vezes, no Cine Avenida, na João Pessoa, em Porto Alegre, que virou bingo, que hoje está abandonado.
Havia uma lenda em torno do filme. Diziam que o japa do filme fez tanto sexo com a ninfomaníaca que ele chegou a emagrecer 5 quilos. Foi um frison danado na época.

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