terça-feira, 8 de setembro de 2009

Afeto que pode virar abuso

Cena de verão comum aqui nas nossas praias: filhos pequenos na beira da praia brincando de fazer castelos na areia. Em minutos, os calções, sungas e biquínis deles ficam cheios de areia. Se deixar terão que tratar logo mais de assaduras. Para evitar isso, pais e mães correm lá e passam a tirar aquela areia toda acumulada, passando as mãos, com o cuidado e o carinho comum nessas horas.

Há poucos metros desta cena um casal de turistas observa e tira as suas conclusões. Eles chamam a polícia e denunciam que aquele pai ou mãe está abusando sexualmente do filho pequeno, passando as mãos nas partes íntimas da criança. Dizem, ainda, que para completar a perversidade criminosa a criança foi beijada na boca.

Acho que o leitor deve ter entendido de que assunto falo e em que contexto imagino esta situação.

É evidente que ressalvo todos os cuidados da autoridade policial/judicial com uma possibilidade real de abuso, para o que se exige o rigor da repressão com punição exemplar.

Retrato aqui o duro momento que vivemos neste mundo, maldoso e cheio de comportamentos quase inexplicáveis. Nessa balada, nossos melhores gestos de afeto podem se confundir com o bizarro e o monstruoso.

Que mundinho esse, complicado como está...

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