terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Fidel, a autocrítica e o que falta...

Li no Estadão que o Fidel fez uma profunda autocrítica em entrevista a um jornal mexicano. "Sim, foram momentos de grande injustiça, uma grande injustiça! Fomos nós que fizemos, fomos nós... Estou tentando diminuir minha responsabilidade em tudo isso, porque, pessoalmente, eu não tenho esse tipo de preconceito", disse o comandante, reconhecendo que estimulou a homofobia em Cuba e maltratou seus irmãos com trabalhos forçados e muita discriminação.
Não deve ser fácil ao velho, com seus 84 anos, reconhecer coisas assim. Pior ainda deve ser para um homossexual cubano ouvir isso. É um resgate tardio, de 50 anos, mas cheio de coragem, bem ao estilo Fidel.
É claro que vai aparecer a patrulha colonizada de sempre para dizer alguma coisa desabonadora e lhe fazer novas ou velhas acusações. Lembro a esse pessoalzinho do Mickey que nesta balada do Fidel o governo norte-americano e toda a claque conhecida deveriam aproveitar o clima e fazer uma autocrítica menos antiga e reconhecer que achar armas químicas no Iraque em 2003 foi só um falso motivo para invadir o país, controlar seu petróleo e matar milhares de civis e seu líder político "desalinhado".

Um comentário:

Amanda dos Anjos Corrêa disse...

Boa crítica e citação, pai. Gostei! Beijos.

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