segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Degladiando bons textos no domingo

- O próximo imperador de Roma será Máximo... Surpreso com minha decisão?
- Não. Um dia recebi uma carta sua. Nela estavam escritas as quatro virtudes de um Imperador: justiça, sabedoria, moderação e coragem, e vi que nenhuma delas são minhas.
- Tenho vivido para ter de você um momento de carinho, de aprovação. O quê em mim você odeia tanto?
- Teus defeitos de filho, são os meus de pai!
O diálogo se dá entre o imperador romano Marco Aurélio e seu filho, Lúcio Cómodo, no filme "O Gladiador" (2000).
Vi o filme pela terceira ou quarta vez. Dissemos quase ao mesmo tempo - eu e minha mulher, em meio aos diversos outros diálogos de extrema sabedoria em espiritualidade: "sempre que vejo este filme parece que algum detalhe me escapou no anterior e sou surpreendido com um bom ensinamento..."
Este acima é uma preciosidade. O texto é raro e a interpretação de Joaquim Phoenix (Cómodo) e Ricard Harris (Marco Aurélio) são de absoluta sensibilidade.
Parafraseando mais uma estupenda passagem: "- Porque insiste em não morrer..." (Còmodo a Máximo (Russel Crouwe), algo assim. Outras vezes "O Gladeador" ainda passará por nós, imortal.
Minha singela homenagem ao diretor Ridley Scott e aos roteiristas David Franzoni, John Logan e Willian Nicholson, que construíram estes belos textos.
Bom domingo foi este.

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