Greve dos professores: falta pouco

Contato agora pouco com uma fonte do Centro Administrativo. Reunião de amanhã, por volta das 11 horas, na Casa D'Agronômica, entre Sinte e governador Colombo, tem tudo para ser conclusiva. Falta muito pouco. Os dois lados podem ceder o que precisa para se pôr fim a toda discussão.
No geral, os dois lados saem ganhando.
Os diretores do Sinte, pilotaram bem a greve e estão fortalecidos porque abriram canal de comunicação - o que garante a continuidade da discussão sobre a Educação no Estado e, está evidente, tiveram ganhos reais nos itens econômicos. Tudo, sem precisar do Acórdão do Supremo. O Sinte e alguns de nós da mídia tinham razão. Era só querer.
Do lado do governo, houve inegável ganho político-estratégico. O governador mostrou ser bom na esquiva. Sai sem estresse grave e não teve medo de jogar a negociação diante das câmeras e microfones. Passou boa imagem e capitalizou quando abriu debate, não fez as conhecidas ameaças de outros governos e debateu o tempo todo concordando com a causa dos professores. Se fortaleceu politicamente. O único equívoco do Centro Administrativo foi ter fincado pés na publicação do Acórdão. A tempo, o governador abandonou a tese que era, na verdade, de Luiz Henrique e de Paulo Bauer. Quando resolveu negociar - o que há muito não se fazia entre Executivo e professores, o debate evoluiu. Ponto pra Colombo.
Quem pagou este pato, pra variar, foram os pais e os estudantes. A torcida, agora, é para os radicais não apareçam e que as aulas sejam recuperadas de verdade.