sábado, 2 de julho de 2011

Quem não veio para os melhores lugares

Faltou dizer no registro que fiz na quinta, sobre os meninos do Florianopianos, que encerraram temporada de “duos”. Fiquei esperando uns 15 minutos, já acomodado numa poltrona diagonal ao palco do Teatro Pedro Ivo Campos. Tempo suficiente para raciocinar sobre os melhores lugares, duas primeiras fileiras inteiras vazias, de frente para os dois lindos Steinway. Os ingressos eram gratuitos, garantia o projeto da Prefeitura da Capital, com lei de incentivo cultural. Na bilheteria, me mostraram poucos lugares a escolher. Quando tentava um melhorzinho, a moça me ofereceu um devolvido, mais perto do palco, meio atravessado, mas bom.
No alto da minha maledicência, imaginei que o pessoal do Centro Administrativo (ou da Prefeitura, até...) – amigos e servidores do rei, tivessem reservado os melhores lugares pra eles, já de antemão, mesmo sem saber direito o que iria acontecer naquela noite. Olhando e sentindo pela janela a chuva e o frio e conferindo o “flyer” (de muito bom gosto), analisaram lá com seus botões: - chuva, frio, dois pianos, Brahms, Ernesto Nazareth, aquela charme insuportável..., não vou!
Que vergonha!
Já disse aqui. Fosse essas bundas famosas e saltitantes ou um showzinho desses que andam pelo Faustão/Gugu, o pessoal se animaria mais, comprando todos os caros ingressos, lotando as primeiras e as últimas poltronas.
Desconfio que, em qualquer dos casos, a elite do Centro tenha esses privilégios (privilégios??!!...)
Torço pra que um assessor me desminta.

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