
domingo, 31 de janeiro de 2010
Somos presumidos mal educados

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
A genialidade do Doutor Brizola

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
De férias. Mas prometo mais Marilia.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O que somos e o que não somos
“A sinceridade pública é ridícula”. A frase é do meu pai. Ele disse que ouviu de alguém. Procurei no Google pra saber de quem. Não achei. Acho que é modéstia dele. A frase é cheia de sabedoria e isso é a cara dele. Fazer e dizer coisas importantes sem reivindicar a autoria. Coisa de sábio.
O que ele quis dizer é pra não sermos tão francos, como muitas vezes sou por aqui. Vou guardar isso como uma dica de alerta.
Me lembrei do Caetano: “de perto ninguém é normal”, que releu Tolstoi sobre os círculos familiares. Ninguém costuma confessar suas manias, suas vontades, seus prazeres, sexuais ou não. Invariavelmente, são bizarros, escandalosos para o olhar público, fonte de pesados comentários entre amigos e inimigos.
Então, nunca diga por aí que você adora cozinhar pelado, por exemplo. Definitivamente, esqueça de comentar com alguém que você curte um montão assistir o Chaves e morre de rir quando ele diz “isso, isso, isso...”
Bem, algumas coisas também bastante bizarras são as exceções na ridícula sinceridade pública. Diga em quem você votou para o “paredão” do BBB10. Você foi mais longe e assinou o canal full time pra ver a performance completa do Bial e seus pupilos? Relaxe. De perto todo mundo é igual. Ou não?
Tomara que não!
domingo, 24 de janeiro de 2010
Quem já não foi baiano?
Ia
Passava das duas da tarde e os dois mostravam uma alegria incontida. Eram turistas. A certeza estava na placa: BA – BOM JESUS DA LAPA.
Ela portava uma não menos flamejante filmadora, dessas digitais, moderníssimas. Parecia uma cinegrafista policial, tamanha era sua habilidade e concentração no registro da entrada da Ponte.
Na verdade, o que me chamou a atenção daquele casal baiano foi a performance do motorista. Ele parecia mirar o logo da Toyota no meio do capô na linha pontilhada que dividia a primeira e a segunda pista da Ponte, como se fosse um desses motoqueiros truculentos e suicidas. Foi assim, até o final da Pedro Ivo.
O critiquei com os meus botões, mas imediatamente lembrei que todo turista é assim. Todos, cada um de nós que está de férias e em visita numa outra cidade. Ou será que o leitor nunca fez aquele retorninho providencial não permitido? De bermuda e sandália, CD do Bob Marley bombando, e o seguinte raciocínio pra boi dormir: - ah, mas eu não sou daqui..., como se o Código de Trânsito da sua cidade fosse diferente de todo o País. É assim que somos todos, turistas, em qualquer lugar do mundo, pelo menos deste mundo aqui.
Turista com pedigree fala alto, ri de quase tudo, dá gorjeta pro malabarista argentino, compra no sinal água gelada e aquela raquete pra matar insetos e na praia a maioria é fácil identificar: guarda-sol colorido das Americanas ou da Havan, cooler Boêmia ou Skol da promoção do Big, livros de auto-ajuda que ganharam de alguma tia no Natal e o celular pra ligar de meia em meia hora pros parentes e amigos pra tirar uma onda. Se tiver criança, tem ainda uma gritaria danada, hora dos baixinhos, hora dos altinhos.
Não se encaixou em nenhum desses pitorescos detalhes? Não? Você nunca foi turista.
Por tudo isso, nem esquentei com aquele baiano do Toyota, entre uma pista e outra na Pedro Ivo, deslumbrado, ele e a esposa.
Fiquei só pensando num diálogo arrogante com eles:
- Estão chegando à Floripa, de férias?
- Sim.
- Viajaram bastante, a placa é da Bahia...?
- É, estrada de um dia inteiro, mais de mil quilômetros...
- Mas vai valer a pena, vão passar uns dias num belo hotel, curtindo boas praias, camarão, cervejinha, natureza por todos os lados, legal, hein?
- É.., legal. E você também está de férias aqui como a gente?
- É, quase isso. Eu moro aqui.
sábado, 23 de janeiro de 2010
"Se Eu Fosse Você" não assistia!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
A Democracia que pouco entendemos
História comum na "casa-da-mãe-joana"
Ela fornecia serviços de banda larga para uma população inteira. O marketing desta operadora era um espetáculo. Suas peças publicitárias na TV, no rádio e nos jornais, sem falar dos outdors e demais mídias, eram sensacionais, milionários e impressionavam o cliente, fazendo-o acreditar que tudo era uma maravilha mesmo.
No entanto, como tudo na vida, a coisa não era bem assim. Uma prática lesiva aos seus usuários começou a se verificar e se transformou numa rotina, tornando tal mecanismo um golpe muito lucrativo à operadora, apesar de torpe e bem típico dos lugares onde costumamos chamar de "casa-da-mãe-joana".
A manobrinha da operadora consistia em realizar um procedimento na sua central de banda larga de "operação padrão de realinhamento de banda". Traduzindo, isso queria dizer dar uma "resetada" (desligada) em todo sistema, derrubando os "modens" de seus usuários, provocando diversos danos, entre eles a desconfiguração dos mesmos e dos "roteadores" de "wirelles" ligados a eles. O resultado desta manobrinha é que os usuários ficavam desconectados à Rede. Muitos já descobriram que a solução é desligar e religar tudo, depois de um minuto. A grande maioria tinha seus serviços normalizados.
No entanto, os que não conseguiam a reconecção e àqueles outros (muitos com certeza) que nem sabiam direito o que era um "modem" e muito menos seus segredinhos, eram obrigados a ligar para a tal operadora e chamar um suporte técnico ao pobre cliente desconectato do mundo. O mirabolante suporte consistia em ligar e desligar o estabilizador de voltagem onde tudo estava ligado. O "modem" reiniciava e tudo voltava ao normal. Para dar um ar de complexidade e alto conhecimento do sistema da operadora, o técnico abria um site cheio de números e letras ininteligíveis por um simples mortal, fazia uma cara de Bill Gattes, fechava tudo e dizia ao incauto: - agora está tudo bem.
Os usuários ficavam felizes de novo. No final do mês a fatura vinha com a cobrança normal dos serviços e uma taxinha adicional de R$ 80,00 pelo suporte técnico.
A operadora também muito feliz, vendo que havia descoberto um jeitinho de engordar sua rentabilidade, passou a manobrar várias vezes ao mês esta "operação padrão de realinhamento de banda". Como a "casa" é da "mãe-joana" tudo corre como se nada tivesse acontecido.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
A Nega mais bonita dessa Ala
domingo, 17 de janeiro de 2010
Marília não se aquieta. Que bom.

"Nada se aquieta, por mais que a gente envelheça" (Phillip Roth). A frase me foi enviada pela cantora e atriz Marília Barbosa. Ela parece ter sofrido um grande trauma. Não sei exatamente qual, mas algo importante que a tirou do circuito formal da mídia. Uma pena. Gosto muito do trabalho dela. Tenho até hoje guardado nas minhas pastas de músicas a canção “Caso Você Case”, que estourou na boa novela Saramandaia, de Dias Gomes, em 1976.
A voz de Marília é simples, mas delicada, leve, gostosa de se ouvir. Dia desses a encontrei no seu Blog. Na foto que abre o Blog ela está bem diferente das imagens que temos dela, lá dos idos de 70/80. Resolvi lhe escrever. Então, ela mandou a frase de Roth.
Phillip Roth é um romancista norte-americano que se destacou com o romance “O Complexo de Portnoy, seu quarto livro. Segundo ele próprio, complexo de Portnoy é um distúrbio em que fortes impulsos éticos e anseios sexuais se apresentam em perpétua luta com extremados anseios sexuais, freqüentemente de natureza perversa.”
"Nada se aquieta, por mais que a gente envelheça". Uma reflexão instigante para este final de domingo.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
ALÔ VÔ FLORIANO: estou tentando "gozar"

A coisa tá feia. Só agora consegui abrir meu e-mail, depois de uma semana de estresse com as operadoras de telecomunicações que nunca ganharam tanto dinheiro na história deste País - como diz o presidente Lula - fazendo-nos todos de palhaços, incluindo a Anatel, a marionete-mor do "sistema", uma das pérolas criadas pelo neo-liberalismo nacional, aquele pessoal da turma do Fernando Henrique, que anda dividido, uns emprestados para a oposição, outros fazendo o serviço sujo do Governo Lula, afinal, alguém tem que fazer, então, que sejam os melhores.
Vô, apesar de estar gozando férias (que termo mais constrangedor esse, sexualizaram até o descanso da gente...) Mas, como ia falando, estou de férias até dia 8 de fevereiro e tenho a impressão que estava menos aborrecido e mal humorado no ar, trabalhando. Não tá fácil o negócio.
Não exageremos também. Nada que não se possa resolver, afinal, não nasci em noite de trovoada como diz o Maldaner no seu "Casildário". "Só não há solução para a morte", como sempre fala a mãe. E olha que o Alan Kardec garante que os nossos óbitos não são exatamente problemas que exijam soluções. Muito pelo contrário...
Falando em Kardec, Vô, ando lembrando demais de ti, da tua calma, da tua paciência de sábio e aquele ar de pajé que encaras as coisas. Como reagirias na linha com uma funcionária de call center (depois te explico, Vô, o que é um call center. Não quero te deixar tão triste agora).
Vô, dia desses o pai não conseguia falar comigo. Ele acabou ligando pra todo mundo, só faltou ligar para os hospitais e a polícia.
O problema é que me estressei geral com a Brasil Telecom/Oi e mandei desligar tudo aqui em casa (banda larga e telefone), por isso meu telefone mudou. Passei o novo telefone para a diarista deles - não havia ninguém em casa. Ela anotou o novo número, mas quando viu que era da Net saiu correndo, parecia uma doida. Não entendi nada, mas depois sim, compreendi tudinho, Vô.
Tenho uma forte impressão que o meu telefone vai mudar de novo. Fiz um plano chamado "Combo" (telefone, internet e tv a cabo) e no terceiro dia já comecei a ter problemas com eles também. Devo estar precisando de uma psicoterapia. Bem que um tratamento poderia estar incluído no "Combo". Vou sugerir isso no 0800 deles, se funcionar. Ia ficar legal: "...se desejar psicoterapeuta HD, digite 9 e ganhe grátis o PFC com o Estadual e Série A..." No final das contas, acho que troquei seis por meia-dúzia-menos-um.
Vô, o mundo anda doido mesmo. Tiraram até o teu acento circunflexo. Não é nem parecido com aquele nosso, quando tinha dez anos e tu me comprava no Bar do Alberto um Choco Preto e Branco da Neugebauer pra comer assistindo "Bonanza". O mundo hoje, Vô, parece que perdeu os cadernos, como se dizia... "O mundo é dos Nets". O pessoal acha que isso é slogan de propaganda. É deboche, Vô. Ou seria uma das trombetas do Apocalipse, como dizia a Valotti, governanta da Vó Nair?!
Vô, ainda bem que só falo contigo pelo Blog. Meu celular está desligado. O aparelho é da rádio e como estou de férias resolvi deixá-lo lá no meu escaninho da Guarujá, desligadinho da Silva. Férias é férias, caramba!
A moça do call center da Net me disse que sem linha telefônica, sem banda larga e sem tv a cabo, eu ficaria praticamente ilhado. Vô, eu moro na Ilha de Florianópolis, no Desterro, dizendo melhor (depois te explico isso...). Respondi quase enlouquecido que era descendente de índio, que minha avó Georgina era índia e que não sentiria falta nenhuma deles e que minha fogueirinha já estava acessa no quintal para mandar minhas mensagens pela velha fumaçinha dos meus antepassados.
Gargalhemos, então, desses palhaços travestidos de nós!!! Quá, quá, quá, quá...
Vô, agora me dou conta que nem se ri mais por escrito como antigamente. Me lembro que nos gibis da Disney, o Pato Donald ria "quá, quá, quá", e todo mundo ria por escrito assim. Era muito mais romântico. Hoje, essa gurizada escreve tudo errado pelo MSN - dizendo que é pra simplificar (só se for pra simplificar a falta de vocabulário, de estudo e de respeito pela nossa língua...).
Vô, como sempre, escrevi demais. Até! Um beijão.
Me lembro de tudo e de ti. O tempo todo.
Férias, longe dos shoppings e uma Fender na oficina
O que quero dizer e mostrar é a minha mais nova atração da oficina. Resolvi construir uma Fender Stratocaster, a versão blackie, usada pelo genial Eric Clapton. Já aviso que não irá tocar, é cenográfica e irá apenas brilhar num case aberto, que ...
Bem, eu conto tudo no videozinho que fiz. Conto mais sobre o passo a passo da minha Fender.
domingo, 10 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
A sanha e a bola da vez

Dona Angela não será vice de ninguém
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Entrevista com o cubano, partes 2 e 3
Ano e banda larga. Tudo novo.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Campo, Crítico ou Cítrico, uma boa idéia

O "happy and" masoquista
domingo, 3 de janeiro de 2010
Somos primatas e elas invisíveis

sábado, 2 de janeiro de 2010
Carvão a R$ 6,00 e canalhice. Vai encarar?
Política de baixo nível em 2010
O filme, Vô Floriano e a ficha do Natal caiu
