quinta-feira, 30 de abril de 2009

A confusão no Besc

Verdadeiro caos em muitas agências do Besc que agora estão anexadas ao sistema do Banco do Brasil. Até agora os clientes do Besc não viram os benefícios desta integração. Muito pelo contrário. Agora pouco, tentei pagar uma conta da Celesc na agência da Praça XV. Meu número de atendimento era 702. Na telinha de chamada, 594. Cheguei a comprar um Baudelaire usado (“Pequeno Poemas em Prosa”), no “sebinho”, em frente ao banco. Fiquei sentado lá dentro com minha leitura usadinha cerca de quarenta minutos e desisti quando faltavam, ainda, mais de 70 pessoas antes de mim. Não é dificil imaginar que, com a leitura, me irritei ainda mais, com o Besc e o Baudelaire...
Anotei o que uma senhora disse ao meu lado, indignada e elegante: “Meu Deus, esse banco parece um programa de trapalhões...” Realmente, dá pena dos funcionários. Eles parecem estar em pânico, é só observar.
O presidente da Associação dos Profissionais e Ex-profissionais do Besc, Francisco Carlos Oliveira, explica que o maior problema é com os clientes besquianos mais idosos – em grande número. Eles não sabem mexer nas máquinas eletrônicas e sofisticadas do Banco do Brasil. Confusão total!
As autoridades, pelo que parece, não esperavam por isso. Bem, mas isso a gente já sabia. Santa paciência...

Nuria e o bom jazz; Coletivos e seus maus serviços

Entrevistei ontem a cantora argentina Nuria Pucci. Uma rara voz de apenas 22 anos. Parece ter 40, 50 anos, tamanho é seu talento e facilidade com que canta como uma profissional experiente. A especialidade dela é jazz, blues, soul, mas o que lhe atrai mais é o gospel que aprendeu com uma tia, ainda na Argentina. Sua mãe é cantora de tango. A dramaticidade de seu canto mostra bem esta raiz.
A Nuria chegou atrasada ao programa carregando nos braços o seu filhinho de 8 meses, um garoto esperto que até ensaiou cantar junto. Pelo atraso ela pediu mil desculpas. O único horário do seu ônibus atrasou, lá da Lagoa. Ela começou a entrevista reclamando disso. Pelo visto, meu comentário de hoje não é uma visão rançosa ou pessimista das maravilhas que as empresas de transporte urbano da nossa região vêm contando na televisão.
O Mario Medáglia, um atento observador da cena ilhéu, foi quem me convidou a conhecer a Nuria, lá na Saraiva/Iguatemi. Fiquei com quatro singles dela. Prometo postar pelo menos um neste final de semana. Na percam! Vale ouvir.

Comentário de hoje

terça-feira, 28 de abril de 2009

Guetos chiques, não!

Agora pouco entrevistei a professora Anita Pires, presidente da Fundação Catarinense de Cultura. Ela anunciou o seminário que vai acontecer dias 29 e 30 próximos. A idéia é discutir as “organizações sociais e organizações da sociedade civil de interesse público, voltadas para a cultura”, ufa!!! O título não é agradável. Sempre tive bronca desses nomes herméticos, longos, que não aderem ao entendimento popular. Se a proposta é abrir o debate o nome trabalha contra.
A observação é construtiva e a professora Anita bem sabe o quanto torço pelo êxito de seus trabalhos, sempre interessantes. No papo com ela enfoquei o risco que corremos em fazer convênios com a iniciativa privada envolvendo o equipamento cultural público. Risco de elitização cultural e a conseqüente exclusão da maioria destes ambientes. Cuidados especiais para não virar guetos chiques.

O Comentário do dia

Com o perdão das falhas. Digo "WTCC", quando o correto é "WTTC". Pensei em regravar, mas não achei relevante. Foi para o ar assim na Guarujá. A propósito, a sigla é horrorosa. Nem tente abri-la. Não aconselho aos de língua tupiniquim.

África, Dinah e preconceitos

Em meio a tantas notícias ruins comentários sempre lamentando a falta de vergonha de nossos autoridades púbicas e a incapacidade de gestão desse pessoal, uma pérola brilha em São José. Chama-se “Café com Idéias”, uma iniciativa da Secretaria da Educação do Município, com o aval, é claro da Prefeitura. Pelo menos uma vez por mês os professores da cidade recebem os interessados em bater um “papo cabeça”, no CAT, a Cidade dos Idosos, ali na Beira Mar de São José.
Ontem entrevistei um dos organizadores do evento, o professor e filósofo Adão de Souza. Foi uma boa conversa, rara em rádio, com Chet Baker de fundo. Se conseguir manter este nível no “Guarujá Entrevista”, sempre às 16 horas, vamos bem. Sugiro a audição. Hoje tem Márcio de Souza, falando de religiões de origem africana e os preconceitos de todos nós. Em back ground Dinah Washington.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Outro “round”, agora em Brasília

Depois de amanhã o Senado faz um repeteco do que já aconteceu aqui em Florianópolis. Uma reunião vai colocar uma mesma mesa as onze Comissões da Casa para debater os Códigos Ambientais, de Santa Catarina e o Florestal (Federal).
Imagino que, enquanto o Supremo não botar ordem nesse bate boca, a incontinência verbal de ambos os lados vai continuar. Bem, de bate boca, o STF entende.

Comentário de hoje

A partir de hoje, ainda em caráter experimental, os comentários no Jornal da Guarujá, de segunda à sexta, entre 8 e 9 da manhã.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A real motivação do bate boca no Supremo

Vamos devagar com as cobranças e pressões. Agora pouco ouvi o Alexandre Garcia comentar o caso dos ministros do Supremo. E ele ressaltou que o ministro Barbosa, agora, tem que apontar quem são os “capangas” que o ministro Gilmar Mendes teria na sua cidade. O questionamento erra no tema, se é que a conversa é pra valer, sem sofismas e hipocrisias. O ministro Gilmar é dono de terras, é um proprietário rural. Quem, neste País, que possui uma fazenda, com gado e plantação e não tem “capangas” ou capatazes, se quiserem. Quem? Ora, o ministro tem os seus, e o que há de errado nisso?
Vamos começar de novo esta conversa: o bate boca foi desproporcional para o tema, uma ação banal de inconstitucionalidade, como tantas outras. O que ficou como grande curiosidade, para todos nós, é a motivação real e tanta irritação e animosidade mostradas pro ambos. Aquilo, é óbvio, foi a ponta do iceberg. O assunto de deve ser bem mais cabeludo. Imagina-se até.

Severinos no Supremo

Constrangedor e espetacular o bate boca dos ministros do Supremo, ontem, dígno daqueles parlamentares do baixo clero. Me lembrei do Severino. Irresistível a publicação. Pra não esquecer de como não deve ser. O que mais podemos esperar de Brasília, hein?...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A reunião de condomínio dos códigos

A reunião deu em nada. A repórter Raquel Santi, da Guarujá, me fez uma figura interessante para qualificar a reunião: pareceu uma reunião de condomínio, todo mundo falou o que pensa e nada ficou decidido.
O encontro foi confuso até na convocação. Inicialmente, a reunião foi convocada pela senadora Ideli Salvatti como uma audiência pública da Comissão Mista do Senado sobre as Mudanças Climáticas. Nos primeiros minutos de reunião, a imprensa foi convidada a se retirar do ambiente. Mais tarde, viria a explicação dos assessores que a reunião era fechada mesmo e não uma audiência pública. Mais alguns minutos e os assessores resolveram terminar com o mistério, já que o colunista Moacir Pereira estava assistindo a reunião com absoluta exclusividade, em detrimento dos demais colegas de imprensa. A solução foi abrir a todos.
Houve alguns momentos tensos. A Lei Federal foi várias vezes arguida, sob protestos. Em dado momento, mais descontraído, foi solicitada uma água benta para acalmar os ânimos, já que o encontro acontecia na Mitra Diocesana, a morada do arcebispo metropolitano.
Ao final, nenhuma conclusão positiva, no sentido de se encaminhar uma solução para os conflitos entre os códigos, catarinense e federal. O caminho será aguardar os ministros do Supremo se pronunciar sobre a matéria.
Se quiserem uma frase para resumir os resultados da reunião, aí vai uma da senadora. “Pelo menos todo mundo saiu vivo daqui.” Pelo jeito, o “vale tudo” vai continuar, em tevê aberta...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tiradentes na Guarujá

Para quem aprecia os temas históricos, estou abordando, entre hoje e amanhã, no Programa Guarujá Entrevista, o episódio da Inconfidência Mineira, a figura mítica de Tiradentes e as lições que podemos tirar desta passagem tão dramática do nosso passado frente aos desafios do presente não menos dramáticos.
Hoje foi a vez do professor de Direito e cientista político Eduardo Guerine, um craque da observação da cena brasileira contemporânea. O professor fez pontes interessantes dos dois tempos. Na sua época, Tiradentes representou um anseio da classe média de mudar um sistema contaminado pela corrupção e marcado pela ganância da Corte Monarca na cobrança de impostos. O cientista nos fez pensar que, talvez, estejamos até hoje em busca de uma atitude verdadeiramente republicana, que só proclamamos no nome, mas raras vezes na prática da cidadania efetiva. Foi um papo presumidamente bom.
Amanhã, dia 21, é o dia próprio e solene de Tiradentes. E por isso caprichei nos convidados do Guarujá Entrevista. Na verdade, fui buscar a ajuda do amigo, colega e historiador Celso Martins. Ele me brindou com dois convidados e os ouvintes vão se deliciar. Estarão comigo o casal de doutores em História do Curso de Pós Graduação da Udesc, os professores Reinaldo Lohn e Silvia Arend.
Durante uma hora eles vão nos dar uma aula sobre a importância de Tiradentes, as verdades e lendas em torno do Alferes e os links históricos que podemos fazer entre o passado e a atual conjuntura. Promete. Não percam. Começa às 16 horas, na Guarujá AM 1.420kHz.

As últimas do Código

Notícia do último minuto. O governador está na Bahia, participando de um encontro de governadores para tratar de assuntos ambientais. Estava prevista a presença do ministro Carlos Minc. Não apareceu, mandando representante.
Na sexta-feira última, à noite, Minc ligou para LHS, que estava em Joinville. Minutos depois, a senadora encontrou-se com o governador e conversaram sobre o caso. A ligação entre LHS e Minc foi amistosa, de conciliação de parte a parte, mas a orientação do presidente Lula é que Minc evite cruzar com o governador catarinense e criar mais entreveros na mídia. A situação ainda está longe de ser resolvida. Os ânimos não se acalmaram apesar do gesto de sexta de Minc a pedido de Lula.
Na quarta, a reunião aqui na Capital promete. O governador vai mandar representá-lo, através do procurador-geral Sadi Lima e o presidente da Fatma, Murilo Flores.
Enquanto isso, o Supremo vai recebendo as Adins. Duas até agora.

Como andam os corredores do Código

Pra dar uma atualizada no debate sobre o Código Ambiental Catarinense.
Desde quinta passada o Supremo já tem uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para analisar. É do PV de SC. Hoje, o Ministério Público Estadual também protocolou. É bem provável que venham mais algumas. No MPF, do IBAMA e do PV Nacional.
Na próxima quarta a senadora Ideli Salvatti está tentando agendar uma reunião aqui em Florianópolis para abrir o debate sobre o assunto. Já disse aqui que a senadora conversou por telefone com o ministro Minc. Ele prometeu ligar para o governador LHS, mas até agora nada. A senadora concorda que há pontos que os estados devem ter autonomia para legislar sobre o meio ambiente, mas “pero no mucho”. A senadora do PT não quer brigas neste terreno.

domingo, 19 de abril de 2009

Saudação a quem tanto devemos

Hoje é Dia do Índio também. Devemos tanto a eles, os primeiros, os nativos, eles que nos emprestam suas terras, pedindo quase nada por isso.
Muito da habilidade que tenho para construir minhas miniaturas vem no sangue indígena que trago lá da minha avó, a Dona Georgina, de fortes raízes indígenas, de cabelos longos, esguia, guerreira até o fim.

O Exército e o nosso ranço

Hoje é Dia do Exército Brasileiro. Entrevistei na sexta o Tenente Coronel Eugênio Moretzon, relações públicas da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada de Florianópolis. Um mineiro, moço, cerca de 35 anos, talvez. Provoquei-o sobre as lembranças que a população ainda tem (os que têm mais de 45 anos...) da ditadura militar. Ele se saiu bem. Disse que o Exército, hoje, pensa olhando para frente, levando em conta as lições que o passado deixou.
Sou mais velho que o Tenente e lembrei que, apesar de todo retrocesso patrocinado pelo regime militar, consigo ter boas recordações como estudante, ainda no Primeiro Grau, da noção de Pátria que tínhamos, cantando o Hino Nacional, o Hino do Estado e hasteando as bandeiras, todos os dias, no pátio do colégio, antes de iniciar a aula, bem cedo. No Dia 7 de Setembro, enfeitávamos as bicicletas e verde/amarelo e aquilo nos lembrava a seleção brasileira, Tri-campeã do Mundo de Futebol. Na nossa ingenuidade estava tudo bem no País e o que ficou pra nós foi isso. Me lembro bem que em 1972, o general Emílio Médici esteve em Porto Alegre, inaugurando um dos primeiros elevados da cidade. De bandeirinha do Brasil na mão abanei com orgulho ao bom velhinho, dentro de um Landau preto, rodeado de batedores de moto. Mais tarde, já adolescente viria a saber quem era de fato aquele homem, um ditador, comandante do mais perverso período que tivemos, com perseguições, desaparecimentos e assassinatos de brasileiros de se opunham àquele regime.
Minha geração e a anterior nunca saberão comemorar o Dia do Exército sem lembrar destas máculas. É um desafio para nós, não passarmos aos nossos netos o ranço histórico que temos. O Exército Brasileiro em si não merece isso.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Problema emergencial

A propósito, a senadora é favorável a idéia de que existem aspectos na legislação ambiental que devem ser tratados de forma específica, por cada estado, em que pese não se abrir mão de um código nacional sobre o tema.
A senadora Ideli está preocupada com a dúvida criada entre os produtores rurais. Qual o Código que vale? Quem for punido, com uma suposta reversão da Justiça, quem paga os prejuízos morais (no caso de prisões) financeiros e ecológicos? O bom senso preciso voltar logo para o centro da discussão, seja qual Código esteja em vigor.

Código: bandeira branca?

A senadora Ideli Salvatti disse agora na Rádio Guarujá que está cobrando uma ligação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc para o governador Luiz Henrique da Silveira. O ministro prometeu que ligaria, diz a senadora, que conversou com ele ontem. Até agora, o telefone não tocou na Casa d’Agronômica e o ministro vai viajar para o exterior no domingo. Será que liga?
Ideli também adianta que está articulando uma reunião, aqui em Florianópolis. Na mesa estarão os chefes dos Ministérios Públicos, o IBAMA, o Governo do Estado e o Ministério. Caso o pessoal não baixar a bola, esta reunião tem tudo para precisar de mais um integrante: o Corpo de Bombeiros.
Vamos ver.

domingo, 12 de abril de 2009

Conexão da Tarde, às 2h

Além da manhã, a Guarujá vai dar uma mexida legal na tarde. O Programa “Conexão da Tarde” que apresento a partir das duas, vai se estender, agora, até as 6 da tarde. O programa faz um parênteses de uma hora, às 4, para trazer o “Guarujá Entrevista”. Vai ser um espaço bacana, para discutir mais demoradamente com especialistas, artistas, escritores e profissionais em geral, assuntos importantes, com formato leve e descontraído, sempre acompanhados por pitadas do bom jazz, blues e outras do bem, do jeitão “Jornal da Noite”, que parece ter deixado saudades na cidade.
A presença de toda equipe de jornalismo local da Guarujá, correspondentes especiais e os demais craques da Rede Eldorado, como Alexandre Garcia, Celso Ming e Lucia Guimarães, completam o time do “Conexão”.
Adianto que amanhã, vamos conversar com um professor universitário, craque em Direito Marítimo. Como leciona Direito Penal, vai falar também da situação dos presídios no Estado. De fundo, vamos de Dinah Washington, com um pouco de filosofia, livros e peças, só pra relaxar a alma.
Ouçam e depois me digam alguma coisa, por favor.

Jornal da Guarujá, 8 horas da manhã


Sugiro aos leitores e colegas bogueiros, que gostam do bom radio jornalismo, que dêem uma acompanhada na programação da Rádio Guarujá, amanhã. A programação sofreu alguns ajustes importantes, favorecendo o conteúdo e os fatos, da cidade e do país.
Logo pela manhã, entre 8 e 9 horas, o jornalista Iuri Grechi ancora o Jornal da Guarujá, com a presença dos repórteres locais, Rodrigo Cardozo, Carol Gonzaga, Raquel Santi e Hívan Toncic. Enriquecendo o espaço, da Rede Eldorado, falam, diariamente, Alexandre Garcia e a equipe do AE Investimentos. Cada dia da semana o Iuri chama um especialista da Rede, como Lucia Guimarães (Diário de Manhatan), Fernando Almeida (Meio Ambiente), Carlos Ferreirinha (Sustentabilidade e consumo) e Luiz Carlos Merten (Cinema).
Boas entrevistas, correspondentes de agências de notícia e o comentário deste blogueiro completam a nova idéia no ar.
Acho que vai valer.

sábado, 11 de abril de 2009

A caneta do nosso “biguibroder” de cada dia


Tem coisas que irritam na internet, bem mais que os mosquitos, por exemplo. Há uns meses abro meu provedor de e-mail’s e sou assombrado com um anúncio – que normalmente invade a tela sem que eu queira – de uma tal caneta espiã, que o sujeito pode colocar no bolso e sai por aí a filmar e gravar o que vê (ou o que o seu bolso vê) pela frente.
Se os marketeiros deste país se dão ao luxo de usar uma mídia assim tão agressiva, é sinal que o negócio tem receptividade. Deve ter muita gente interessada nesse tipo de equipamento de bisbilhotice digital.
Fico pensando no mundo doido que está esse que vivemos. A caneta é um flagrante “efeito biguibroder”. Já que as pessoas não têm nada mais interessante para fazer nas horas de lazer (afinal o “biguibroder” acabou e com ele o programa predileto da maioria das famílias brasileiras), vamos, agora, brincar de espionar o dia-a-dia alheio.
Proponho aos que sofrem do ócio, até nas horas de lazer, uma caneta espiã imaginária que filme a nós mesmos, de um bolso qualquer, o dia todo. Ao final do dia, descarreguem, via USB, no seu computador virtual, todas as imagens captadas e façam uma análise do que verão.
Aposto que muitos vão se surpreender e, talvez, rever suas posturas. Vamos rir muito até, ou chorar muito.
Fico pensando o ridículo de alguém flagrado com esta caneta no bolso. Eu, particularmente, vou cuidar mais com minhas reações faciais diante de certos interlocutores que conheço. Será que eles compraram a caneta?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Judicialização como estratégia

Um atento analista da cena política catarinense me fez dia desses uma observação interessante sobre a estratégia dos asseclas da família Amim contra seus adversários. Teoriza que quando não estão no poder, fazem uma oposição não no campo da política, nos embates de idéias, mas judicializam todas as questões, possíveis e imagináveis, e ganham fôlego durante meses e anos, valendo-se das longas tramitações e das vias recursais dos processos na Justiça.
Segundo entende, foi assim com os governadores Pedro Ivo Campos e com Paulo Afonso Vieira. Este último, chegando à beira do impeachment. No caso de Luiz Henrique da Silveira, avalia o analista, a motivação do processo que corre no Supremo é ingênua, trivial e até constrangedora do ponto de vista jurídico e acredita num escore fácil na votação, de 7 a 0.
No entanto, reconhece que a ação incomoda, causa danos políticos e chega até tirar do sério o atual governador. Por onde anda, sempre está dando explicações, inclusive nas esferas internacionais, por onde LHS tem andado. Alguns grandes negócios na área do turismo, por exemplo, vivem um momento de apreensão.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sinais, evoluções e história


O amigo e colega Mário Xavier, atento e estudioso sobre as visões do interior humano e do cuidado com nossas evoluções espirituais, manda um e-mail que serve de sinal de alerta a todos nós. Andamos tão apressados que não percebemos muitas coisas tão essenciais. O Mário traz um artigo brilhante no seu site, bem a propósito do que rola nas telas, pelo mundo e aqui. A leitura é indispensável a quem se interessa pelo assunto. Uma canja do Mário:
“É impossível dissociar a Índia da ancestralidade mais remota que nos integra como comunidade humana voltada ao autoconhecimento e à investigação do mundo interior. Algumas de suas escrituras sagradas como os Vedas têm mais de 5.000 anos. Milênios antes de existir a Medicina e a Psicologia no Ocidente, Buda já estudava a fundo a consciência e o comportamento humano e ensinava sobre a meditação. E o próprio Brasil, segundo a história oficial, foi descoberto e colonizado há pouco mais de 500 anos graças àqueles que procuravam um caminho marítimo para as (então chamadas) Índias. Neste 2009, um filme ganhador de oito Oscars e uma novela global colocaram a Índia na vitrine da mídia, e ela está mais presente do que nunca, aqui e agora, especialmente para quem tem sede de Si. (...)”
LEIA MAIS NO SITE DA REDACTOR

sábado, 4 de abril de 2009

David Scheid Trio, em “Singing In The Rain”


Quase não resisti esperar. Há três dias recebi pelo MSN esta preciosidade e achei que sábado seria o dia mais adequado para o post. É um misto quente de bossa nova, samba e tem até umas pegadas de funk e blues. Dêem uma escutada de perto. Veio de San Diego, na Califórnia/EUA. David Scheitt Trio. O David encara a guitarra, vocal e o arranjo espertíssimo de “Singing In The Rain”. O David é o meu querido brother (o do meio na foto), um filho do coração!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Lula, o cara virado pra lua

O Lula virou celebridade na Europa. O presidente Obama resolveu dar-lhe esta canja e todos queriam tirar uma casquinha com o nosso presidente. Parecia o Mickey na Disney.
Lula é um cara de sorte, pelo menos de uns tempos pra cá. Na semana em que sua popularidade se apresentou em queda por aqui, a reunião do G20 parece servir de “plano b” para voltar ao topo, depois de virar “o cara” entre os gringos. E olha que Lula andou se metendo em “palpos de aranha” dia desses, tagarelando em por aí que os “brancos de olhos azuis” são os responsáveis pela crise financeira mundial.
Quando a gente acha que Lula pisou na bola, a sorte vem e lhe socorre a falta de juízo. A declaração, cá entre nós, é absolutamente real. Pode-se explicar grosseiramente as origens da crise assim mesmo, mas é imprópria a um estadista, uma escorregada do tipo pastelão na diplomacia internacional. Como Lula tá “virado pra lua”, a frase infeliz ganhou a solidariedade de Obama, negro e de olhos escuros, e tudo pareceu apenas uma gracinha oportuna no presidente do Brasil.
Na próxima viagem que Lula fizer aos Estados Unidos é bem capaz dele receber ainda outros elogios a La Obama, de outro norte-americano descolado e da moda, o always rebel - sempre rebelde, Michael Moore. O intrépido escritor anti-Bush, autor do best seller “Stupid White Men” (Uma Nação de Idiotas), parece ser a leitura da hora do nosso presidente.
Qual será o próximo livro de Lula?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A 401 municipalizada

Vale dizer, ainda, sobre o pedágio na SC 401 e a duplicação inacabada da estrada há mais de uma década: ninguém mais pode negar que aquela “artéria” se integrou à cidade na forma de uma longa avenida e não cabe mais como via estadual. O fato é que prefeito nenhum será doido o suficiente para querer municipalizá-la, sem antes completar as obras e resolver o passivo criado com a Engepasa. Quando isso acontecer o prefeito da hora será o primeiro a pedir sua adoção.
Então teremos a nossa Avenida Ipiranga (Porto Alegre) e a Marginal Tietê (São Paulo).

"Hellôôoww...!"

O que aprovaram ontem na Assembléia foi o Código Agropecuário do Estado. No duro, o que continua valendo é o Código Florestal do País. Para o MPF, IBAMA e, quem sabe, daqui uns dias, para o STF.

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