sábado, 31 de janeiro de 2009
As imagens que levaremos pra sempre
Não resisti trazer de lá um vídeo do Chico e do MPB4, num dos Festivais da Record (1967), quando conhecemos “Roda Viva”, uma obra prima, cheia de mensagens subliminares, muito a ver com aqueles tempos de chumbo.
É de impressionar a qualidade do som, captado por apenas um microfone, vozes e instrumentos. Que arranjo, que sonoridade! Lindo ver adolescentes, jovens e adultos vibrando a cantando juntos. Impossível não se perguntar: onde andariam eles hoje? Que privilegiados foram, testemunhas daqueles momentos! Curtam esse remember!
Muito calor, pouco papo
Sugiro a vocês um suco de limão com menta ao som de "My Funny Valentine", do Chet e muito silêncio em volta. Tá bom..., vai..., um pouquinho de vodka!
Então tá.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Olha o palavreado...!
Dou um exemplo, daqueles que rimos muito. São essas histórias do dia-a-dia de uma rádio.
Essa o Janiter De Cordes é que contou. Numa jornada da Guarujá, ano passado, o repórter Júlio Casto entrevistava torcedores ao final de um jogo do Avaí.
- E aí, amigo, o que achou do jogo?
- O jogo foi bom, foi uma beleza, o Avaí se continuar jogando assim vai subir para a Série A, foi um jogo “ducaralho”!
- Opa, peraí, amigo, vamos manter a elegância, olha o nível..., reclamou o Júlio.
- Tá bom, tá bom, me desculpe, mas eu quero que o Figueirense “se foda”!
Quem são as forças poderosas, prefeito?
Diz o prefeito que “projetos como as reformas administrativa e previdenciária não seriam aprovados em sessões normais devido a forças poderosas de interesses contrários".
Esta é uma declaração surpreendente, que necessita maiores esclarecimentos do prefeito, tamanha é sua gravidade. Que forças poderosas são estas? Que interesses contrários são esses? Contrários a quem estes interesses? A sociedade precisa saber quem são os reais protagonistas do poder instalado na cidade.
O que chama atenção, também, são as repetidas entrevistas exclusivas que o prefeito Dário vem dando aos veículos do Grupo RBS. Nada contra o Grupo, muito pelo contrário. O admiro muito pelo seu profissionalismo. O que causa espécie é o prefeito se reportar à sociedade de forma tão "seletiva". Não precisava. Será que o secretário Arenhart está omisso a isto? Ele é jornalista e, com certeza, poderia corrigir este problema. Ou não?
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Os fatos como eles são, por Gean
Os acontecimentos relatados e confirmados por ele, até este instante, são os seguintes:
- A Câmara Municipal entrou com recurso na Justiça nesta quarta-feira, por volta das cinco da tarde, pedindo a revisão do sobrestamento, permitindo que as sessões extraordinárias sigam normalmente.
- A presidência da Câmara comunicou o prefeito Dário Berger sobre a aprovação dos quatros projetos (incluindo o mais polêmico deles, que cria o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais) na manhã do dia seguinte da votação (terça-feira).
- A Justiça notificou a Câmara sobre a suspensão das sessões no final da tarde de terça, ou seja, depois da presidência já ter comunicado o Executivo sobre as deliberações.
- Imediatamente ter recebido o comunicado do Legislativo (ainda na terça), o prefeito Dário sancionou os quatro projetos votados e aprovados e autorizou a publicação de sua deliberação no Diário Oficial. Até aquele momento – e pelo que se sabe até agora – o prefeito ainda não havia recebido as citações judiciais. ( No início da entrevista, Gean dá entender, que Dário já havia sancionado e publicado as matérias: "...deve ter sancionado...". Mas depois, perguntado especificamente, afirmou que soube pela imprensa)
- A expectativa do presidente Gean é que a Justiça revise a sua decisão ainda nesta quinta.
Nesta quinta, se o prefeito resolver ampliar seus contatos com os demais jornalistas, ele poderá dizer, pessoalmente, o que fez com os projetos advindos das sessões extraordinárias da Câmara.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Os blogs e o bom jornalismo
Me parece que os blogs são um meio. A fonte está por trás deles, como sempre esteve. A possibilidade da velocidade de propagação da informação que ele oferece é algo fascinante e perigoso, que seduz qualquer profissional de imprensa. Uma visão apaixonada pelo softwear é ou pela própria informação publicada – o que seria mais grave - pode significar um antigo problema nas redações: a pressa em “furar” a concorrência com o risco da perda da qualidade da informação ou até a deturpação dela, decorrente do mínimo recato que se exige do jornalismo sério.
Baseado nessa premissa de boa conduta profissional, pela preservação da credibilidade, na maioria das vezes, uma notícia muito bombástica, seja ela de onde vier, sempre exigirá uma checagem dos fatos, uma ou duas vozes a mais para confirmar ou corrigir e/ou agregar mais qualidade à informação. Esse procedimento é histórico e básico na profissão de jornalista e recomenda-se que assim se aja diante de qualquer fonte, principalmente aquelas informais e amadoras como são – ainda – a maioria dos blogs.
De resto, vale dizer também que nenhum veículo ou profissional de imprensa deve se sentir sobrepujado ao ser “furado” por um blog. Pela sua natureza, os blogs – até inventarem algo ainda mais veloz (dizem que os tweters o são...), têm obrigação de ser mais rápidos do que a mídia tradicional.
Obviamente, sou muito a favor dos blogs e blogueiros, mas eles não vão superar o velho rito do bom jornalismo. Muitos são ótimas fontes a serem acompanhadas e salvas entre os nossos "favoritos". No máximo.
Sofrimentos pelo mundo. Lá e cá! (II)

A foto bem que poderia ser legendada assim:
“Homem desesperado em Gaza ao perder toda sua família de uma vez”
Mas a imagem não é de lá. É daqui, de Florianópolis. A legenda original:
“SC Homem é resgatado após ficar 3 dias perdido no esgoto”
Mas não gastem todos os lamentos aqui, não. Há muitos de nossos homens públicos perdidos há muito mais tempo, sem chance de resgate.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Debate entre vereadores no JN, na Guarujá
Ainda esta semana vamos acertar a data precisa. Será um momento importante da política local. Vamos ver. De minha parte prometo respeitar rigorosamente o "regimento" jornalístico.
Sofrimentos pelo mundo. Lá e cá.

“Moradores da Faixa de Gaza sofrem com bombas e perdas de familiares”
A crueldade humana, infelizmente, é universal. Há quem defenda as atitudes com teses e eloquência, na ONU e em blogs, sem a menor vergonha na cara. Que mundo é esse?...
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Golpe na praça. Cuidado com a moça!
Um sujeito foi ao supermercado, passou por uma experiência inusitada e resolveu avisar seus amigos:
- Olha pessoal, cuidem-se, por que há um golpe na praça. A gente chega ao supermercado, no estacionamento, e vem uma garota sarada, daquelas de fechar o trânsito, e começa a limpar o parabrisas do carro, se esfregando toda no vidro e a gente só ali, naquele espanto. Aí, ela vem falar com a gente, como se fosse uma pessoa carente, pede um dinheirinho e já vai entrando no carro. Para surpresa da gente, ela puxa de uma arma e manda a gente ir para um lugar ermo, distante. A gente vai, é claro, com aquele revolver... Sem pestanejar, já com o carro parado, no meio do mato, ela tira toda a roupa e ataca a gente. Cuidado, viu, pessoal, ela não é brincadeira. Eu fui atacado ontem, fui hoje e vou ser amanhã também...
PS.: Desculpem as leitoras do Blog com a história tão cafajeste, mas achei uma pérola.
“Perdoa-me por me traíres”

Mas onde é que nós vamos parar, hein? Diria a minha avó, “é a primeira trombeta!”
A palavra “traição” ganhou um viés (a palavra da moda) quase doce.
Diria o velho Nélson, ...
domingo, 25 de janeiro de 2009
Há 25 anos as “Diretas Já!” explodiam em todo País. Ditadura agonizava!
Esta é a famosa matéria da TV Globo, que foi ao ar no Jornal Nacional, no dia 25 de janeiro de 1984, hoje fazendo 25 anos. Mais de 300 mil pessoas tomavam a cercanias da Praça da Sé, no centro de São Paulo. Explodia em todo o País o movimento das “Diretas Já!”. A Rede Globo, até aquele momento fazia o jogo do Regime Militar e tentava esconder uma evidência nacional, o enfraquecimento fatal da ditadura e o avanço das forças democráticas.
No vídeo, pode-se ver a edição contida, acanhada sobre a manifestação da Sé. O dia coincidia com o aniversário de 430 anos de São Paulo. O repórter Ernesto Páglia sabia das limitações que teria para ver sua matéria ir ao ar. Inteligente, lançou o aniversário na cabeça da matéria, mas reforçou as informações sobre o comício, e a participação maciça dos astros Globais no palanque que tinha Ulisses, Brizola, Lula, Quércia, Montoro, entre outros. Páglia, experiente e sutil, ainda editou um trecho estratégico de uma entrevista com o arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns, que apoiava as oposições e defendia - entre linhas - a importância das manifestações do povo.
Os comícios tinham duas atrações fixas, que emocionavam a todos. A abertura era feita com a cantora Fafá de Belém, interpretando o Hino Nacional (ela chegou a incluí-lo no seu LP do ano). Depois cantava o “Menestrel da Alagoas”, canção feita por Milton Nascimento, que homenageava o senador Teotônio Vilella, que morrera um ano antes e se transformou numa figura heróica, lutando contra um câncer, sofrimento que não o impediu de percorrer todo o Brasil, pedindo reformas e eleição direta para presidente. A outra grande atração dos comícios era a aparição da “Musa das Diretas Já!”, a atriz Cristiane Torloni, na época casada com o psicoterapeuta da moda Eduardo Mascarenhas, que se elegeu facilmente deputado federal pelo PMDB, em 1986. Torloni, linda, na sua melhor forma, animava os comícios, saudada pela sua beleza e postura política corajosa para aqueles tempos.
Vejam (os mais jovens) a polêmica cobertura daquele dia histórico e revejam (os da minha geração em diante).
Florianópolis fez a vigília das “Diretas Já!”
25 anos: a lembrança das “Diretas Já!” aos nossos filhos

O clamor nacional era resumido numa Emenda Constitucional, batizada de “Emenda Dante de Oliveira” ou “Emenda das Diretas”. Dante era um deputado do PMDB, militante do MR-8 e que mais tarde, viria a ser o ministro da Reforma Agrária do Governo de José Sarney, o herdeiro presidencial de Tancredo Neves, eleito em 1995. Dante ainda seria prefeito de Cuiabá (1992) e governador do Mato Grosso do Sul duas vezes (1994/98), morrendo prematuramente (2006) acometido de uma pneumonia, agravada pela sua diabetes.
Os comícios das “Diretas Já!” começaram a ser realizados nas principais capitais do País. Mas foi no dia 25 de janeiro de 1984, há exatos 25 anos, que o “Diretas, Já!” ganhou força nacional, com o comício realizado na capital paulista, na Praça da Sé (foto).
No mesmo dia a cidade de São Paulo completava 430 anos. Esta sobreposição de datas, do comício e do aniversário, inspirou a Rede Globo a tentar ignorar o movimento pelas eleições diretas. Uma multidão de mais de 300 mil pessoas na rua era atribuída pela reportagem da Globo à uma comemoração do aniversário da cidade, onde alguns manifestantes aproveitaram para pedir eleições para presidente. A estratégia não durou muito, já que a TV Bandeirantes passou a transmitir ao vivo os comícios pelo País, obtendo grande audiência em horário nobre.
Semanas antes da Emenda ir à votação no Congresso o Ibope apontava que 84% dos entrevistados apoiava as eleições diretas. Faltavam nove dias para a votação no Congresso e a cidade de São Paulo daria uma nova demonstração de força popular. Um comício das "Diretas Já!", no Vale do Anhangabaú, reuniu cerca de 1,7 milhão de pessoas. Ninguém havia visto aquilo na história do Brasil.
Não se pode contar a história recente do Brasil sem se falar demoradamente do movimento das “Diretas Já!”. É um marco a ser lembrado para sempre.
Já faz umas quatro horas que estou passeando pelo You Tube e pelo Google, observando com grande emoção as cenas daquela época. "Pesquei" algumas que divido com vocês aqui. Primeiro vai a foto, daqui a pouco publico as imagens.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Licença poética de sábado
No meio da noite, bêbado de sonho, desperto levemente, nem chego a mexer o corpo ou abrir os olhos. Só sinto um ventinho quente, leve, íntimo, próximo, a soprar meu lado de fora da mão, relaxada sob o travesseiro. Era tua respiração, a me abençoar os sonhos, depois daquele amor aeróbico.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
A “limpeza” da cidade. Que vergonha!
Logo que li a manchete entendi que era algo novo, revolucionário até. Mas logo senti toda minha ingenuidade, acreditar que teríamos um gesto tão humanitário.
O que imaginei? Pensei que as nossas autoridades municipais, em parceria com as estaduais e até federais, iriam ajudar essas pessoas, dar-lhes abrigo, comida, educação e capacitação, com a intenção de reincluí-las entre nós.
Nada disso. Vão fazer um cadastro “parente” da Lista de Schindler. Não vão tratar ninguém. Não pretendem ajudar ninguém. Pelo contrário. Serão listados e mandados embora para suas cidades de origem, para recomeçarem as suas vidas desgraçadas, as quais lhes fizeram vir para cá, tentar alguma coisa melhor.
Só quem tem uma visão míope da vida entende que estamos “limpando” a cidade. Enxergam esses pobres coitados como montes de esterco, de lixo, que devem ser recolhidos e levados para longe, onde não os enxergaremos mais. Me causa espécie ler e ouvir alguém fazer a tese dos que não são daqui e nada trazem de bom para cá, como se esta ou qualquer outra terra fosse propriedade de alguém, fosse um gueto, um clubinho dos bons moços. Sei até de gente que sempre se disse comunista, socialista e que todos somos iguais. Enganadores! Não resistem a meia hora de farinha pouca e já esquecem tudo que disseram e escreveram na vida para apressarem o seu pirão mal feito e indigesto.
O triste fenômeno é simples: nós, sociedade, não fizemos a nossa parte, não elegemos gente competente para nos governar, sequer cobramos o bom comportamento deles. Em conseqüência disso vêm os erros, os roubos, escândalos e a miséria, prima-irmã disso tudo. O que fizemos? Nada! Olhamos pro lado, colocamos a culpa no vizinho mais perto e, no vacilo da ética, colocamos o problema para debaixo do tapete o mais rápido possível, como por exemplo, mandando essa gente das ruas pra sofrerem mais longe, onde nossos olhos não podem ver.
Para arrematar esse comportamento desumano, os apoiadores da ação ainda fazem a tese da “limpeza” da cidade, "desses que não são daqui."
Me admira muito essa gente. Eles são de onde, hein..?!
O Cazuza tem razão: “A tua piscina está cheia de ratos...!”
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Brincadeirinha tupiniquim
Resolvi fazer algo diferente na última segunda, dia da posse de Obama, no Jornal da Noite/Guarujá. Coloquei o discurso dele de fundo e li um texto em cima, falando dos significados de sua chegada ao poder. Mas na arrancada do discurso, Obama diz: "My fellow citizens: I stand here today humbled... (traduzindo, “meus compatriotas, aqui me encontro hoje humilde...”). A palavra “humbled”, em inglês, na voz de Obama, pode-se entender, claramente, no ouvido tupiniquim, “Rambo”. Foi, então, que o Diornes do Nascimento, nosso operador de áudio da Guarujá, lascou essa, quando eu me preparava para entrar: “Rambo? Mas esse governo vai ser bom...!”
Tive que me concentrar para não estragar tudo com uma gargalhada no ar...
Apreciem agora a brincadeirinha que fiz “by Diornes”, que só foi pro ar aqui, é claro.
A gelada no intervalo
Valeu o bom senso. Cerveja nenhuma incentiva a violência. O que precisa ser reprimido é o baderneiro que já chega no estádio calibrado e cheio de maldade na cabeça. Esse tem que ficar na catraca e se engrossar no camburão.
Alô galera do bem, a cervejinha tá liberada!...
Luvas
... Onde mesmo vendem luvas aqui em Florianópolis?!...
A camiseta da senhora Obama
Como um bom tupiniquim, fico aqui a pensar com meus botões. Será que a primeiríssima dama do mundo repete suas roupas? Vou mais fundo, respeitosamente, é claro: será que a senhora Obama relaxa em sua suíte vestindo uma camiseta, dessas que a gente ganha de brinde e só usa para dormir ou para cortar a grama em casa?
Aaah, essas camisetas..., quanto mais velhinhas melhor... até ela deve ter as suas...
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Preconceito confesso
Ei-lo meninos, aproveitem...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Mais Elton: belo show, letras fracas e outras coisinhas
As canções, os arranjos, a presença forte de palco e a atitude criativa dos velhos rockeiros, fazem do Elton a figura interessante que ele é. Mas observando bem as letras (muito mal acompanhadas pelo GC – Gerador de Caracteres da Globo, nos mostram letras fracas, bisonhas até, que deixam a desejar no sentido poético. As letras, com preciosas exceções, são panfletárias, pobres, na arte poética, repito. Ele se atém ao fato gerador da letra e “viaja” pouco em metáforas, em poesia, o que daria uma universalidade maior à mensagem e provocaria mais a nossa imaginação. Me lembrei o tempo todo do quanto nossos compositores são bons, são talentosos neste campo.
Digo isso muito à vontade, por que sou um fã do velho Elton e consigo ouvi-lo com este sendo crítico. De resto, sobre a polêmica sugerida pelo leitor Neemias, pego emprestada a célebre frase do general Figueiredo, aqui em Florianópolis, em 1979, que marcou a Novembrada, quando lhe ofenderam a mãe: “Minha mãe não está em pauta!” Diria neste caso do Elton, “a sexualidade dele não está em pauta”. E se tivesse..., bem, isso é um outro debate.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Ainda o Elton John
Fui conferir no You Tube a chamada da Globo, já que fiz aqui uma crítica pesada, quando falei que a Globo mentiu ao dizer que o show de Elton John seria "ao vivo". Me equivoquei. A Chamada não fala "ao vivo", e sim "direto de São Paulo", o que permite a gravação e a edição, mal feita, que reafirmo terem feito. Mas, a bem da verdade, reconheço que me excedi ao falar de uma "mentira". Não foi. O reparo jornalístico faz parte do cuidado com a credibilidade.
Pra não dizer que não falei de flores, vai aqui a "abertura" editada do Show de ontem, com a apresentação da chatinha do Fantástico. Vale a pena!
Elton ótimo, apesar da Globo

Durante todo o show fizeram cortes grosseiros e não levaram ao ar uma boa parte dos grandes sucessos do pop star. As legendas, com a tradução das músicas, foi um fracasso. Traduções estranhas, atrasadas, sem falar das vezes que o pessoal correu atrás, colocando legendas erradas.
No final, cortaram o show, sem biss, sem as despedidas normais do artista e meteram no ar a apresentadora do “Fantástico,” de improviso, mal vestida, lendo um texto às pressas, dando a impressão que o tele pronter tinha disparado, tamanha era a ansiedade da coitada, que ainda conseguiu chamar a edição do “Fantástico”- nada a ver com o Elton John. Os créditos finais passaram como o Felipe Massa numa bandeirada. Ridículo. Ah, não posso deixar de falar na vinheta e abertura e passagem. Bisonha, feita de última hora, nas coxas, como se diz. Num editorzinho de imagens caseiro a minha avó faria melhor...
Ao final, como era de se esperar o Elton John salvou a transmissão. Mesmo com o show “assassinado”, o velho Elton mostrou sua arte como poucos. Ele é bom demais!
sábado, 17 de janeiro de 2009
- Deixa que eu chuto esse pênalti!
Só espero que toda a cena não tenha sido uma dessas jogadas ensaiadas: o "Conselhão" divulga um número lá em cima e o prefeito carimba o percentual cá embaixo, saindo-se herói do episódio.
Prefiro não achar isso.
A pegadinha sádica no estádio
Mas o Paulo Brank me lembra que a cerveja só será liberada até duas horas antes do jogo e duas horas depois do jogo. Detalhe: no intervalo, não póóóde!
Putz! Parece uma piada, daquelas sádicas: Tenho duas notícias pra te dar, uma boa e uma ruim. A boa é que a cerveja tá liberada nos estádios em determinada hora. A ruim é que o estádio está fechado na hora que pode beber. Tóinnnn!!!!
Não posso acreditar nisso.
Sem essa de optar por almoço ou janta. Os dois!
Tenho dito na Rádio Guarujá que o caminho mais fácil de se montar uma boa equipe para o “brasileiro” é vencer o estadual. Do contrário, perder para o rival, significa desmontar o time, demitir o técnico, desmotivar mais uma vez a torcida e começar tudo de novo. Há quem lembre, para dizer o contrário, que o Avaí, em 2008, perdeu o estadual e não teve problemas para subir para a Série A. Um sofisma. O Figueirense só foi campeão estadual de 2008 porque Avaí e Criciúma entregaram de mãos beijadas o título. Ou não?
O colega Polidoro Jr. me provoca perguntando: queres ser campeão estadual ou voltar para a Série A? Digo a ele que uma coisa não exclui a outra, quero as duas. Equivale a perguntar a uma pessoa se prefere almoçar ou jantar. É normal que primeiro se almoce e mais tarde se jante. Fora isso, estamos tratando de alguém desnutrido, que não precisa ser o caso do Figueirense.
A diretoria do alvi negro segue maltratando sua torcida. Arrogância e mistérios.
Esse filme eu já vi e sei bem como termina. Vamos mudar o roteiro, senhores?...
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Liminares
Já disse no Campo Crítico que teremos, provavelmente, uma “dança” de liminares.
É só ouvir a Guarujá

Ué, mas tenho a forte impressão que tinha lido e ouvido entrevistas do presidente Delfim, falando sobre este assunto... Será que o presidente resolveu se calar por que errou sua previsão? Mais tarde, a produção do programa Conexão da Tarde voltou a tentar uma entrevista com Delfim, mas ele reafirmou o silêncio. Apenas disse que o departamento jurídico da Federação está acompanhando o assunto.
Salvo alguma liminar contrária, a Record transmite os jogos, com exclusividade. Então tá!
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Reajuste das passagens
-Aaaahhhhh, bom, agora ficou bem melhor, que diferença ....
Esse pessoal é bom mesmo, não?
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Uma história fria de Gaza
Um médico cirurgião brasileiro, dedicado a trabalhos de voluntariado e ações humanitárias pelo mundo, conta que prestou serviços médicos de emergência às vítimas da guerra lá na Faixa de Gaza e, a certa altura, tomou uma decisão: só atenderia crianças. Por quê? Ele contou que havia conseguido salvar o braço de um homem, ativista de guerra, numa complicada cirurgia reparadora. Dias após, depois de recuperado das fortes anestesias, sua primeira reação, olhando para o braço recomposto, foi assim: “que bom, meu braço de volta, posso continuar a atirar bombas contra eles”.
Crianças, crianças, sempre a nossa esperança...
Guerra de família

Dia desses acompanhei uma entrevista com uma jovem palestina, que nasceu em Israel, mas foi educada na religião islâmica. Sua educação em relação ao Estado de Israel dá o tom da complexidade do conflito. Para ela, Israel é a terra dos judeus, mas considera essa posse ilegal, são ocupantes na sua visão. A Faixa de Gaza é uma resistência permanente, uma espécie de teimosia em se defender uma Pátria. Paralelamente a isso tudo, ninguém desta guerra pode negar que todos os envolvidos são um mesmo povo, são “brimos”, como eles mesmos falam.
O que vemos todos os dias na televisão é uma guerra sangrenta entre irmãos. Mas há um dado alienígena, que não destoa dos demais conflitos hoje pelo mundo: a presença norte americana, com armas, com apoio tecnológico, estratégico e político. É verdade, a base da sociedade americana é judaica e este fator étnico tem um peso importante, mas sabemos que o apoio histórico dos Estados Unidos à Israel está ligado essencialmente às questões estratégicas do controle regional do mapa mundi, de interesses econômicos bem conhecidos e tudo é admitido sob esta ótica e pouco tem a ver com a etnia.
Se nunca fui simpático a esta política intervencionista norte americana – e o Iraque é um exemplo típico – me causa indignação mais esta posição dos EUA, que deveriam, desde sempre, ter uma atitude humanista, a partir da ONU, no sentido da solução para o reconhecimento dos dois estados, Judeu e Palestino.
A guerra é sempre injusta, tem seu DNA no ódio, é ruim sempre, é a legítima prova do quanto somos, ainda, primitivos, minimizando de forma criminosa a racionalidade, que nos difere dos outros animais do Planeta.
Volto ao tema.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
O velho Júlio na linha
Um abraço Júlio!
Um presente “bem” especial

Adivinhem o que vai tocar como trilha no Jornal da Noite, logo mais (22h), na Rádio Guarujá?
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Atrações no “Planeta”
Fico a me perguntar: vão cantar o que, hein?
Mudanças na ortografia
O mestre fez algumas considerações e deu exemplos, como a extinção do trema. A palavra "lingüiça" não vai perder o gosto, nem a pimenta, mas vai ficar mais leve, sem os pontinhos sobre o “u”. O Word, nas atuais versões, vai ficar uma fera..., vai ficar “falando” sozinho.
Disse ao professor Buss que vamos ficar, inapelavelmente, mais velhos. Lembrei dos nossos avós, que diziam, “eu sou do tempo que se escrevia farmácia com “ph”, lembram disso? Pois é, agora, vamos dizer, “eu sou do tempo que se escrevia linguiça com trema (o Word acabou de sublinhar a minha linguiça de vermelho. O azar é dele!)
Aproveitei e perguntei como fica a palavra composta “pára-quedas”. O professor disse que perde o acento agudo e o hífen e fica tudo junto, “mas isso é um detalhe”, considerou Buss. Lembrei ao mestre que o importante mesmo é que ele abra..., o resto pode esperar.
Pra encerrar a entrevista não resisti a um desaforo com os mais descuidados com a nossa língua. “Na verdade, essas mudanças na ortografia, para muitos, infelizmente, não vão ser “poblema”, completei. Ou não?
domingo, 11 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Lamentável e sem necessidade
Infelizmente, há os que desaprenderam a arte democrática, então, mudam até o semblante e ganham tons arrogantes, deformados e reclusos. Uma pena.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
“Já podemos morrer em paz”
Em entrevista agora pouco no Jornal da Noite/Rádio Guarujá, o deputado Sargento Amauri Soares ironizou a proposta de LHS. “O que o governo está dizendo é que agora nós podemos morrer em paz trabalhando, que nossos filhos vão ficar bem. Não atende as nossas expectativas, até por que o nosso objetivo não é morrer”, diz o líder dos Praças. “O governador tem se mostrado desequilibrado no trato desta questão”, encerra.
Com a palavra o governador, tão silencioso até aqui.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
O “Maraca”, quem quer compar?

Para pessoas românticas como eu, posso dizer que isso é mais um golpe no futebol-arte, no futebol tomado de emoção e que ainda é a grande paixão nacional. O Maracanã, que viu tanta coisa bonita, como as jogadas geniais do Garincha, os gols fantásticos de Zico, as arrancadas de Jairzinho, o gol mil do Pelé e aquele inesquecível 1 a 2, contra o Uruguai, exatamente na sua inauguração, em 1950, agora será propriedade de alguém, de um megalomaníaco qualquer, de uma empresa, provavelmente, dessas que pegam dinheiro público e se dizem privadas, com a maior cara-de-pau.
Dizem os vendedores do Maracanã, esses despudorados morais, que o governo não tem 400 milhões de reais para as reformas que ele precisa fazer para a Copa de 2014. Contam que só 200 milhões serão utilizados para modernização das arquibancadas, permitindo que o estádio seja esvaziado em apenas oito minutos, como deseja a Fifa. Que coisa! Eles pensam em tudo, menos no futebol. Ora, se isso é coisa de gente direita, diria a minha avó. Um mundo de gente, deixando um local em menos de dez minutos! Boa coisa elas não estariam fazendo nessa correria. Gozado, é esse o conceito que os donos do mundo têm dos seus clientes (sic), dos torcedores. Não me acostumo com esse negócio de chamar torcedor de cliente, nem trabalhador de colaborador. Cheira a blefe, a 1-7-1.
Parece que estou vendo. Vai aparecer um iluminado, um empresário engomadinho para anunciar que ganhou o leilão do Maracanã e vai pagar com dinheiro financiado por um BNDES da vida, com nosso dinheiro, pra falar no duro. Ou seja, vão nos bater a carteira de novo, como já fizeram com as telecomunicações, com as nossas mineradoras e por aí vai.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Ventou, choveu, cai a arrecadação!

É impressionante. Não pode mais chover no Estado. Ventou, choveu, cai a arrecadação como um furacão. Nunca vi tanta rapidez para calcular prejuízo. Uma agilidade, uma pressa nunca registrada...
Triste ver tanta frieza de governantes que se utilizam da desgraça, do sofrimento alheio e de catástrofes, para fazer a política pequena, somente a seu favor. Esta é a política de que não gostamos, longe daquela sadia e insubstituível.
domingo, 4 de janeiro de 2009
O nosso Nobel inglês

Ele fez um comentário interessante sobre como ainda estamos longe de ser um país de cultos, que valorize a ciência e a cultura. Contou que dia desses, numa palestra a cerca de 300 acadêmicos de uma universidade, foi criticado por ter uma visão tão pessimista sobre as possibilidades que evoluirmos. Foi, então, que o professor propôs uma pergunta à platéia para provar sua convicção:
- Qual o único brasileiro, em toda nossa história, que ganhou um Prêmio Nobel?
Ninguém soube responder, nem mesmo outros professores presentes.
O mestre, então, completou:
- Pois é pessoal. Ninguém aqui sabe que o brasileiro Peter Brian Medawar (foto) ganhou o Nobel de Medicina e Fisiologia, em 1960. Na Argentina, pra nossa vergonha, qualquer motorista de táxi sabe que quatro argentinos já ganharam o Nobel, retrucou o mestre matemático.
Pesquisei um pouco sobre o nosso “Brazuca Nobel”. Ele nasceu em Petrópolis/RJ, em 1915, e foi educado entre nós até a sua adolescência. Faleceu em 1987 e poderia ter vivido no Brasil, não fosse a proibição de entrar no País, imposta pelo governo, por conta de problemas que tinha com seu passaporte e o fato de não ter servido ao Exército, quando moço. Resolveu, então, nacionalizar-se britânico e ganhou da Rainha dos ingleses o título de “Cavaleiro do Reino”, passando a chamar-se Sir Peter Brian Medawar. Em muitas enciclopédias consta, apenas, que ele é inglês. Algo parecido com Albert Einstein, que era alemão, mas naturalizou-se norte-americano, em 1940, já famoso, quinze anos antes de morrer.
Bem feito pra nossa cara! O professor tem razão.
sábado, 3 de janeiro de 2009
O centro da Terra

Me lembrei, imediatamente, do “Journey to the Centre of the Earth” (Viagem ao Centro da Terra), do mago dos teclados Rick Wakeman, da década de 70. Aquilo era uma poesia musicada, uma metáfora, em tom de sinfonia, linda, majestosa, por suas harmonias, que nos causava ainda hoje uma sensação de grandeza interior, de como o homem é capaz de produzir a beleza, a arte única e precisa. Tive o privilégio de assistir este show, com uns 15 anos de idade, no Ginásio do Gigantinho, em Porto Alegre. O que vi e ouvi foi inesquecível!
Diante desta notícia, do encontro do magma, lembrei de Wakeman, mas a sensação que me veio foi a de medo, de pânico até, se pensarmos melhor o que isso pode significar.
Penso que o homem precisa reaprender a fantasiar, sem que isso tenha que se converter, exatamente, em realidade. Lennon não pode ter razão. Sonhos precisam continuar existindo.
Ouvi, um dia, de um psicoterapeuta que é preciso ter cuidado com a execução de fantasias. Todas aquelas luzes e cores que imaginamos, podem não acender, algumas. Este risco, muitas vezes, é perigoso demais. Cuidemo-nos, portanto.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Os bons programas

Um abraço Elmo.
Avaliações de Joares
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Um a zero para o prefeito

O ano começa quente, cheio de desafios.
Faz o que eu digo, mas não faz o que eu faço
Estive, com grande prazer profissional, junto com meu colega Júlio Castro, realizando uma cobertura de mais de cinco horas no ar, ao vivo, do Auditório Antonieta de Barros, da Assembléia Legislativa, na posse dos 16 vereadores, vice-prefeito e prefeito de Florianópolis. Transmitimos, em absoluta primeira mão, a eleição do vereador Gean Loureiro, do PMDB, à presidência da Câmara Municipal da Capital. Foi uma escolha cheia de lances, de ameaças, desistências e caras feias de parte da oposição a Dário Berger. No final, deu a lógica, mas teve toda uma história que mexeu com a expectativa de todos.
Mas, falava de uma estranheza, de como são as coisas. Chego em casa, visito os blogs mais descolados e vejo que há os tais “faz o que eu digo, mas não faz o que eu faço”. Leio num deles o resultado preciso da eleição de Gean, incluindo até comentários políticos e uma agilidade jornalística brilhantes, não fosse o detalhe desta eficiência tratar-se de uma atenta audiência na Guarujá. No meio jornalístico, chamamos isto de “chupada” e ela fica mais constrangedora quando não é citada a fonte. É uma espécie de flertada com o papo alheio, para não usar expressão mais chula.
Feio isso, principalmente vindo de quem vem, logo quem critica tanto esta prática arrogante e pouco educada.